Transferência de blastocisto ou D3 – qual é a melhor opção?

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Transferência de blastocisto ou D3 – qual é a melhor opção?

Opção pela transferência de blastocisto ou de embrião D3 gera dúvidas entre pacientes. Entenda a seguir quais critérios influenciam nessa escolha e fatores envolvidos.

A escolha entre transferência do blastocisto ou embrião de terceiro dia é uma das principais dúvidas e anseios de pacientes que realizam o tratamento de Fertilização in Vitro (FIV).

Após realizar a fecundação em laboratório dos gametas femininos e masculinos coletados dos pacientes, os especialistas em reprodução humana acompanham o desenvolvimento dos embriões até que a maior parte deles alcancem uma fase considerada ideal para fazer a transferência.

É nesse momento que a dúvida vem à tona: quando é o melhor momento para transferir os embriões? Alguns especialistas acreditam ser no terceiro dia, outros preferem aguardar até o quinto ou sexto dia, quando já está formado o blastocisto.

A seguir saiba por que existe essa diferença entre transferência do blastocisto e do embrião D3, quais fatores devem ser considerados e quais as vantagens de cada opção.

Qual é a melhor fase para transferir um embrião?

Antes de entrar nessa questão, é importante esclarecer que, a partir do momento que aconteceu a fertilização, o embrião passa por divisões celulares, chamadas pelos especialistas de clivagem.

Dessa forma, um embrião de terceiro dia (D3) já deve apresentar cerca de 8 células, apesar de embriões com 7 a 10 células também serem possíveis. Para ser considerado um embrião com maiores chances de implantação, ele deve ter ao menos 8 células simétricas e sem apresentar fragmentação.

Contudo, ao atingir o quinto dia, aproximadamente, o embrião já possui centenas de células e uma cavidade denominada blastocele. O embrião de quinto dia (D5) ou blastocisto, já tem as estruturas que formarão tecidos e órgãos do bebê. Portanto, é considerado um embrião mais evoluído e, consequentemente, com maiores possibilidades de resultar em uma gestação bem-sucedida.

Quais as vantagens de transferir um blastocisto ao invés de um D3?

Estudos realizados atualmente apontam que a taxa de sucesso de um tratamento de reprodução assistida é maior quando o embrião transferido se encontra em estágio de blastocisto.

No entanto, mesmo a literatura especializada não é definitiva sobre o tema e diferentes profissionais podem considerar abordagens distintas de acordo com as particularidades do caso.

A transferência do blastocisto passou a ser mais comum na medicina reprodutiva devido aos estudos que elencam uma série de benefícios dessa opção, incluindo:

  • é mais fisiológico e coincide com o estágio natural no qual o blastocisto atinge o útero;
  • apresenta taxas de implantação por ciclo iniciado mais elevadas;
  • apresenta melhor sincronia entre o embrião e a fase do tecido endometrial;
  • permite a seleção de um embrião melhor, o que se traduz em maiores chances de implantação;
  • permite a transferência de um único blastocisto, reduzindo as chances de gestação gemelar;
  • apresenta menor contratilidade uterina, reduzindo as chances de expulsão do embrião.

Apesar desses benefícios da transferência de blastocisto em relação ao embrião D3, outros estudos apresentaram conclusões controversas sobre o tema.

Um dos destaques é um achado científico no qual se estima que as gestações por Fertilização in Vitro com transferência de blastocisto apresentam maiores chances de parto prematuro em relação à FIV com transferência do D3.

Como escolher entre a transferência do blastocisto ou D3?

Esses e outros estudos são considerados pelos especialistas no momento de decidir pela transferência do blastocisto ou embrião D3. Algumas variáveis relevantes são apresentadas a seguir.

Chances de sucesso

A estratégia de transferência em blastocisto tem como base uma melhor seleção embrionária, além do fato de que, em condições fisiológicas (numa gestação espontânea), o embrião costuma chegar na cavidade uterina para se implantar em estágio de blastocisto.

A seleção embrionária consiste em avaliar os melhores embriões, que, aparentemente, têm maiores chances de se implantar e gerar a gravidez. Transferir apenas os melhores embriões permite utilizar um número menor de embriões, diminuindo o risco de gestação gemelar.

No entanto, para os casos nos quais o número de embriões que chegam a D3 é pequeno, opta-se por transferi-los no terceiro dia, visto que não há mais seleção embrionária.

Nesses casos em que, devido à baixa quantidade de embriões, são transferidos embriões D3, o laboratório costuma realizar um procedimento chamado de assisted hatching ou hatching assistido, no qual é realizada uma perfuração na zona pelúcida para auxiliar a saída do embrião, a fim de aumentar as chances de implantação na fertilização in vitro (FIV).

A decisão entre transferência de blastocisto ou D3 é sempre complexa, uma vez que muitos embriões que chegam ao terceiro dia, não chegam ao quinto. No entanto, é inviável saber se acaso a transferência ocorresse em D3 se esse embrião em específico se desenvolveria no útero.

Aspectos emocionais

Além disso, o especialista também preza por preservar o casal no aspecto emocional, visto que os tratamentos de fertilidade envolvem uma alta carga de expectativas, ansiedade e emoções.

Dessa forma, a transferência do blastocisto pode ser favorável considerando que, há um menor número de casais nos quais o embrião desenvolve-se até a fase de blastocisto, reduzindo o número de transferências, no entanto, a taxa de implantação é superior.

Com isso, em alguns casos, a transferência do embrião D3 pode gerar expectativas no casal, no entanto, não resultar em uma gestação naquele ciclo, resultando em sentimentos de frustração que também precisam ser considerados.

Condicionantes do caso

De um modo geral, a estratégia de se transferir embriões em blastocisto ou em D3 irá depender de diversos aspectos, incluindo:

  • Idade materna;
  • Idade do óvulo;
  • Número de tentativas anteriores que resultaram em falhas implantacionais;
  • Número de embriões viáveis;
  • Receptividade do endométrio;
  • Se há reserva ovariana para novas tentativas;
  • Taxa de blastocistos da clínica;
  • Expectativas do casal.

Portanto, cada caso tem particularidades que serão consideradas pelo especialista responsável e pelo próprio casal.

O objetivo do médico especialista em reprodução humana é sempre tomar a decisão com melhores chances de sucesso no tratamento ponderando essas diversas variáveis. Além disso, o profissional buscará dar suporte emocional ao casal.

Dada a complexidade e importância das decisões tomadas no tratamento de reprodução assistida, desde a investigação das causas de infertilidade até os protocolos do tratamento, é fundamental escolher um médico especialista em reprodução humana e  que seja da confiança do casal.

Apenas o especialista em reprodução humana que está avaliando o caso e acompanhando o desenvolvimento do embrião no laboratório poderá confirmar qual é o melhor momento para realizar a transferência de embriões, visto que cada caso é trabalhado individualmente.

Fontes:

Clínica de Reprodução Humana Mater Prime;

Dr. Rodrigo Rosa.

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