Criptorquidia

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Criptorquidia

Ainda que a criptorquidia seja uma importante causa de infertilidade masculina, os métodos de reprodução assistida podem ajudar os casais a engravidar

Uma importante causa de infertilidade no homem é a criptorquidia, uma condição que consiste na “não descida” de um ou dos dois testículos nos meninos ao nascimento. Nesses casos, o testículo permanece na cavidade abdominal ou no canal inguinal, não conseguindo terminar seu trajeto até a bolsa escrotal. Quando não tratada, essa doença pode causar infertilidade, sendo que a probabilidade é maior nos casos de criptorquidia bilateral do que nos de unilateral.

Cientes de que a criptorquidia tem grandes chances de causar infertilidade no homem e que é um importante fator de risco para tumores testiculares, essa condição tem sido acompanhada de perto pelos pediatras. Nessas situações, o que se espera é que a descida aconteça sozinha, sem necessidade de intervenção, já nos primeiros meses de vida — o que realmente acontece na maior parte dos casos.

Porém, homens que nasceram com criptorquidia, mas não receberam o acompanhamento e o tratamento adequado quando crianças, são frequentemente diagnosticados com infertilidade, podendo recorrer a métodos de reprodução assistida para realizarem o sonho da paternidade.

O que causa a criptorquidia?

A criptorquidia é uma condição comum a aproximadamente 4% dos meninos nascidos a termo (acima de 37 semanas de gestação) e em até 45% dos meninos nascidos prematuramente. Porém, não se sabe ao certo qual o motivo que impede a migração dos testículos da cavidade abdominal para o saco escrotal durante a vida uterina.

Os principais estudos correlacionais já publicados indicam que a criptorquidia pode ser causada por um ou mais dos seguintes fatores:

  • Prematuridade (bebês que nascem antes de 37 semanas de gestação);
  • Baixo peso ao nascer (menos que 2.500 gramas);
  • Predisposição genética;
  • Exposição do feto a substâncias tóxicas durante a gestação;
  • Parto em apresentação pélvica;
  • Mãe em idade avançada.

Qual a relação entre criptorquidia e infertilidade?

Para que a produção de espermatozoides ocorra adequadamente, é preciso que os testículos estejam a uma temperatura ligeiramente menor do que a do restante do corpo (de 1,5°C a 2°C abaixo), o que não acontece quando eles se encontram atópicos, ou seja, fora do seu devido lugar.

Assim, nos casos de criptorquidia, o organismo do homem não tem as condições fisiológicas necessárias e adequadas para promover a produção e maturação dos espermatozoides em qualidade e quantidade suficientes durante a ejaculação. Em alguns casos, a quantidade de espermatozoide no sêmen chega a ser indetectável — quadro chamado azoospermia —, levando a uma infertilidade completa. Existe também uma associação genética da criptorquidia com a infertilidade e em algumas situações, mesmo com o tratamento precoce da criptorquidia a infertilidade pode ocorrer.

Além disso, quando a criptorquidia não é tratada no tempo adequado, tem-se maior probabilidade de ocorrer neoplasias testiculares ao longo da vida, principalmente quando jovem, dificultando o seu diagnóstico uma vez que os testículos não estando na região escrotal demora mais tempo para a identificação de alterações / nódulos na região testicular.

Por esses motivos, é muito importante que os pais estejam atentos a essa condição em seus filhos e que não faltem a nenhuma consulta de puericultura. Além disso, é sempre válido conferir se o pediatra não esqueceu de avaliar os testículos do bebê durante o exame físico.

É importante, ainda, reforçar que a infertilidade é definida como “a incapacidade que um casal tem de obter gravidez no período de um ano tendo relações sexuais constantes e sem o uso de qualquer método contraceptivo”. Com base nesse conceito, a Organização Mundial da Saúde estima que de 7 a 15% dos casais em idade reprodutiva apresentam infertilidade.

Assim, nos casos em que isso ocorre é preciso procurar atendimento médico especializado para avaliar tanto o homem quanto a mulher e, possivelmente, aderir a métodos de reprodução assistida.

Possíveis tratamentos para a criptorquidia

Apesar de ser um quadro médico que demanda bastante atenção, aproximadamente 75% dos casos de criptorquidia têm autorresolução até os três meses de idade, sendo que os testículos podem, ainda, “descer” sozinhos até o menino completar seu primeiro ano de vida. Porém, quando a criança completa seis meses sem a descida dos testículos, é importante dar uma atenção especial ao quadro e, se possível, fazer acompanhamento com urologista pediátrico.

Vale ainda ressaltar que a recomendação da Sociedade Brasileira de Urologia é que os casos de criptorquidia não resolvidos até os seis meses de idade sejam operados e não esperem completar o primeiro ano. Já em casos em que esse período se exceda, a recomendação é realizar o procedimento, no mais tardar, aos 12 meses e de forma nenhuma exceder os 18 meses de vida.

O tratamento consiste em uma intervenção cirúrgica que recebe o nome de orquidopexia. Trata-se de um procedimento de baixa complexidade, feito a partir de uma pequena incisão inguinal e com o paciente anestesiado, que apresenta resultados muito satisfatórios. Já o tratamento hormonal tem sido cada vez menos recomendado, preferindo-se a cirurgia por videolaparoscopia sempre que possível para tratar a criptorquidia.

Como a reprodução assistida pode ajudar?

Dado que a criptorquidia é uma das principais causas da infertilidade masculina, a reprodução assistida pode ser a solução para casais que desejam gestar. O primeiro passo para avaliar a fertilidade do homem é realizar exames que permitam analisar a produção de espermatozoide pelo aparelho reprodutor masculino, como o espermograma.

Mesmo nos quadros mais graves de infertilidade, como a aoospermia (ausência completa de espermatozoides no ejaculado), existe a possibilidade de recorrer-se aos tratamentos de Reprodução Assistida. Nestes casos, é possível partirmos para a busca de espermatozoides na região testicular, através de uma biópsia testicular. Existem diferentes técnicas para a realização desta biópsia com resultados variados nas chances de sucesso. Sendo encontrados espermatozoides, estes podem ser utilizados para a realização da Fertilização in vitro (FIV) através da técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), onde precisamos de um único espermatozoide para cada óvulo a ser fertilizado.

Já nos casos em que o homem é diagnosticado com azoospermia devido à criptorquidia e que não foram encontrados espermatozoides em região testicular, a reprodução assistida ainda pode ajudar o casal, mas com a inseminação do gameta masculino oriundo de um banco de sêmen. Esse tipo de material é doado anonimamente para ajudar casais que desejam engravidar, mas encontram dificuldades de fertilidade.

Para ter mais informações sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com os especialistas da Mater Prime. 

Fontes:

Sociedade Brasileira de Urologia;

Sociedade Brasileira de Pediatria;

Ministério da Saúde;

Organização Mundial da Saúde.

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