Programa de ovorecepção: como funciona?

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Programa de ovorecepção: como funciona?

O programa de ovorecepção é um tratamento válido para mulheres que têm o desejo de conceber, mas encontram-se com dificuldades

Você já ouviu falar no programa de ovorecepção? Muitos casais sonham em ter um filho, mas enfrentam dificuldades para engravidar. Sobretudo, as causas podem ser diversas, mas uma das mais comuns é a baixa reserva ovariana da mulher, ou seja, a diminuição da quantidade e, a depender da idade, da qualidade dos óvulos.

Em suma, tal diminuição pode acontecer por diversos fatores como idade avançada, menopausa precoce, doenças ginecológicas, tratamentos quimioterápicos, cirurgias ou doenças genéticas.

Nesses casos, uma das alternativas é o programa de ovorecepção, que consiste em receber óvulos doados por outras mulheres e realizar a fertilização in vitro (FIV) com o espermatozoide do parceiro ou obtido em um banco de sêmen.

Mas como funciona esse tratamento de ovorecepção? Quem pode fazer? Qual é a taxa de sucesso? Quanto custa? Essas são algumas das perguntas que vamos responder neste artigo.

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O que é o programa de ovorecepção?

Primordialmente, o programa de ovorecepção é um tratamento de reprodução assistida que permite que uma mulher engravide com óvulos doados por outra mulher. A doação é anônima e sigilosa, não havendo contato entre a doadora e a receptora. Além disso, a doadora passa por uma rigorosa seleção física e psicológica e deve ter de 18 a 37 anos de idade. Pode ser realizada doação de óvulo por familiar de até 4° grau, desde que não tenha consanguinidade na fertilização.

Após isso, o óvulo doado é fecundado com o espermatozoide em laboratório, e o embrião resultante é transferido para o útero da receptora. A receptora precisa tomar medicamentos para preparar o endométrio (parede interna do útero), para transferir o embrião.

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Tipos de ovodoação

Existem dois tipos de ovodoação permitidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM): a voluntária e a compartilhada.

Ovodoação voluntária

A ovodoação voluntária é aquela em que a mulher doa seus óvulos sem receber nada em troca, apenas por solidariedade. Ela precisa ter entre 18 e 37 anos de idade, ser saudável e não ter doenças genéticas ou infecciosas.

Ademais, é preciso assinar um termo de consentimento livre e esclarecido, e se submeter a uma série de exames clínicos e laboratoriais. A doadora também deve passar por um processo de estimulação ovariana com hormônios injetáveis para produzir mais óvulos, coletados por meio de uma punção transvaginal guiada por ultrassom sob sedação.

Ovodoação compartilhada

A ovodoação compartilhada é aquela em que duas mulheres que estão fazendo tratamento de FIV dividem os óvulos produzidos pela estimulação ovariana. Uma delas é a doadora, que cede parte dos seus óvulos para a outra realizar a ovorecepção.

O procedimento também deve ser anônimo e não tem caráter comercial. No entanto, os custos com o processo de coleta de óvulos costumam ser divididos entre as famílias. Além disso, ambas devem assinar um termo de consentimento livre e esclarecido, e se submeter aos mesmos exames clínicos e laboratoriais da ovodoação voluntária.

Como funciona o programa de ovorecepção

Para uma mulher que deseja realizar a ovorecepção, o processo começa ao procurar uma clínica especializada em reprodução assistida e se cadastrar no programa de doação de óvulos. A clínica, então, inicia uma cuidadosa avaliação do perfil da receptora e busca uma doadora compatível a partir do banco de óvulos registrado.

Uma vez encontrada uma doadora compatível, a clínica informa à receptora e agenda o início do tratamento. Logo após, é monitorado o desenvolvimento dos folículos ovarianos da doadora por meio de ultrassonografias seriadas, aguardando o momento ideal.

É importante ressaltar que a doadora deve realizar diversos exames, tais como:

  • Sorologias (como HIV, sífilis, hepatites);
  • Tipagem sanguínea (ABO/Rh);
  • Zika vírus;
  • Exames ginecológicos;
  • Ultrassom transvaginal.

Por fim, durante todo o processo, a mulher a realizar a ovorecepção continua a tomar medicamentos hormonais para manter um ambiente endometrial receptivo para a transferência do embrião.

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Como é realizado o procedimento de ovorecepção?

De acordo com o Conselho Federal de Medicina, o procedimento de ovorecepção deve ser realizado em uma clínica especializada em reprodução assistida, com o apoio de uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, biólogos, psicólogos e assistentes sociais.

O procedimento é feito em etapas, conforme descrito anteriormente, e é seguro e minimamente invasivo, tanto para a doadora quanto para a receptora.

Para quem o programa de ovorecepção é indicado?

O programa de ovorecepção é indicado para mulheres que não possuem óvulos adequados para a fertilização, seja por idade, doenças ou outras causas. Algumas das situações que podem levar à necessidade de receber óvulos doados são:

  • Idade avançada: a partir dos 35 anos, a quantidade e a qualidade dos óvulos da mulher diminuem progressivamente e, a depender da reserva ovariana, as chances de engravidar naturalmente ou por FIV com óvulos próprios diminuem;
  • Menopausa precoce: é a cessação definitiva da menstruação antes dos 40 anos, causada por uma falência ovariana prematura. Nesses casos, a mulher não produz mais óvulos e não pode engravidar sem recorrer à doação;
  • Doenças ginecológicas: algumas doenças que afetam os ovários podem comprometer a reserva ovariana da mulher, como endometriose, síndrome dos ovários policísticos ou cistos ovarianos;
  • Tratamentos quimioterápicos: tratamentos contra o câncer podem danificar os ovários e causar infertilidade temporária ou permanente. A mulher pode optar por congelar seus óvulos antes do tratamento ou receber óvulos doados depois.

Qual a taxa de sucesso da FIV pela ovorecepção

A taxa de sucesso da FIV pela ovorecepção é alta, podendo chegar a 70% por tentativa. Isso se deve ao fato de que os óvulos doados são provenientes de mulheres jovens e saudáveis, com maior potencial reprodutivo.

Além disso, os embriões geralmente são transferidos no estágio de blastocisto, o qual têm maior chance de implantação. No entanto, a taxa de sucesso também depende de outros fatores, como a qualidade do espermatozoide do parceiro, as condições do endométrio da receptora, a anatomia do útero e a idade da receptora.

A FIV com óvulos doados tem alteração de preço?

Sim, a FIV com óvulos doados tem alteração de preço em relação à FIV com óvulos próprios, pois envolve custos adicionais com a seleção, a estimulação, a coleta e a preservação dos óvulos doados.

No entanto, o valor exato do tratamento pode variar de acordo com a clínica, o tipo de doação, o número de óvulos recebidos e outros fatores. Portanto, é importante consultar um especialista em reprodução assistida para obter um orçamento personalizado, além de garantir que a ovorecepção é a escolha mais adequada à sua situação.

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Fontes:

Mater Prime

Conselho Federal de Medicina

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida

Ministério da Saúde

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