Climatério: o que é, sintomas e fertilidade

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O período se caracteriza pela perda gradual e natural da fertilidade, e começa por volta dos 45 anos

O climatério é o período de transição em que a mulher passa da fase fértil para a fase não-reprodutiva de sua vida. Seu início costuma ocorrer por volta dos 45 anos de idade, e seus efeitos podem durar até os 65 anos. É durante esse período que ocorre a menopausa, o último ciclo menstrual da mulher.

A principal característica do climatério é a diminuição das funções reprodutivas. Isso quer dizer que a mulher experiencia ciclos menstruais cada vez menos frequentes e mais irregulares. Além disso, podem ocorrer diversos sintomas, decorrentes das alterações causadas pela diminuição da produção do hormônio estrogênio.

Quais são os sintomas de climatério?

A principal mudança causada pelo climatério é a irregularidade dos ciclos menstruais, que podem ocorrer em meses intermitentes, em períodos mais rápidos ou mais longos. Além disso, as alterações hormonais desse período podem causar diversos outros sintomas, em maior ou menor intensidade, em pelo menos 80% das mulheres.

Nesse contexto, os principais sintomas do climatério são:

  • Ondas de calor inesperadas, que podem vir acompanhadas de vermelhidão na pele e suor excessivo (‘fogachos”);
  • Diminuição da libido e desconforto durante as relações sexuais;
  • Diminuição da umidade vaginal (secura vaginal);
  • Depressão, ansiedade, irritabilidade e variações de humor;
  • Diminuição e perda de firmeza das mamas;
  • Aumento da porosidade óssea;
  • Alterações no colesterol;
  • Insônia constante;
  • Incontinência urinária e aumento da frequência;
  • Sensação de fraqueza, tonturas, cansaço e falta de disposição.

Climatério x Menopausa: Qual a diferença?

Muitas pessoas se confundem sobre o que é climatério e o que é menopausa, às vezes acreditando que querem dizer a mesma coisa ou invertendo seus significados. Na verdade, a menopausa é uma das consequências da perda gradativa de fertilidade experienciada no climatério.

Durante o climatério, a função reprodutiva vai diminuindo gradativamente, com menstruações cada vez mais irregulares, tanto em duração, quanto em frequência. Isso culmina, gradativamente, em um último ciclo menstrual, este sim chamado de menopausa, que ocorre, em média, por volta dos 50 anos. A aproximação da menopausa pode aumentar a intensidade dos sintomas.

Doenças comuns durante o climatério

Apesar de ter vários sintomas, é importante ter em mente que o climatério e a menopausa são processos naturais do corpo feminino e não doenças. No entanto, as alterações hormonais decorrentes do período podem deixar o corpo mais propenso a sofrer com algumas doenças, como:

  • Doenças cardiovasculares: os riscos de infarto, trombose e acidentes vasculares (derrames) podem aumentar durante o período, principalmente após a menopausa;
  • Osteoporose: causada pelo aumento da porosidade dos ossos antes e após a menopausa, decorrente da diminuição da produção hormonal;
  • Sobrepeso e obesidade: algumas mulheres podem experienciar um aumento de peso durante o climatério. Além disso, mulheres que já tinham peso elevado antes do período podem ter os sintomas intensificados;
  • Infecções urinárias: como dito anteriormente, o aumento da frequência e a incontinência urinária são comuns nesse período. Por consequência, essas condições deixam o corpo mais sensível às infecções de urina.

Tratamentos indicados para esse período

A necessidade de realizar tratamentos no período do climatério depende de alguns fatores, como a presença e intensidade dos sintomas e se há alguma doença associada, como as citadas acima. Na maioria dos casos, podem ser realizados tratamentos hormonais para equilibrar a produção das substâncias e aliviar os sintomas.

É importante que a mulher tenha contato constante com um médico endocrinologista ou ginecologista durante o climatério. Com a devida orientação profissional, tratamentos de reposição hormonal de estrogênio podem ser indicados para aliviar sintomas como as ondas de calor e suores noturnos.

A reposição hormonal pode ser realizada por via oral ou tópica (adesivos, cremes e géis), prescritos de acordo com a necessidade da paciente e intensidade dos sintomas. Além disso, podem ser prescritos medicamentos para tratar sintomas psicológicos e a insônia, caso o tratamento hormonal não seja possível ou não tenha resultados sobre esses sintomas.

Além disso, é importante que a mulher adote hábitos que podem amenizar muitos sintomas do climatério, como:

  • Manter-se sempre hidratada;
  • Adotar uma alimentação mais natural e equilibrada em nutrientes;
  • Evitar o consumo de álcool cafeína e cigarro;
  • Realizar atividades físicas periódicas e com orientação para manter o bom funcionamento do sistema locomotor e manter o peso ideal;
  • Controlar a pressão arterial e o colesterol.

É importante também ter em mente que as chances de gravidez espontânea durante o climatério são muito pequenas, por causa da diminuição da capacidade ovulatória e pela pior qualidade dos óvulos. Felizmente, é possível realizar tratamentos em Reprodução Humana Assistida, com a utilização de óvulos da própria mulher que tenham sido congelados anteriormente, ou provindos de doação.

Independentemente do meio de obtenção, os óvulos são fecundados por meio da Fertilização in Vitro (FIV). Em todos os casos, é importante uma preparação minuciosa para que sejam analisadas as possibilidades de gravidez, que diminuem à medida que a idade da mulher avança.

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Fontes:

Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Ministério da Saúde

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