Endometriose traz dor e infertilidade

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A principal característica da endometriose é a cólica, mas outras dores relacionadas ao lugar atingido por ela também costumam aparecer. Elas podem ser fortes a ponto de ter impacto inclusive emocional nas mulheres.

Sofrer com dores crônicas, não conseguir engravidar ou até mesmo não conseguir ter relações sexuais. Essas são alguns das situações enfrentadas por mulheres com endometriose. Os fortes sintomas da doença, que acomete de 6 a 7 milhões de brasileiras, podem ter grande impacto emocional para quem lida diariamente com eles.

A endometriose se dá quando partes do endométrio (tecido interno uterino), normalmente liberadas na menstruação, vão parar em locais fora do útero. O problema está no fato de que essas células fora do útero são estimuladas a cada ciclo menstrual, o que pode causar inflamação no local  e muita dor.

Consequências da endometriose

A principal característica da endometriose é a cólica, mas outras dores relacionadas ao lugar atingido pela doença também costumam aparecer. “Ninguém gosta de viver com dor, ainda mais uma que é recorrente. Conviver com isso não é algo favorável emocionalmente”, afirma a Dra. Rosa Maria Neme. No caso da endometriose na parede do intestino, por exemplo, a mulher tem sintomas intestinais graves. “Ela tem muito inchaço abdominal, não consegue ir ao banheiro ou tem muita dor pra evacuar. Isso repercute no dia a dia dela, também”, explica.

Outro problema que a doença acarreta é dor durante o ato sexual. “A mulher pode sentir dor no fundo da vagina. Isso pode prejudicar muito o relacionamento do casal. Ela não consegue ter relação”, diz Rosa Maria Neme.

Cerca de 40% das mulheres com endometriose também apresentam dificuldades para engravidar. Muitas delas são orientadas a procurar clínicas de fertilização, ao que se pode aliar o acompanhamento psicológico. “A endometriose é uma doença multidisciplinar, não só ginecológica. O apoio global é importante. O auxílio psicológico é sempre recomendado. O problema é a aceitação delas”, afirma a médica.

Imunidade e qualidade de vida

Ao contrário das consequências, suas causas ainda são incertas. Uma das hipóteses mais aceitas é de que as alterações no sistema imunológico poderiam contribuir para o aparecimento da doença.

Isso pode ter relação com o perfil normalmente associado à mulher com endometriose. Elas costumam ser mais ansiosas e nervosas, com ritmo de vida acelerado. “Essas mulheres têm uma imunidade mais baixa e isso faz com que a doença talvez apareça mais nelas”.

Tudo que melhore a qualidade de vida e, consequentemente, a imunidade pode ajudar a aliviar seus sintomas. “Massagem, relaxamento, ioga, acupuntura, comer bem, dormir bem, namorar bastante, viajar bastante, fazer o que der prazer. Tudo isso ajuda”. O exercício aeróbico, por exemplo, aumenta a quantidade da endorfina, que diminui a produção do hormônio que alimenta a endometriose.

A médica ressalta, no entanto, que o mais importante é que seja feito o diagnóstico o mais cedo possível, por ser uma doença progressiva. “A maioria dos casos é de pessoas que têm queixas há muitos anos e nunca trataram. Já têm a doença muito avançada”. O tratamento consiste em medicamentos ou mesmo cirurgia para retirada do foco da doença. Uma vez realizado, a tendência é que as dores se reduzam.

Fonte: Terra

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