Existe relação entre HPV e infertilidade?

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Saiba quais problemas o HPV pode causar para quem está tentando engravidar e se previna deste vírus

O papilomavírus humano, mais comumente chamado de HPV (sigla em inglês para Human Papillomavirus), atinge homens e mulheres com infecções na pele ou nas mucosas das regiões da boca, genital e anal, provocando verrugas e, em alguns casos, câncer.

Existem mais de uma centena de tipos de HPV já catalogados cientificamente, sendo a infecção por este vírus um dos principais tipos de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) no mundo, o que preocupa as autoridades de saúde ano após ano. Nem todos os tipos de HPV causam problemas graves, sendo que várias das infecções chegam a desaparecer sozinhas.

A relação direta entre o HPV e a infertilidade é uma preocupação investigada pela sociedade médica nos tempos atuais, com estudos que ainda deixam dúvidas sobre o assunto e merecem ser vistos com atenção.

O HPV pode causar infertilidade?

Esta ainda é uma questão em discussão, pois a correlação do HPV com a infertilidade feminina é questionada pela comunidade científica. Os estudos realizados ainda são pouco conclusivos, sendo que a maioria dos que apontam alguma relação está ligada principalmente à infecção masculina.

Portanto, esta é uma preocupação que precisa ser levada em conta pelo casal, pois o HPV pode diminuir a qualidade do sêmen, o que aumenta o risco de abortamento, prematuridade ou outras perturbações no desenvolvimento do feto.

Quais os efeitos do HPV no aparelho reprodutor feminino?

O HPV pode causar lesões clínicas, as chamadas “verrugas” na região genital e no ânus, em diferentes quantidades, formatos e tamanhos. Essas verrugas normalmente são assintomáticas ou, às vezes, causam coceira no local.

As lesões não visíveis a olho nu causadas pelo HPV são chamadas de subclínicas, e precisam de atenção especial, pois podem ser resultantes de tipos de HPV com baixo e alto risco de desenvolvimento de câncer. Números do Ministério da Saúde indicam que:

  • 291 milhões de mulheres no mundo têm HPV;
  • Destas, 32% estão infectadas pelo tipo 16 e/ou 18, diretamente ligados com os casos de câncer de colo de útero;
  • O HPV tem envolvimento direto com quase 100% dos casos de câncer de colo do útero; 85% dos casos de câncer de ânus; 35% de orofaringe; e 23% de boca.

Existe risco de contaminação na reprodução humana assistida?

Nas clínicas de reprodução assistida, poderá haver a recomendação de que sejam feitos exames no esperma coletado para evitar a utilização de amostras infectadas por HPV na fertilização in vitro. Isso evita contaminações dos fetos.

Como evitar o HPV?

A principal forma de transmissão do HPV é pelo contato sexual, seja ele oral, vaginal ou anal. Mesmo que não haja penetração, é possível contrair o vírus, devido ao contato com o local infectado, nem sempre perceptível a olho nu.

O uso de preservativo (camisinha) é um dos principais aliados contra a transmissão do HPV, pois diminui a região de contato pele a pele. A camisinha feminina, que cobre a região da vulva, aumenta a área de proteção. É importante lembrar que as lesões do HPV podem estar em outras partes da região pubiana, perineal ou da bolsa escrotal que não são cobertas pelo preservativo, portanto, mesmo com a proteção, a transmissão pode ocorrer.

Outra forma de contágio de HPV entre os seres humanos é a vertical (mãe para o feto), ocorrida durante o parto, quando a criança pode desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe.

Outra forma de prevenção é tomar a vacina disponível gratuitamente no SUS. A vacina protege contra o HPV de baixo risco (tipos 6 e 11) e de alto risco (tipos 16 e 18). De acordo com o Ministério da Saúde, ela é indicada para os seguintes públicos, com administração de duas a três doses:

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos, com esquema de 2 doses;
  • Mulheres e homens que vivem com HIV, independentemente da idade;
  • Transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.

Os principais tratamentos para o HPV

No caso das mulheres, o exame Papanicolau é o exame ginecológico que é o mais comum para identificar as lesões que antecedem o câncer de colo de útero. Não é um exame que detecta o vírus, mas que evita o agravamento da condição clínica de forma precoce.

A maioria das pessoas permanece com o HPV por toda a vida sem saber, com manifestações que ocorrem de tempos em tempos. Como existem centenas de tipos de HPV, os tratamentos podem ser diferentes conforme o caso diagnosticado e não são definitivos.

Parte dos cuidados contra o HPV consiste na eliminação das lesões (verrugas), considerando as particularidades de cada paciente, sendo possível optar por:

  • Uso de medicamentos;
  • Cauterização química;
  • Cauterização elétrica;
  • Intervenção cirúrgica.

Entre em contato com a Mater Prime e saiba mais detalhes.

Fontes:

Ministério da Saúde;

Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul;

Organização Pan-Americana de Saúde;

Fiocruz.

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