Infecções e Infertilidade: Qual a relação?

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Relação entre infecções e infertilidade pode levar à perda definitiva da capacidade reprodutiva. Conheça quais condições afetam a fertilidade do casal e como prevenir complicações

A relação entre infecções e infertilidade é mais comum do que se imagina, e diferentes condições podem comprometer o potencial fértil do homem e da mulher ao longo da vida.

O tratamento do quadro infeccioso é o primeiro aspecto indispensável antes de pensar em uma gestação. Entretanto, é possível que a infecção altere de modo permanente a fertilidade, demandando recorrer a tratamentos de reprodução humana.

A seguir, conheça mais sobre a relação entre infecções e infertilidade e quais patologias podem alterar a fertilidade do casal.

Qual a relação entre infecções e infertilidade?

Entre as infecções mais frequentemente associadas aos quadros de infertilidade, estão aquelas que acometem os órgãos reprodutivos de homens e mulheres — em especial, as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), mas não apenas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, em 2019, foram mais de 1 milhão de novos casos por dia entre pessoas de 15 e 49 anos.

Clamídia

Causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, a clamídia é a IST mais comum no Brasil e é assintomática em cerca de 80% dos casos, o que dificulta o diagnóstico e tratamento, de forma que a evolução da doença pode levar à infertilidade.

A clamídia resulta em quadros inflamatórios em órgãos do sistema reprodutivo feminino (pélvis, útero, tubas uterinas e endométrio) e masculino (epidídimo, testículos e próstata).

Ainda que seja predominantemente assintomática, alguns pacientes podem apresentar sintomas como dor genital, secreção amarela espessa pela vagina ou pênis, sangramentos, dor abdominal e desconforto durante as relações.

O tratamento é realizado por meio do uso de antibióticos, tanto para o paciente como para seus parceiros regulares. Caso não seja tratada, a clamídia pode evoluir para doença inflamatória pélvica (DIP) em 40% dos casos, segundo o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, e comprometer em definitivo a fertilidade do paciente.

Gonorreia

Outra IST muito comum no Brasil é a gonorreia, causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae e diretamente associada a quadros de infertilidade quando não tratada.

Conhecida popularmente como gonococo, ela pode ser assintomática ou apresentar sintomas como dor ao urinar, secreção pélvica, desconforto durante a relação e dor abdominal e pélvica.

O quadro pode evoluir para DIP quando não tratado, comprometendo a fertilidade do paciente.

A gonorreia tem chances de transmissão de até 90% quando o paciente infectado não usa preservativo. A doença também pode ser transmitida via materno-fetal.

Mycoplasma genitalium

A Mycoplasma genitalium é uma IST menos comum no Brasil, razão pela qual é frequentemente confundida com gonorreia ou clamídia, sendo tratada de forma equivocada.

Com transmissão via relação sexual, a Mycoplasma genitalium pode ser assintomática ou causar sintomas como:

  • Dor ou ardência ao urinar;
  • Desconforto durante a relação sexual;
  • Secreção na uretra ou na vulva.

A relação entre infecções e infertilidade nos quadros de Mycoplasma genitalium é menos comum, mas pode ocorrer, especialmente se não for feito o diagnóstico correto.

Doença inflamatória pélvica (DIP)

A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma complicação comum de infecções como a clamídia e a gonorreia e causa a inflamação de diferentes órgãos do sistema reprodutivo da mulher, como: ooforite (inflamação dos ovários), salpingite (das tubas uterinas), cervicite (do colo do útero) e endometrite (do endométrio).

De acordo com o CDC, nos EUA, cerca de 1 milhão de mulheres têm DIP a cada ano, e em 10% a relação entre infecções e infertilidade se faz presente, com maiores dificuldades para a concepção.

A DIP é particularmente preocupante, pois ela pode ocasionar alterações anatômicas nos órgãos reprodutivos femininos que não podem ser corrigidas, resultando em problemas de fertilidade em definitivo.

Uma paciente pode ter DIP repetidas vezes. O CDC estima que no primeiro episódio, 15% das mulheres têm risco de infertilidade, 35% no segundo episódio e até 75% daquelas que apresentam três episódios de infecção tornam-se inférteis.

Caxumba

Entre as infecções e infertilidade relacionada está a caxumba. A doença é comum na infância e provoca infecção na glândula parótida, localizada na região bucal.

Como os tecidos da glândula e dos testículos são similares, pode ocorrer uma migração da infecção para os órgãos reprodutivos masculinos.

O risco de comprometimento da fertilidade masculina é maior quando a infecção ocorre após os 12 anos, podendo desencadear o quadro de orquite viral, que consiste na inflamação dos testículos e ocorre cerca de 7 dias após o surgimento do inchaço na face.

A orquite viral afeta as células germinativas que originam os espermatozoides. Na maioria dos casos, os testículos voltam a produzir espermatozoides após a infecção, mas pode haver comprometimento da sua qualidade ou quantidade, o que interfere na fertilidade do indivíduo.

A caxumba pode ser prevenida por meio de vacinação e faz parte do calendário vacinal ainda na infância.

Para ter mais informações sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com os especialistas da Mater Prime.

Fonte:

Clínica de Reprodução Humana Mater Prime.

 

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