Teste PGS – É possível selecionar embriões cromossomicamente normais?

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Ter uma gestação bem-sucedida, sem complicações e um bebê saudável é tudo o que um casal que planeja a gravidez ou se submete a um tratamento de reprodução humana procura. Existem testes genéticos pré-implantacionais que podem garantir essa situação, como o PGS.

Um diagnóstico pré-implantacional permite realizar análises genéticas dos embriões antes que eles sejam transferidos ao útero materno, ou seja, antes da implantação. É feita uma biópsia de células extraídas do material genético fecundado e realizados exames para diferentes patologias a fim de identificar e selecionar embriões saudáveis, portanto, os que não apresentam riscos de desenvolver doenças genéticas herdadas dos pais.

As vantagens do teste PGS na fertilização in vitro

Algumas alterações genéticas presentes no DNA do casal que opta por realizar um tratamento de fertilização in vitro podem gerar um risco maior para a formação de embriões com anormalidades no número ou na estrutura dos cromossomos. O teste PGS permite evitar que estas doenças sejam transmitidas aos descendentes.

O PGS – Preimplantation Genetic Screening, possibilita a realização de uma análise profunda dos cromossomos extraídos do embrião e seleção apenas dos “normais”, aumentando a capacidade reprodutiva, ou seja, garantindo uma gestação mais tranquila. A mais recente tecnologia é o PSG com arrays de CGH (aCGH), também conhecida como hibridação genômica comparativa por microarranjos. O procedimento permite estudar 24 cromossomos e descartar aneuploidias embrionárias antes mesmo da implantação.

O que são aneuploidias embrionárias?

Aneuploidias correspondem a alterações no número ou na estrutura dos cromossomos. No caso de um tratamento de fertilização in vitro no qual o casal não opta pelo teste, estas modificações podem causar falhas na implantação do embrião, abortos espontâneos, partos prematuros e cromossopatias em recém-nascidos.

Embriões gerados com aneuploidias embrionárias podem desenvolver síndromes, como:

  • Síndrome de Down;
  • Síndrome de Turner;
  • Síndrome de Edwards, etc.

Por meio do aCGH é possível realizar a análise cromossômica dos embriões ainda no estado de blastocisto, estágio alcançado cerca de 5 dias após a fecundação e no qual o material já está preparado para ser implantado no útero.

Quem deve realizar o teste PGS?

Aproximadamente 50% dos abortos espontâneos são causados por anomalias cromossômicas dos embriões, porém nem sempre os pais sabem disso. O risco de gerar embriões aneuploides aumenta em casos específicos. Destes, os mais recorrentes são:

  • Mulheres com mais de 38 anos de idade;
  • Casais que já tiveram episódios de aborto espontâneo sem causa definida;
  • Casais que já se submeteram a tratamentos de reprodução assistida sem sucesso;
  • Casais com gestações anteriores ou histórico familiar com anomalias cromossômicas;
  • Homens com baixa taxa de espermatozoides.

Para estes casos, o teste PGS é muito eficiente para evitar ocorrências de embriões que apresentem anomalias cromossômicas e, consequentemente, gestações frustradas ou partos prematuros.

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