Ao planejar uma gestação ou mesmo confirmá-la, muitas mulheres passam a se questionar sobre quais alimentos para evitar na gravidez e quais devem ser priorizados na dieta para garantir a saúde materna e o bom desenvolvimento fetal.
Conhecer quais alimentos para evitar na gravidez é fundamental para ter uma dieta balanceada e saudável, o que vai ajudar diretamente no controle de peso, na adequada reserva nutricional e no aleitamento.
11 alimentos para evitar na gravidez
Existem diversos alimentos para evitar na gravidez devido aos riscos elevados de contaminação, mas também por serem opções altamente gordurosas, açucaradas ou com sódio — o que pode aumentar as chances de desenvolver problemas como diabetes e hipertensão, que colocam a mãe e o bebê em risco.
Pensando na importância de uma dieta balanceada e equilibrada, que favoreçam o bom desenvolvimento fetal, manutenção do peso e saúde materna, conheça a seguir os 11 alimentos para evitar na gravidez:
- Peixes crus e moluscos, devido aos riscos elevados de presença do parasita Toxoplasma — que pode resultar em cegueira e dano cerebral ao feto;
- Peixes grandes, que podem apresentar altas concentrações de mercúrio;
- Carnes, frango e frutos do mar crus ou mal passados;
- Leite não pasteurizado e queijos pastosos, a não ser quando indicado que é produzido com leite pasteurizado. Esses itens podem apresentar contaminação pela bactéria Listeria, que eleva as chances de aborto;
- Salsichas e frios, também por conta da presença da bactéria Listeria;
- Patês, pastas de carne e frutos do mar defumados. As versões enlatadas são seguras, mas deve-se verificar a quantidade de sódio;
- Ovos moles ou receitas que utilizam ovos crus, devido aos riscos aumentados de contaminação por Salmonella;
- Brotos crus, inclusive alfafa, trevo, rabanete e feijão-mungo;
- Chás de ervas e suplementos, devido à falta de indícios científicos que comprovem sua segurança;
- Consumo de bebidas alcoólicas em geral, pois podem causar problemas de formação fetal;
- O consumo de café deve ser limitado a 2 xícaras ao dia.
Além desses 11 alimentos, destaca-se que as gestantes e lactantes devem sempre evitar alimentos ultraprocessados devido às quantidades de açúcar, sódio e conservantes em sua composição. Esses alimentos podem resolver a fome, mas são pouco nutritivos, não dispondo das vitaminas e minerais necessários à dieta gestacional.
Além disso, o excesso de gordura também deve ser evitado, como em frituras, chocolates, carnes gordas, queijos e outros.
Quais alimentos devem ser priorizados na gestação?
Apesar de haver muitas dúvidas quanto aos alimentos para evitar na gravidez, a dieta da gestante é semelhante à dieta de um adulto saudável. Na gestação as mulheres precisam de cerca de 300 calorias diárias a mais para nutrir o bebê, desde que se alimente de opções nutritivas e saudáveis.
Uma das formas de estruturar a dieta durante a gravidez é dividi-la em porções de acordo com grupos nutricionais:
- Grãos integrais como arroz integral, pão integral, macarrão integral, granola e aveia são fontes de ácido fólico, ferro e vitaminas do complexo B podendo ser ingeridas de 6 a 11 porções por dia;
- Vegetais vem a seguir na pirâmide alimentar e podem incluir brócolis, cenoura, vagem, tomate, couve-flor e beterraba — que também são fonte de ácido fólico, ferro e vitamina do complexo B podendo ser ingeridas de 3 a 5 porções por dia;
- As frutas são fontes de ácido fólico e podem ser consumidas de 2 a 4 porções por dia. Laranja, banana, pera, mamão, melão, melancia, uva, manga e maçã estão entre as indicadas;
- Derivados do leite têm vitaminas do complexo B e incluem leite desnatado, iogurte e queijo que devem se restringir a 2 a 3 porções por dia;
- As proteínas são ricas em ferro e complexo B podendo ser consumidas carnes vermelhas, frango, peixe, feijão, soja, nozes e ovos com limite de 2 a 3 porções por dia;
- As gorduras, óleos e açúcares também podem entrar na dieta, mas com consumo moderado.
Com uma alimentação balanceada, a gestante poderá retornar ao peso normal em menos tempo após o parto e com menores riscos de complicações antes e após a gestação. Outro aspecto importante é o consumo de água, que deve ser maior na gestação e principalmente durante a amamentação, garantindo que a mãe não fique desidratada.
O auxílio de um profissional especializado, seja o obstetra ou um nutricionista, é fundamental para entender as necessidades nutricionais da gestante e organizar uma dieta que atenda as demandas específicas dela, ajudando no controle de peso e de doenças, principalmente no caso de condições pré-existentes.
Portanto, conhecendo quais alimentos para evitar na gravidez e o que incluir é possível ter uma alimentação saudável e balanceada que vai se refletir em mais saúde à gestante e ao bebê.
Fontes:
Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira;
Clínica de Reprodução Humana Mater Prime.