Clomid®: Como tomar, Contraindicações e Reações adversas

Clomid®: Como tomar, Contraindicações e Reações adversas

Medicamento é indicado para estimular a ovulação em mulheres que não conseguem ovular. Mas será que funciona e é seguro?

As causas para a infertilidade feminina podem ser várias, porém as mais comuns estão relacionadas às falhas na ovulação ou a problemas hormonais. No entanto, após alguns exames específicos que descartam outras complicações mais sérias, no caso de uma dessas causas estar presente pode ser recomendado o uso de algum tipo de indutor de ovulação.

Um dos mais conhecidos é o Clomid®, um medicamento de uso oral indicado para o tratamento da infertilidade feminina causada pela falta de ovulação. Ele age ocupando os receptores do estrogênio no sistema nervoso central.

Quando os receptores não recebem estrogênio, o organismo interpreta isso erradamente como uma redução na quantidade total de estrogênio circulante e tenta fazer, através da produção de mais hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH), com que a concentração dele aumente.

O papel do Clomid® é enganar o cérebro. O aumento de FSH e LH estimulam os folículos ovarianos e favorecem a ocorrência da ovulação. Com isso, é possível fazer com que o ciclo menstrual se normalize e que a mulher ovule, mesmo que seja só naquele mês.

Normalmente, a maioria dos tratamentos de fertilização, desde os mais simples aos mais complexos, faz uso de indutores de ovulação, seja na forma oral ou injetável, dependendo de cada paciente e da causa da infertilidade.

O objetivo do tratamento com Clomid® é facilitar o crescimento dos óvulos, com isso permitindo que eles sejam liberados do ovário para a fecundação. A ovulação ocorre geralmente de 6 a 12 dias após a administração de Clomid®.

Porém, é recomendado que, antes de a paciente iniciar o tratamento com Clomid®, ela realize alguns exames com um especialista em reprodução humana para descartar outras possíveis causas de infertilidade ou, caso existam, estas devem ser tratadas adequadamente.

Como tomar Clomid®

O tratamento com Clomid® deve ser realizado em três ciclos, que podem ser contínuos ou alternados, a critério médico. A dose recomendada para o primeiro ciclo de tratamento é de 1 comprimido de 50 mg por dia, durante cinco dias.

Se ocorrer ovulação, não é necessário aumentar a dose nos dois ciclos seguintes. Se a ovulação não ocorrer após o primeiro ciclo de tratamento, deve ser realizado um segundo ciclo com 100 mg ao dia, durante cinco dias, após 30 dias do tratamento anterior.

Em mulheres que não menstruam, o tratamento com Clomid® pode ser iniciado em qualquer período do ciclo menstrual. Se for programada indução da menstruação pelo uso de progesterona ou se ocorrer menstruação espontânea, Clomid® deve ser administrado a partir do 5º dia do ciclo.

O médico faz a monitoração da ovulação por exame de sangue, teste de ovulação, medição de temperatura e ultrassons seriados para saber exatamente se os ovários estão preparando folículos para a liberação de óvulos. Em caso positivo, são estabelecidos os melhores dias para a relação sexual.

Destaque-se que o uso da medicação não deve ultrapassar a dose e duração de 100 mg/dia por cinco dias. A maioria das pacientes que faz uso de Clomid® ovula após o primeiro ciclo de tratamento e três ciclos são suficientes para uma avaliação da eficácia da medicação. A continuidade do tratamento com Clomid® após três ciclos não é recomendável nas pacientes que não apresentarem ovulação.

Contraindicações de Clomid®

Clomid® não deve ser utilizado nas seguintes situações:

1- Mulheres com alergia ao princípio ativo da medicação, o citrato de clomifeno, ou a qualquer outro componente da fórmula, como o amarelo de tartrazina, que pode causar reações alérgicas, com destaque para asma brônquica, especialmente em pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico;

2- Durante a gravidez (é recomendado que a paciente faça um teste de gravidez antes de iniciar o próximo ciclo de tratamento com Clomid®);

3- Pacientes com doença no fígado ou histórico de disfunção hepática, com tumores hormônio-dependentes, com sangramento uterino de origem desconhecida ou com cisto no ovário (exceto síndrome dos ovários policísticos).

Reações adversas que Clomid® pode causar

Como toda medicação, Clomid® também pode apresentar efeitos adversos. Nesse caso, seu uso deve ser interrompido e o seu médico deve ser comunicado. Entre as reações mais comuns que podem ocorrer destacam-se:

  • Aumento do risco de ocorrer gravidez ectópica (fora do útero);
  • Ondas de calor e vermelhidão na face;
  • Sintomas visuais (visão borrada, pontos ou flashes), que geralmente desaparecem com a interrupção do tratamento;
  • Desconforto abdominal;
  • Dores nas mamas;
  • Sangramento uterino anormal;
  • Náuseas e vômitos;
  • Insônia, dor de cabeça, tonturas e vertigens;
  • Aumento da vontade de urinar e dor ao urinar;
  • Depressão, ansiedade e distúrbios de humor;
  • Endometriose e exacerbação de endometriose pré-existente;
  • Síndrome de hiperestimulação ovariana: é a complicação mais grave da indução ovariana com o uso de Clomid®. Nela, ocorre um crescimento ovariano significativo, associado à distensão e/ou dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, falta de ar e redução do volume urinário.

Pode ser acompanhada de ascite, derrame pleural (água na pleura), hipotensão, alterações eletrolíticas, hemoperitônio (sangue no peritônio) e tromboses. Esta síndrome geralmente ocorre durante os primeiros sete a dez dias de tratamento e se desenvolve rapidamente. Está indicada interrupção da medicação e hospitalização da paciente nos casos graves.

Nenhum medicamento deve ser utilizado sem orientação médica. O indutor de ovulação Clomid® pode trazer sérios riscos para a mulher se usado indiscriminadamente e sem acompanhamento ou indicação médica. No caso de suspeita de infertilidade, ou dificuldade para engravidar, procure um especialista em reprodução humana para que ele faça o diagnóstico e indique o tratamento adequado.

Fontes:

Bula do Medicamento Clomid® (Medley);

MD.Saúde.

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