Endometriose Umbilical: O que é, Sintomas e Tratamentos

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Endometriose Umbilical: O que é, Sintomas e Tratamentos

Esse tipo de endometriose, embora raro, pode levar à infertilidade. Saiba quando procurar auxílio médico

Endometriose é uma doença caracterizada pela presença de células do endométrio fora do útero. A condição acomete cerca de 10% das mulheres durante o período reprodutivo. A endometriose pode ser classificada em oito tipos:

  • Superficial;
  • Intermediária;
  • Profunda;
  • Ovariana;
  • De cicatriz cirúrgica;
  • Umbilical;
  • Inguinal;
  • Torácica.

Endometriose umbilical: o que é?

Endometriose umbilical é a endometriose que acontece fora da pelve, na cicatriz do umbigo. É conhecida também por endometriose cutânea, pois os nódulos endometriais podem ser observados dentro do umbigo.

A endometriose umbilical é uma doença pouco comum. Estima-se que apenas de 0,2% a 4% das mulheres com endometriose apresentam esse tipo específico da doença, que não necessariamente possui relação com procedimentos cirúrgicos prévios, um dos fatores de risco para a endometriose.

Principais sintomas da endometriose umbilical

Mulheres com endometriose umbilical costumam apresentar os seguintes sinais ou sintomas:

  • Nódulos no umbigo de coloração acastanhada, avermelhada ou arroxeada;
  • Dor no umbigo;
  • Secreção ou sangue expelidos pelo umbigo durante o período menstrual.

O sangramento é percebido durante a menstruação porque o endométrio (tecido que reveste o útero) descama e sangra na fase menstrual. O mesmo estímulo que o endométrio sofre no útero durante a menstruação também ocorre nas regiões afetadas pela endometriose, como no caso da endometriose umbilical.

Porém, há casos em que os sintomas não se manifestam ou surgem também fora do período menstrual.

Como é diagnosticada a endometriose umbilical

O diagnóstico da endometriose umbilical é feito por meio de exame físico e da história clínica da paciente. Para confirmação do quadro, o médico pode solicitar uma ultrassonografia da parede abdominal. Esse exame também é útil caso a paciente receba indicação cirúrgica, pois ele auxilia no planejamento do procedimento, fornecendo informações referentes à profundidade e às dimensões das lesões da endometriose umbilical.

O médico pode solicitar, ainda, para investigação completa da endometriose umbilical, a realização de um ultrassom transvaginal com preparo intestinal e ressonância magnética.

Tratamento da endometriose umbilical

O tratamento da endometriose umbilical, na maioria dos casos, é cirúrgico, com remoção da lesão nodular. Nódulos menores podem ser tratados com medicamentos hormonais.

terapia hormonal também pode ser indicada para reduzir o tamanho dos nódulos maiores antes da cirurgia. Os hormônios utilizados no tratamento têm por objetivo suspender a menstruação e, desta forma, impedir as variações cíclicas que promovem o crescimento das lesões e o processo inflamatório no momento da menstruação.

Endometriose umbilical e infertilidade

A infertilidade está presente em cerca de 30% a 50% das mulheres com endometriose. Porém, naquelas que apresentam um quadro de endometriose umbilical, mas que não possuem endometriose na pelve, a fertilidade não necessariamente está prejudicada. É a inflamação crônica na pelve que dificulta a implantação do embrião no útero devido a uma diminuição da receptividade do tecido que reveste o órgão, o endométrio.

Porém, dificilmente a endometriose umbilical aparece isoladamente. Cerca de 25% das mulheres com a condição também apresentam endometriose na pelve. Caso existam focos de endometriose profunda na pelve e muitos sintomas, a cirurgia para endometriose pode ser realizada juntamente com a cirurgia de endometriose umbilical.

Se os sintomas da endometriose profunda estiverem bem controlados com o tratamento medicamentoso, apenas a endometriose umbilical deve ser retirada, não sendo necessária a cirurgia para tratar a endometriose profunda.

Quando a mulher apresenta infertilidade ligada à endometriose e poucos sintomas de dor, uma opção são os tratamentos de reprodução humana assistida, sendo o mais indicado a fertilização in vitro (FIV).

Endometriose e FIV

A FIV é indicada principalmente para mulheres que apresentam infertilidade por endometriose nos estágios mais avançados, quando há presença de aderências causando obstruções nas tubas uterinas ou de endometriomas ovarianos. Nos estágios mais leves, a cirurgia e a inseminação intrauterina podem apresentar eficácia.

A fertilização in vitro é a técnica de reprodução humana assistida mais complexa. Ela prevê a fecundação de óvulos e espermatozoides em laboratório (in vitro), aumentando, dessa forma, as chances de a gestação ocorrer.

O procedimento é realizado em diversas etapas. Na primeira delas ocorrem a estimulação ovariana e a indução da ovulação, realizadas com medicamentos hormonais para estimular o desenvolvimento e amadurecimento de mais folículos, obtendo mais óvulos maduros para fecundação.

Quando os folículos amadurecem, são coletados por punção folicular e os óvulos são posteriormente extraídos e encaminhados ao laboratório. Ao mesmo tempo, o sêmen também é coletado. As amostras são então submetidas ao preparo seminal, técnica que utiliza diferentes métodos para capacitar os espermatozoides e selecionar os que possuem melhor movimento (motilidade) e forma (morfologia).

Óvulos e espermatozoides são, em uma etapa seguinte, fecundados em laboratório. Os embriões, após serem cultivados por alguns dias, são transferidos para o útero. Os que não forem utilizados podem ser congelados para o uso no futuro.

Atualmente, o método mais utilizado nas principais clínicas de reprodução assistida é a FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides). A técnica permite que o espermatozoide saudável escolhido microscopicamente seja inserido diretamente dentro do óvulo com o auxílio de uma agulha de máxima precisão.

Gravidez e endometriose

Algumas evidências mostram que mulheres com endometriose, quando engravidam, apresentam um risco um pouco maior para abortamento espontâneo, parto prematuro, bebê pequeno (restrição de crescimento), placenta em posição baixa (placenta prévia) e maior chance de parto cesárea quando comparadas com mulheres sem endometriose.

No entanto, um estudo realizado pela Rede Latinoamericana de Reprodução Assistida (REDLARA) apontou que a endometriose não reduziu a taxa de fertilização, gestação clínica (visualização do saco gestacional na ultrassonografia), abortamento e, o mais importante, a taxa de nascidos vivos em relação às mulheres sem a doença.

Mas é importante, no início da gestação, ficar atento à possibilidade de gestações fora do útero, chamadas de gestações ectópicas, que são mais comuns em mulheres com endometriose, naquelas que apresentam sequela de doença inflamatória pélvica, com gestações ectópicas anteriores ou quando a gestação ocorreu por meio da fertilização in vitro.

Mulheres diagnosticadas com endometriose umbilical ou outros tipos de endometriose, com o tratamento adequado, podem engravidar e ter uma gestação normal, sendo necessários apenas alguns cuidados. O primeiro passo é contar com um especialista em reprodução humana assistida para que os resultados sejam os esperados. Caso você queira saber mais sobre os tratamentos, entre em contato e agende uma consulta com um dos especialistas em Reprodução Humana da Mater Prime.

Fontes:

Revista Brasileira de Cirurgia Plástica;

Clínica de Reprodução Humana Mater Prime.

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