Atualmente, diferentes fatores sociais e econômicos fazem com que as mulheres optem por adiar a maternidade, visando ter estabilidade antes de conceber um filho. Com esse cenário, a gestação tardia torna-se cada vez mais comum e os avanços da Medicina fazem com que essa escolha seja mais segura, tanto para as mulheres quanto para os bebês.
Trata-se de um fator biológico que a fertilidade da mulher diminua com o passar dos anos, sendo que após os 35 anos as chances de engravidar naturalmente sejam menores do que até os 30. A chance de gravidez por ciclo menstrual considerando a idade é a seguinte:
- 20% em mulheres com menos de 30 anos;
- 15% de chance em mulheres entre 31 e 35 anos;
- 9% em mulheres com idade entre 35 e 39 anos;
- 5% em mulheres acima dos 40 anos.
Ainda que a fertilidade diminua, a gestação tardia já é uma realidade, o que faz com que os avanços na área de fertilização e obstetrícia garantam chances reais de mulheres serem mães após os 35 anos.
Entretanto, é necessário ser consciente sobre os riscos dessa escolha, quando menor a quantidade de óvulos disponíveis, maiores são as chances de desenvolver hipertensão ou diabetes e maior a ocorrência de casos de Síndrome de Down entre os bebês.
Ainda assim, especialistas garantem que com o acompanhamento médico adequado desde antes da concepção, as chances de uma gestação bem sucedida são elevadas. Devido a menor fertilidade, no entanto, é comum que essas pacientes tenham que recorrer a tratamentos.
Tratamentos de fertilidade para mulheres com mais de 35 anos
Inicialmente, o médico responsável vai solicitar exames diversos para a mulher, como sorologia, urina, tipologia sanguínea, hemograma e outros. Esses cuidados, além de serem necessários para determinar qual o tipo de procedimento mais adequado, também certificam que a mulher estará apta para uma gestação tardia, reduzindo os riscos associados.
Em seguida, o especialista em reprodução humana pode indicar alguns tratamentos que apresentem boas chances. Conheça alguns deles!
Fertilização in vitro
A FIV em ciclo natural não envolve o estímulo ovariano para captação de óvulos adicionais, sendo usado o óvulo resultado do ciclo natural da paciente. Após a coleta, a fertilização ocorre em ambiente laboratorial e a transferência para o útero é feita em fase de embrião ou blastocisto, para aumentar as chances de implantação na parede uterina.
Mini-FIV
A Mini-FIV é um procedimento no qual ocorre a estimulação ovariana com uso de hormônios, entretanto preza-se pela qualidade e não pela quantidade dos óvulos resultantes, dessa forma, os riscos de ocorrer a Síndrome de hiperestimulação ovariana são menores.
Doação de óvulos
Uma técnica que se torna mais comum em casos de gestação tardia é a doação de óvulos. Nesses casos uma doadora anônima cede os óvulos para a receptora, sendo ele fertilizado pelo material genético do parceiro da receptora e, posteriormente, implantado no útero dela.
Independente da técnica que será realizada, o casal deve procurar um especialista após seis meses de tentativas mal sucedidas. O indicado para mulheres com mais de 35 anos é que os cuidados do pré-natal tenham início antes da concepção. O ácido fólico, por exemplo, deve começar a ser tomado três meses antes da gravidez.
Com os cuidados necessários, acompanhamento médico qualificado e informações sobre a gestação tardia, conhecendo os benefícios e riscos dessa escolha, a mulher poderá tornar-se mãe com mais segurança tanto para ela quanto para o bebê.