Por que a infertilidade está aumentando mundialmente?

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A infertilidade está aumentando em homens e mulheres, e um dos principais fatores são os hábitos de vida adotados e a postergação da gestação. Saiba quais são e como aumentar as chances de engravidar.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade está aumentando em todo o mundo nas últimas quatro décadas devido a diferentes fatores, com destaque aos hábitos de vida.

A OMS estima que 15% dos casais sejam inférteis, sendo que a dificuldade de engravidar pode ser decorrente de fatores de infertilidade femininos, masculinos, de ambos os parceiros (cada um destes três representa 30% dos casos) ou sem causa conhecida (em 10% dos casos).

Muitos dos casais com dificuldade para engravidar poderiam ter sucesso neste objetivo com a revisão das práticas do dia a dia. A seguir, saiba por que a infertilidade está aumentando, de acordo com estudos médicos voltados à reprodução.

7 fatores pelos quais a infertilidade está aumentando

O fato de que a infertilidade está aumentando é preocupante para a comunidade médica, para os governos e para os casais, mas conhecer os hábitos responsáveis por essa tendência é o primeiro passo para freá-la. São eles:

1. Má alimentação

Um dos fatores mais associados ao fato de que a infertilidade está aumentando é a qualidade da alimentação, que caiu significativamente nas últimas décadas.

Estudos apontam que o consumo de carne vermelha mais de três vezes por semana reduz a qualidade do sêmen dos homens. Nas mulheres, o consumo de fast food mais de quatro vezes por semana dobra o tempo para conseguir engravidar.

Se a má alimentação afeta a qualidade dos gametas masculinos e femininos, a boa alimentação vai no sentido contrário. Verificou-se que a ingestão regular de frutas, legumes, verduras e gorduras saudáveis, como as obtidas em peixes, aumentam as chances de concepção em 30%.

2. Tabagismo

Outro inimigo da fertilidade é o tabagismo. Estima-se que fumar cinco cigarros ao dia reduz a fertilidade em 40% e aumenta em três vezes as chances de aborto, mesmo quando o fumante é o parceiro.

Segundo a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), homens e mulheres fumantes são três vezes mais propensos a sofrer de infertilidade.

Isso se deve aos milhares de componentes tóxicos presentes no cigarro, como nicotina, alcatrão, zinco, níquel, chumbo, ácido cético, fenol e outros.

3. Consumo de bebidas alcóolicas

O consumo de bebidas alcóolicas é outro motivo pelo qual a infertilidade está aumentando. O álcool compromete a qualidade, quantidade e motilidade dos espermatozoides e também está associado à redução da fertilidade da mulher.

Estudos estimam que o consumo de mais de duas doses de álcool por dia (1 dose = 10g de álcool) está associado à diminuição da fertilidade feminina.

4. Consumo de refrigerantes

O consumo de refrigerantes também está associado ao fato de a infertilidade estar aumentando no mundo.

Uma pesquisa conduzida pela Boston University School of Medicine com mulheres de 21 a 45 anos revelou que o consumo de ao menos um copo de refrigerante por dia reduz em 25% as chances de engravidar.

5. Qualidade do sono

O comprometimento da quantidade e qualidade do sono também é relevante na fertilidade do casal. Quando o sono não é restaurativo, há prejuízos ao funcionamento da hipófise, glândula associada à produção de hormônios reprodutivos em homens e mulheres.

6. Exposição a agentes tóxicos

A maior exposição a agentes tóxicos nas últimas décadas também está afetando a fertilidade dos casais. Entre os destaques apontados em diversos estudos, estão:

  • Poluição do ar nas grandes cidades, o que faz as pessoas que trabalham ao ar livre na área urbana ou no trânsito tenham mais dificuldade para concepção;
  • Agrotóxicos presentes nos alimentos, que podem resultar em danos no DNA que provocam mutação nos espermatozoides, comprometendo sua qualidade, quantidade e motilidade;
  • Plásticos, com destaque à substância Bisfenol A, presente em garrafas plásticas e que causa alterações genéticas nos óvulos e espermatozoides.

Conforme a exposição a esses agentes cresce nas sociedades modernas, há mais dificuldade para engravidar, especialmente em pessoas com contato mais direto e frequente aos tóxicos.

7. Sedentarismo e obesidade

O sedentarismo está associado a problemas diversos, como cardiopatias, distúrbios hormonais e maior dificuldade no controle do peso, o que interfere diretamente na fertilidade.

Estudos indicam que, em mulheres com obesidade, a capacidade reprodutiva reduz em 60%, e, nos homens, 50%.

Além disso, o excesso de gordura corporal está associado ao desenvolvimento de alterações hormonais, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), condição diretamente associada à infertilidade feminina.

Quais as opções de tratamentos de reprodução assistida?

É fato que a infertilidade está aumentando, mas a medicina tem alcançado resultados mais promissores em tratamentos de reprodução assistida, que se tornam a alternativa para casais inférteis. Existem diferentes condutas possíveis, como:

A definição do tratamento de reprodução assistida ideal depende da avaliação do médico especialista, que vai considerar os hábitos de vida dos pacientes, bem como as causas de sua infertilidade.

Outro fator relevante que acaba por dificultar a concepção é o fato de que mais mulheres estão retardando a gestação para depois dos 30–35 anos, para alcançar objetivos pessoais e profissionais antes da concepção. Dessa forma, a idade também é um aspecto considerado na definição do tratamento reprodutivo.

Para ter mais informações sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com os especialistas da Mater Prime.

Fontes:

Clínica de Reprodução Humana Mater Prime;

Organização Mundial da Saúde (OMS);

Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM);

Boston University School of Medicine.

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