Definidos como embriões saudáveis, os embriões euploides são priorizados na fertilização in vitro. Entenda o motivo, o que ele é e a diferença em relação ao embrião aneuploide.
Nove meses antes do nascimento, da escolha do nome da criança e de toda a alegria que um filho pode trazer, existe um processo que ocorre dentro do corpo da mãe. Este processo se chama fecundação, quando um espermatozoide fertiliza um óvulo, gerando um embrião. Durante esse momento, é essencial que o embrião possua um número correto de cromossomos, pois qualquer alteração pode resultar em possíveis condições genéticas.
Existem duas categorias principais de embriões com relação ao número de cromossomos: euploide e aneuploide. Acompanhe o artigo para entender o que é embrião euploide e o aneuploide, além de outras informações sobre o tema.
O que é embrião euploide?
Embrião euploide é um embrião saudável, que conta com o número correto de cromossomos em suas células. No caso do ser humano, a caracterização de o que é embrião euploide se dá pela presença de 46 cromossomos, organizados em 23 pares. Nos embriões euploides, cada par de cromossomos é formado por um cromossomo materno e paterno.
Esses embriões são altamente buscados em casos de técnicas de reprodução assistida, como fertilização in vitro (FIV). Isso porque eles possuem maior probabilidade de serem implantados com sucesso no útero e, consequentemente, gerarem uma gravidez saudável.
Dentre as possibilidades de embriões, o que é embrião euploide também minimiza o risco de anormalidades genéticas associadas ao número de cromossomos. Ele surge quando os processos de divisão celular acontecem corretamente, definindo o que é embrião euploide.
O que é embrião aneuploide?
No sentido contrário do que define o que é embrião euploide, o embrião aneuploide apresenta uma alteração no número de cromossomos em relação à configuração cromossômica esperada. Em outras palavras, ele possui um número anormal de cromossomos.
A alteração pode se apresentar em um número maior ou menor de cromossomos, mas jamais igual aos 46 que definem o que é embrião euploide. Do lado maior, alguns dos casos mais comuns geram a síndrome de Patau (trissomia 13), síndrome de Edwards (trissomia 18) e a síndrome de Down (trissomia 21).
A formação dos embriões aneuploides acontece quando há algum erro durante a divisão celular ou durante a própria fertilização. São esses erros que podem resultar em uma distribuição desigual dos cromossomos, gerando embriões com números cromossômicos anormais.
Como é feita a análise do embrião na FIV?
Por ser uma técnica completa e de alta complexidade, a FIV demanda uma série de etapas antes da implantação do óvulo fecundado na mulher. Uma dessas etapas pode envolver o teste genético pré-implantacional (PGT).
Com o uso desse teste, o profissional especializado em reprodução humana pode separar os embriões entre o que é embrião euploide e o que não é. No PGT, as células embrionárias coletadas passam por análises genéticas de possíveis alterações cromossômicas, tanto relacionadas a doenças hereditárias, quanto ao embrião euploide ou aneuploide.
Embrião euploide e sucesso na FIV
Embriões euploides apresentam maiores taxas de sucesso para uma gravidez saudável. Algumas razões que contribuem para isso são:
- Configuração cromossômica esperada: embriões euploides possuem o número esperado de cromossomos (46, em pares de 23), o que é essencial para um desenvolvimento saudável do feto;
- Menor risco de anormalidades genéticas: os embriões desse tipo demonstram menor probabilidade de anormalidades genéticas e cromossômicas;
- Maior probabilidade de implantação: embriões euploides têm maior capacidade de se conectarem de maneira adequada com a parede uterina, formando a placenta e recebendo os nutrientes e oxigênio necessários para o desenvolvimento inicial. Isso aumenta as chances de uma gravidez bem-sucedida;
- Redução do risco de aborto: embriões aneuploides apresentam maior risco de aborto espontâneo. Ou seja, embriões euploides estão intimamente relacionados a uma gravidez saudável;
- Aumento das chances de gravidez: a transferência de embriões euploides é mais propensa a resultar em implantação, gestação e nascimento de um bebê saudável;
- Redução de transferências malsucedidas: além dos custos financeiros, a necessidade de diversas transferências também pode afetar muito a saúde emocional do casal. Com embriões euploides, a taxa de transferências malsucedidas cai e, consequentemente, aumentam as chances de uma gravidez bem-sucedida em ciclos de FIV;
- Otimização da escolha do embrião: a análise dos embriões euploides permite selecionar os embriões de melhor qualidade genética para a transferência.
Devemos lembrar que esses são fatores gerais e não se aplicam a todos os casos e pacientes. É importante consultar um médico ou clínica especializados em reprodução assistida para obter uma avaliação personalizada. Entre em contato com a Mater Prime e agende uma consulta com um de nossos especialistas.
Fontes:
Mater Prime
Conselho Federal de Medicina (CFM)