Quando a fertilização in vitro é indicada?

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A fertilização in vitro (FIV) é um dos tratamentos para fertilidade mais indicados atualmente devido às altas taxas de sucesso e ao fato de poder ajudar em casos de infertilidade masculina, feminina ou de ambos os parceiros.

A técnica foi realizada pela primeira vez na Inglaterra em 1978 e chegou ao Brasil em 1983. Desde então, muitas melhorias foram realizadas no procedimento, sendo que a taxa de sucesso inicial era de aproximadamente 15%, enquanto atualmente pode atingir 60%. Assim, a FIV se difundiu como uma alternativa eficiente para tratar casos de infertilidade.

São diversas as indicações da fertilização in vitro, englobando desde fator masculino, quanto fator feminino, fator misto ou infertilidade sem causa aparente. Assim, algumas das situações nas quais o procedimento é indicado pelo especialista em reprodução humana são:

  • Ausência, bloqueio total ou parcial das trompas;
  • idade avançada da mulher;
  • distúrbios na ovulação;
  • endometriose;
  • falência ovariana;
  • infertilidade sem causa aparente;
  • baixa contagem de espermatozoides (menos de 5 milhões/ml);
  • problemas de motilidade ou morfologia nos espermatozoides;
  • ausência de gametas no sêmen;
  • para casais homoafetivos que desejam ter filhos biológicos;
  • em casos nos quais tratamentos de baixa complexidade não foram efetivos.

Portanto, a fertilização in vitro é um tratamento bastante completo e que pode beneficiar casais com diagnósticos bastante amplos de infertilidade.

Como é realizada a fertilização in vitro?

A FIV tem início com a estimulação ovariana através de uso de medicamentos injetáveis ou orais. O objetivo é produzir diversos folículos em um mesmo ciclo. Esse processo dura entre 10 e 12 dias e então os gametas femininos são aspirados via ultrassonografia transvaginal e armazenados. Os gametas masculinos também são coletados, seja por meio de masturbação ou punção, de acordo com a condição masculina.

O material genético de ambos os parceiros é fecundado em laboratório e, após alguns dias do desenvolvimento do embrião até o estágio de blastocisto, é transferido para o útero da mulher.

A FIV é considerada um tratamento complexo devido às diferentes etapas que são necessárias para o sucesso do procedimento. Além disso, ela pode ser associada com procedimentos específicos para atender melhor cada caso, como:

  • ICSI: a Injeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI) pode ser indicada pelo especialista em reprodução humana em casos de fator masculino grave associado à infertilidade. Nesses casos, um espermatozoide saudável é selecionado por microscópio e injetado diretamente dentro do óvulo com auxílio de uma agulha de alta precisão, aumentando as chances de sucesso da fecundação;
  • Mini-FIV: é outra possibilidade de FIV que envolve uma estimulação ovariana com menos hormônios. Esse tratamento é indicado, normalmente, para mulheres com idade avançada e baixa reserve e que desejam se submeter à FIV;
  • Assisted-Hatching: essa técnica consiste na ruptura, no momento da transferência, da zona pelúcida que reveste o embrião, visando aumentar as chances de implantação no útero. Indicado para casos de aborto de repetição, zona pelúcida espessa, mulheres com idade avançada e outros.

Esses tratamentos aumentam as chances de sucesso da FIV, pois permitem atender especificidades de cada caso e assim tornar o tratamento mais eficiente para cada paciente. A FIV também é o procedimento indicado em casos de doação de óvulos ou espermatozoides e também em casos nos quais é necessária a doação de útero.

Caso identifique dificuldades para concepção natural, um especialista em reprodução humana deverá ser procurado, pois apenas o médico poderá afirmar se a fertilização in vitro é o tratamento mais adequado para o caso.

 

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