3 Tipos de Miomas Uterinos

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Aproximadamente 75% das mulheres vão desenvolver algum tipo de mioma uterino ao longo de sua vida

O mioma uterino, também conhecido como fibroma ou leiomioma, pode ser definido como um tumor originado no tecido muscular do útero. Contudo, esse tipo de tumor é benigno e não tem a chance de se transformar em maligno.

Pelo fato de o útero ser um órgão composto de músculos, o mioma cresce de forma anormal dentro de uma área desta musculatura, formando, muitas vezes, uma tumoração com formato arredondado composta pelo mesmo tecido que compõe o útero.

Estima-se que aproximadamente 3 em cada 4 mulheres terão diagnóstico de mioma ao longo de sua vida, porém 25% delas serão assintomáticas.

Conheça os tipos de miomas uterinos

Existem três tipos de miomas uterinos, que são classificados de acordo com a sua localização no útero. Confira cada um deles:

Mioma submucoso

Esse tipo de mioma uterino é um tumor benigno que se desenvolve próximo ao endométrio (camada interna do útero que cresce e descama durante os ciclos menstruais e que recebe o embrião durante a gestação). Os miomas submucosos podem causar sintomas como:

  • Sangramento excessivo no período menstrual;
  • Cólicas uterinas;
  • Anemia ferropriva;
  • Abortamentos;
  • Partos prematuros;
  • Infertilidade.

O mioma submucoso pode ser classificado de 3 formas de acordo com sua profundidade em relação ao endométrio:

  • Nível 0: quando o mioma se encontra totalmente na cavidade endometrial;
  • Nível 1: quando mais de 50% do mioma encontra-se na cavidade endometrial;
  • Nível 2: quando mais de 50% do mioma está fora da cavidade endometrial.

É importante ressaltar que a classificação do mioma deve ser feita por um médico, por meio de exames de diagnóstico.

Não existe uma causa exata para o surgimento do mioma submucoso, porém é mais comum que eles se desenvolvam em mulheres negras ou que possuem algum histórico familiar de mioma. E alguns fatores podem aumentar o risco de evolução da condição, como no caso de mulheres que tenham menstruado muito cedo, que tenham obesidade ou falta de vitamina D.

Já o tratamento desse tipo de mioma uterino deve ser realizado com orientação ginecológica, após a solicitação de alguns exames, como a histeroscopia diagnóstica. Dessa forma, é feita a indicação mais adequada de tratamento, como o uso de remédios para aliviar os sintomas ou uma cirurgia para retirar o mioma.

Mioma subseroso

Esse tipo de mioma uterino é composto por células musculares que se desenvolvem na superfície externa do útero, conhecida como serosa.

O risco de desenvolvimento do mioma subseroso se deve ao estímulo de hormônios como estrogênio e progesterona. Contudo, geralmente esse risco cresce na medida em que a mulher vai envelhecendo, sendo esse tipo de mioma mais comum naquelas que iniciaram a menstruação muito cedo, nunca engravidaram, entraram tardiamente na menopausa ou com histórico familiar de mioma na região.

Devido ao fato do crescimento desse tipo de mioma uterino ser externo, os principais sintomas estão associados ao efeito compressivo de estruturas adjacentes (bexiga, intestino, vagina), sobretudo em caso de miomas grandes. Entre os principais sintomas podemos citar:

  • Dor abdominal;
  • Sensação de pressão no abdômen;
  • Vontade frequente de urinar;
  • Prisão de ventre;
  • Dor durante a relação sexual.

No caso de suspeita de mioma subseroso, é importante procurar a ajuda de um ginecologista para uma avaliação. Mesmo o tratamento não sendo necessário na maioria dos casos, em outros é indicado realizá-lo por meio de medicamentos ou cirurgia.

Mioma intramural

Esse tipo de mioma uterino se forma dentro da parede muscular do útero, chamada miométrio, sendo, na grande maioria dos casos, causado por alterações hormonais, principalmente de estrogênio.

Quando grandes, eles podem distorcer a parede externa, como os miomas subserosos, e/ou a parede interna, como os miomas submucosos.

Assim como os outros tipos de miomas uterinos, o mioma intramural tem como sintomas:

  • Dor na região do abdômen;
  • Aumento do volume abdominal;
  • Sangramento menstrual anormal;
  • Prisão de ventre;
  • Dificuldade para urinar;
  • Sangramento fora do período menstrual.

Esses sintomas podem surgir principalmente quando existem muitos miomas ou quando um único mioma for muito grande (maior do que 6 cm).

O tratamento desse tipo de mioma uterino nem sempre é necessário, podendo ser recomendado apenas o acompanhamento com o ginecologista e a realização de exames para avaliar os sintomas e o crescimento do mioma.

Contudo, na presença de sintomas intensos, o médico pode indicar alguns tratamentos que incluem medicamentos anti-inflamatórios, anticoncepcionais orais, DIU hormonal, miomectomia, histerectomia, entre outros.

Miomas uterinos podem ser obstáculos para a gravidez?

A maioria dos miomas não causa dificuldade para engravidar nem provoca abortos espontâneos. Entretanto, dependendo da localização, da quantidade e do tamanho, o mioma submucoso, que é o que mais pode afetar a fertilidade da mulher, pode obstruir as tubas uterinas ou atrapalhar o processo de implantação/ desenvolvimento da gestação, podendo levar também a abortamentos ou partos prematuros.

Geralmente, os tipos de miomas uterinos não são um fator isolado de infertilidade feminina. Por isso, quando a mulher não consegue engravidar naturalmente, muitas outras questões podem estar envolvidas.

Nessas situações, uma ótima alternativa é procurar um especialista em Reprodução Humana, para que ele possa ajudar nesse processo e encontrar o tratamento mais adequado para o caso apresentado.

Para mais informações sobre o assunto, entre em contato e agende uma consulta com os especialistas da Mater Prime.

Fonte:
Clínica de Reprodução Humana Mater Prime.

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