Aspiração manual intrauterina: o que é e como é feita?

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Procedimento trata o aborto retido ou incompleto

O aborto é uma complicação comum na gestação, caracterizado pela interrupção da gravidez antes da vigésima semana ou quando o peso fetal é inferior a 500 gramas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Essa complicação pode ser precoce, nos casos em que acontece em até 12 semanas da gravidez, ou tardia, quando acontece depois desse período.

As causas do aborto são distintas, podendo ser provocadas ou espontâneas. No geral, esse quadro se resolve sozinho com a eliminação natural por meio do canal vaginal. Porém, existem situações em que é necessário recorrer à aspiração manual intrauterina (AMIU) ou a outros métodos para a retirada de restos fetais.

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Para que serve a AMIU?

A aspiração manual intrauterina é um procedimento de esvaziamento uterino nos casos de abortamento retido ou incompleto em gestações inferiores a 12 semanas, também podendo ser aplicada em casos de gravidez molar, que ocorre quando o óvulo fertilizado se transforma em mola hidatiforme, em vez de um feto, ou a partir de células que ficam no útero após abortos espontâneos.

Existem outros métodos para tratar o aborto. Porém, a AMIU é uma intervenção segura e rápida com baixa probabilidade de complicações. Por isso, é o método de escolha da Federação Internacional de Ginecologistas e Obstetrícia (FIGO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Quando a aspiração manual intrauterina é indicada?

Apesar da OMS e da FIGO recomendarem a aspiração manual intrauterina, esta não é adequada para gestações com tempo superior a 12 semanas e/ou com dilatação cervical maior que 12 mm. A AMIU é indicada para:

  • Abortamento retido ou incompleto;
  • Gravidez anembrionada, quando o óvulo é fertilizado, mas o embrião não se desenvolve;
  • Mola hidatiforme;
  • Retenção de restos placentários;
  • Obtenção de amostras.

Como é realizado o procedimento da AMIU?

O médico realiza exames físicos e de imagem para liberar a paciente para a AMIU. O procedimento ocorre em ambiente ambulatorial ou hospitalar sob anestesia local e sedação. Se o colo uterino estiver impérvio, fechado de forma que dificulte a realização, a administração de dose única de misoprostol 400 mcg via vaginal até 3 horas antes pode ajudar na execução da técnica.

A aspiração manual intrauterina é feita com o auxílio de uma seringa de vácuo acoplada a cânulas de plástico flexível e de diferentes diâmetros, entre 4 mm e 12 mm. A AMIU é finalizada quando o profissional constata a ausência de restos ovulares na cânula, a presença de espuma levemente rosada, a aspereza da superfície do endométrio e/ou a contração uterina em torno da cânula.

A paciente recebe a profilaxia antibiótica antes da AMIU com o objetivo de evitar infecções. Ao finalizar o procedimento a paciente permanece em observação por cerca de 6 a 12 horas e tem alta após esse período se estável.

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AMIU ou curetagem: qual é a mais indicada?

A curetagem pode ser feita na ausência da possibilidade da aspiração manual intrauterina. Nessa alternativa, é feita a raspagem da parede uterina para remover os resíduos, o que faz com que o método possa apresentar maiores riscos de lesão no endométrio, de perfuração uterina e de formação de sinequias, que são aderências parecidas com cicatrizes que podem comprometer a fertilidade.

Por isso, a OMS e a FIGO recomendam a AMIU, técnica que oferece:

  • Menor risco de traumas;
  • Maior rapidez e simplicidade no esvaziamento uterino;
  • Menor tempo de internação hospitalar — e consequente redução de custos.

Quanto tempo depois da AMIU vem a menstruação?

O organismo necessita de um tempo para se recuperar da aspiração manual intrauterina. Por isso, a menstruação pode levar de quatro a seis semanas para voltar ao normal. De qualquer forma, é aconselhado seguir com os métodos contraceptivos durante esse período para evitar a gravidez.

Se o objetivo for engravidar, não existe a necessidade de aguardar um longo período para ter uma nova gestação após a aspiração manual intrauterina. As orientações e o acompanhamento médico auxiliam no planejamento gestacional e na segurança da saúde da mãe e do futuro bebê.

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Fontes:

Ministério da Saúde

Organização Mundial da Saúde

Federação Internacional de Ginecologistas e Obstetrícia

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

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