Você sabia que as DSTs impactam a fertilidade? A falta de informação relativa à prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e os seus reflexos fazem com que milhares de homens e mulheres se descuidem. As que mais afetam a fertilidade são: clamídia, gonorreia, sífilis e o HPV.
Estimativa do Ministério da Saúde aponta que mais da metade da população sexualmente ativa seja portadora de alguma doença sexualmente transmissível, sendo que muitos só as descobrem quando as DSTs impactam a fertilidade ou evoluíram para algo mais sério.
Infelizmente, nos últimos anos tem sido identificada uma alta no número de pessoas que contraíram DSTs. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2016 foram computados 127 milhões de novos casos de clamídia, 87 milhões de gonorreia, 6,3 milhões de sífilis e 156 milhões de tricomoníase.
Vale lembrar que esses são os dados mais recentes a respeito das DSTs que impactam a fertilidade, e os números podem ser até maiores em 2019.
Quais são as DSTs que impactam a fertilidade?
Existe um grande número de doenças contraídas por intermédio de relações sexuais desprotegidas, ou seja, sem o uso de preservativo masculino ou feminino. As DSTs que impactam a fertilidade são:
- Aids (HIV);
- Cancro mole;
- Clamídia;
- Gonorreia;
- HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano);
- Doença Inflamatória Pélvica (DIP);
- Donovanose;
- Hepatites virais;
- Herpes genital;
- Infecção pelo HTLV;
- Linfogranuloma venéreo;
- Sífilis;
- Tricomoníase.
Todas, sem exceção, são prevenidas pelo uso de preservativo, fundamental também na prática de sexo oral e anal.
Como essas doenças prejudicam a fertilidade?
Cada uma das doenças mencionadas prejudica as funcionalidades dos órgãos reprodutores femininos e masculinos de forma distinta. Em algumas situações são necessários tratamentos prévios antes das tentativas de engravidar, e casos mais sérios podem tornar o homem ou a mulher infértil, impedindo que ocorra a concepção.
Vamos usar como exemplo as três doenças sexualmente transmissíveis que tiveram maior incidência nos últimos quatro anos — clamídia, gonorreia e a sífilis — e mostrar como age cada uma dessas DSTs que impactam a fertilidade.
Clamídia e gonorreia
Ambas doenças podem resultar em Doença Inflamatória Pélvica (DIP) em mulheres. A condição colabora para o desenvolvimento de alterações tubarias importantes, dificultando a gestação de forma natural, sendo necessário recorrer a uma clínica de reprodução assistida.
A DIP pode resultar ainda em gravidez ectópica, em que o óvulo fecundado se implanta na Trompa de Falópio e não chega ao útero (local correto para o desenvolvimento da gestação).
Nesse caso, a gravidez deve ser interrompida de forma cirúrgica ou medicamentosa. Caso ocorra o rompimento da trompa em que o embrião se implantou, a chance dessa mulher engravidar de forma espontânea tem queda significativa.
A gonorreia nos homens pode resultar em epididimite, inflamação do epidídimo que, caso não seja tratada, pode atrapalhar a qualidade dos espermatozoides. Também existe impacto importante e significativo nas tubas uterinas. No caso de gestação com mãe infectada, o bebê é quem corre risco de ser contaminado no parto e desenvolver doenças oculares que podem levar a cegueira.
Sífilis
A sífilis é uma das DSTs que impactam a fertilidade e que mais preocupa os médicos, uma vez que a doença é responsável por abortos espontâneos e fetos natimortos. Se a mulher não descobrir e tratar a doença antes de engravidar, o risco de contágio de sífilis ao bebê é relativamente alto, sendo que muitos podem ter sobrevida menor após o parto devido às complicações originadas pela doença sexualmente transmissível.
HPV
O HPV (da sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é a DST de maior prevalência na população brasileira e a que pode acarretar perda da fertilidade devido a sua possibilidade de evolução para um tumor maligno. Mais de 90% dos casos de câncer de colo de útero são resultado de determinados tipos de HPV não tratados. No caso dos homens, pode ocorrer o câncer no pênis.
Como impedir que as DSTs impactem a fertilidade?
A resposta ao questionamento é simples: uso de preservativo e consultas regulares ao ginecologista e urologista. Algumas dessas doenças são identificadas em exames de sangue e por intermédio do Papanicolau. Logo, em uma consulta de rotina elas podem ser identificadas e tratadas.
Como já mencionado, as DSTs impactam a fertilidade de forma efetiva, e casais que querem tentar a gestação devem realizar exames prévios para detecção desses e demais fatores que comprometem a fertilidade. Caso ainda tenham restado dúvidas, entrem em contado com a Mater Prime e tenha atendimento especializado em reprodução humana.
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