Endometriose profunda: o que é e como tratar?

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Saiba quais os sintomas e os riscos que essa doença pode trazer para a fertilidade feminina

A endometriose é uma doença considerada crônica, ou seja, sem cura, que afeta as mulheres em idade reprodutiva. A doença é classificada em vários tipos, sendo um deles a endometriose profunda. É sobre ela que trata o texto a seguir.

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O que é endometriose profunda?

A endometriose profunda é a forma mais severa de endometriose. Nela, o tecido endometrial penetra de maneira profunda, mais do que 5 mm, no peritônio (tecido que reveste a cavidade pélvica), invadindo os órgãos dentro ou fora da cavidade pélvica. Isso pode incluir os ovários, o reto, a bexiga e os intestinos.

Causas da endometriose profunda

Ainda não são completamente conhecidas as causas da endometriose profunda, porém, acredita-se que alguns fatores estejam envolvidos no surgimento da doença, como:

  • Predisposição familiar;
  • Alterações hormonais;
  • Resposta imunológica deficiente;
  • Menstruação retrógrada, condição que pode levar células endometriais para fora do útero. O sangue que deveria ser eliminado na menstruação “volta” pelas tubas uterinas em direção à cavidade pélvica;
  • Substâncias presentes no meio ambiente, como pesticidas, poluentes industriais e bisfenol-A podem contribuir para o desenvolvimento da endometriose.

Sintomas da endometriose profunda

Os sintomas da endometriose profunda podem variar em intensidade e frequência, sendo os mais comuns:

  • Dores durante a relação sexual;
  • Dor pélvica intensa durante a menstruação;
  • Cansaço extremo;
  • Dor abdominal fora do período menstrual;
  • Diarreia;
  • Dores ao urinar e evacuar, principalmente no período menstrual;
  • Dificuldade para engravidar.

Riscos da endometriose profunda

Além da dor crônica causada pela endometriose profunda, quando não tratada ou não controlada corretamente, existem outras complicações que a doença pode causar, como infertilidade, obstrução intestinal, ruptura de cistos ovarianos e comprometimento da função urinária.

Diagnóstico da endometriose profunda

O diagnóstico inicial de endometriose profunda é feito a partir da história clínica e do exame pélvico. A confirmação diagnóstica pode ser feita por exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética, de preferência com preparo intestinal, para melhor visualização das estruturas internas.

A videolaparoscopia, que antes era necessária para confirmar o diagnóstico, atualmente é realizada na cirurgia de endometriose.

Quando diagnosticada precocemente, a endometriose profunda pode ser mais bem controlada. No entanto, o diagnóstico, muitas vezes, demora para ser realizado e, quando ocorre a suspeita, a endometriose já pode estar mais avançada.

Como é realizado o tratamento da endometriose profunda?

O tratamento da endometriose profunda visa o alívio dos sintomas causados pela doença, podendo ser usados medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos, contraceptivos ou agonistas de GnRH.

Quando a mulher não responde a esse tratamento convencional, não pode usar contraceptivos ou está encontrando dificuldades para engravidar, pode ser indicada a cirurgia.

O objetivo do procedimento cirúrgico, que é realizado de maneira minimamente invasiva – por videolaparoscopia ou robótica – é retirar os focos de endometriose profunda. Durante a cirurgia, o médico tenta preservar os órgãos reprodutores, principalmente quando a mulher deseja engravidar.

Muito importante fazer uma avaliação da reserva ovariana da mulher antes da cirurgia para ver se seria indicado um congelamento de óvulos embriões antes do procedimento cirúrgico.

Qual o impacto da endometriose profunda na fertilidade?

A endometriose profunda pode comprometer a fertilidade feminina devido às alterações causadas nos órgãos reprodutivos, como nos ovários, dificultando a liberação de óvulos saudáveis para fecundação. Além disso, a doença impacta a qualidade do endométrio, tecido que reveste a parte interna da cavidade uterina e local onde ocorre a implantação do embrião para que ele se desenvolva. Da mesma forma, aderências decorrentes das lesões podem prejudicar a função das trompas e levar à infertilidade, além de outros mecanismos moleculares indiretos.

Como a fertilização in vitro pode auxiliar?

Quando mesmo com o tratamento cirúrgico uma gravidez natural não é possível, a mulher pode recorrer a um tratamento de reprodução assistida, sendo o mais indicado a fertilização in vitro (FIV). Nesta técnica, a fecundação ocorre em laboratório e, quando o embrião é formado, ele é implantado no útero por meio de um cateter. Ou seja, caso existam danos nas tubas – estrutura onde acontece o encontro do óvulo com o espermatozoide, e que também é responsável por levar o embrião formado até o útero – a gravidez se torna possível.

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Fontes:

Mater Prime

Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE)

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

 

 

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