Menstruação atrasada: pode ser gravidez?

O atraso menstrual pode, sim, ser um sinal de gravidez. Mas também pode ser causado por diversos outros fatores

O tempo de duração do ciclo menstrual varia de acordo com o organismo de cada mulher, sendo considerado normal uma média de 28 dias. Em mulheres que apresentam ciclo regular, qualquer mudança nesse período pode gerar estranheza e comoção, principalmente porque a crença popular normalmente diz que menstruação atrasada pode ser gravidez.

De fato, a menstruação atrasada pode ser gravidez, mas há também diversos outros fatores que podem fazer com que o ciclo menstrual sofra alterações. Em geral, poucos dias de atraso são considerados uma alteração normal, sem que isso realmente tenha relevância clínica. Quando o atraso passa de 15 dias ou quando ocorre por vários meses, pode ser necessário investigar melhor as causas desta mudança no ciclo.

Quantos dias a menstruação pode atrasar?

Levando em consideração que um ciclo menstrual considerado normal tem duração aproximada de 28 dias, intervalos de 21 a 35 dias são considerados normais.

A menstruação atrasada pode ser gravidez, sim, mas é preciso ter em mente que a maioria das mulheres tem, pelo menos, um episódio de atraso ao longo de sua vida reprodutiva — e isso é considerado perfeitamente normal, uma vez que o ciclo reprodutivo é diretamente afetado por questões hormonais, físicas e até mesmo emocionais. Não existe um ciclo menstrual que seja exatamente igual a outro, sendo esperado mudanças leves entre um e outro.

Uma menstruação pode ser considerada realmente atrasada quando ultrapassam 7 dias da data esperada da menstruação. Para as mulheres que estão passando por atraso menstrual e se questionam se menstruação atrasada pode ser gravidez, é possível realizar testes de farmácia ou exames de sangue para detectar a gestação.

Menstruação atrasada pode ser gravidez ou outras alterações

Embora a maioria das pessoas imediatamente associe o atraso menstrual a uma possível gestação, diversas outras situações podem causar mudanças na duração de um ciclo. As principais são:

  • Estresse;
  • Disfunções hormonais;
  • Ansiedade;
  • Interrupção no uso da pílula anticoncepcional;
  • Presença de infecções ou doenças;
  • Obesidade;
  • Magreza excessiva ou distúrbios alimentares;
  • Problemas na tireoide;
  • Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP);
  • Excesso de atividade física;
  • Menopausa.

Quando existe a hipótese de gestação, a melhor forma de verificar se a menstruação atrasada pode ser gravidez é por meio da realização de testes. Caso o resultado seja negativo e o atraso continue, é recomendado iniciar uma investigação clínica, pois este pode ser um importante sinal de que algo não está funcionando adequadamente no organismo feminino.

Outros importantes sinais de gravidez

Uma vez que a menstruação atrasada pode ser gravidez, mas também pode estar associada a diversas outras causas, é importante que a mulher saiba reconhecer outros importantes sintomas da gravidez — sendo que alguns deles podem se manifestar antes mesmo do atraso menstrual. Alguns dos principais sinais de gestação, além do atraso menstrual, são:

  • Dor nos seios e crescimento das glândulas mamárias;
  • Escurecimento das aréolas;
  • Inchaço e dor abdominal;
  • Prisão de ventre;
  • Cansaço excessivo;
  • Aumento da necessidade de urinar;
  • Náuseas recorrentes.

As mudanças iniciais no organismo feminino são muito sutis e podem variar bastante de uma mulher para outra. Algumas gestantes podem sequer manifestar qualquer um dos sintomas considerados comuns na gestação — como inchaço, sensibilidade a odores, náuseas e vômitos.

Por mais que exista verdade na afirmação de que menstruação atrasada pode ser gravidez, o contrário também ocorre: algumas gestantes apresentam o sangramento típico da nidação, processo na qual o embrião se fixa na mucosa do endométrio, podendo levar a uma leve descamação que causa sangramento. Este é mais um sinal de que a realização do teste de gravidez é a melhor forma de ter certeza se há mesmo uma gestação em curso.

Fontes:

Clínica de Reprodução Humana Mater Prime;

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida.

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