Clamídia e o impacto na fertilidade feminina

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Clamídia e o impacto na fertilidade feminina

A infecção, que é sexualmente transmissível, pode causar complicações que levam à infertilidade

A clamídia é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis. A doença é uma das ISTs mais comuns no mundo. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam cerca de 92 milhões de casos anuais.

Além da transmissão por via sexual, comum em indivíduos que mantêm vários parceiros sexuais e não utilizam preservativos, a doença pode ser transmitida também da mãe para o recém-nascido durante o parto. O contato com secreções frescas contaminadas por via não sexual também pode ser um meio de transmissão.

Além de atingir os órgãos genitais, a infecção por clamídia também pode acometer outras áreas que tiverem contato com secreções contaminadas, como a uretra, a região anal, garganta e olhos. Se não tratada adequadamente, a doença pode ter complicações sérias, como infecções pélvicas e infertilidade.

Quais são os sintomas?

Uma das principais preocupações em relação à clamídia é o fato de que, em 70% a 80% dos casos, ela é uma doença silenciosa, ou seja, sem sintomas aparentes. Nos casos sintomáticos, as primeiras manifestações surgem pelos menos 15 dias após o contágio e são diferentes no homem e na mulher.

Os principais sintomas da clamídia no homem são:

  • Ardor ao urinar;
  • Micções frequentes;
  • Inflamação, inchaço e dor nos testículos;
  • Prostatite;
  • Alterações na fertilidade masculina.

Nas mulheres, os sintomas da clamídia podem ser diferentes:

  • Dor ao urinar e nas relações sexuais;
  • Corrimento vaginal;
  • Sangramentos fora do período menstrual e durante as relações sexuais;
  • Dor no baixo ventre;
  • Coceira e irritação genital.

A manifestação de clamídia fora da região genital pode gerar sintomas específicos, como a conjuntivite nos olhos. Quando presente na garganta, a doença costuma ser assintomática. Bebês que são infectados no momento do parto podem desenvolver complicações como conjuntivite e pneumonia.

Como é realizado o diagnóstico da clamídia?

O diagnóstico da clamídia frequentemente é realizado em exames ginecológicos e urológicos de rotina, pois a maioria dos casos apresenta-se de forma assintomática. Por isso, é recomendado que homens e mulheres com vida sexual ativa realizem exames de rastreio periodicamente, principalmente aqueles que não tem parceiro sexual fixo.

Quando ocorre manifestação de qualquer sintoma que indique a infecção, é importante procurar atendimento médico ou os serviços de saúde o quanto antes. A clamídia pode ser detectada das seguintes maneiras:

  • Cultura biológica de amostras de secreção da uretra, vagina, colo do útero ou reto;
  • PCR, um exame que analisa a presença de material genético das bactérias no material coletado;
  • Exame de sangue, que pode encontrar anticorpos específicos para a bactéria e alterações nas células imunológicas que indicam infecção.

Como é feito o tratamento?

O principal meio de tratamento para a clamídia é o uso de antibióticos. A escolha do medicamento a ser utilizado depende da gravidade da doença, de acordo com a avaliação do médico. Além disso, é importante que se evite qualquer contato sexual durante todo o tratamento, para evitar a transmissão da doença e a infecção por outros tipos de ISTs.

Com o tratamento adequado, é possível eliminar a infecção. No entanto, é muito importante que o diagnóstico seja realizado o mais precocemente possível. Isso porque, quando a doença não é tratada adequadamente, pode causar complicações que podem perdurar até mesmo após a cura, como doença inflamatória pélvica (DIP), artrite, gravidez ectópica e infertilidade.

Formas de prevenção

Por ser uma infecção sexualmente transmissível, a principal forma de prevenir a clamídia é por meio da proteção com preservativo durante as relações sexuais, seja por via vaginal, anal ou oral. Isso vale também para os relacionamentos monogâmicos de longa duração, já que a bactéria pode estar presente no corpo por meses e anos sem qualquer sintoma.

Clamídia afeta a fertilidade feminina?

Uma preocupação muito comum das mulheres em relação à clamídia é a respeito de suas consequências para a fertilidade. De fato, uma das principais complicações da doença no corpo feminino é a infertilidade, que ocorre como consequência da propagação da bactéria causadora para o útero, tubas uterinas e ovários.

Uma das consequências da infecção no útero é a inflamação no endométrio (revestimento da cavidade interna uterina), que pode levar à falha na implantação do embrião. Aqueles que consegue se implantar podem ter dificuldade de desenvolvimento e, consequentemente, sofrer aborto.

Além disso, mulheres com doença inflamatória pélvica como consequência da clamídia podem ter obstrução das tubas uterinas. Essa condição dificulta ou impede a fecundação ou pode levar à gravidez ectópica (tubária).

A infertilidade causada pela clamídia pode perdurar mesmo após o fim da infecção. Apesar disso, é possível que a mulher engravide com a ajuda de tratamentos de Reprodução Humana Assistida, como a Fertilização in Vitro (FIV), que realiza a fecundação em ambiente laboratorial controlado. A Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI) também pode ter sucesso nos tratamentos de infertilidade causada pela doença.

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Fontes:

Ministério da Saúde

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida

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