Alternativa é eficaz e promissora para mulheres que desejam concretizar o sonho da maternidade
A infertilidade afeta milhões de casais ao redor do mundo; e para muitos, a ovodoação, também conhecida como doação de óvulos, surge como a esperança para a realização do sonho da maternidade. Essa técnica de reprodução assistida oferece uma alternativa para mulheres que, por diversos motivos, não possuem óvulos viáveis para a fecundação.
O que é ovodoação?
A ovodoação consiste na doação voluntária e altruísta de óvulos por uma mulher fértil e saudável para outra mulher que enfrenta dificuldades para engravidar com seus próprios óvulos. No Brasil, a prática é regulamentada pela Lei n.º 2.168/2017 e pela Resolução do Conselho Federal de Medicina.
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Como funciona a ovodoação?
O processo de ovodoação se inicia com a seleção rigorosa de uma doadora compatível com a receptora em termos de características físicas. Na Mater Prime, além da compatibilidade de cor da pele, etnia, cor e tipo de cabelos, cor de olhos e biotipo, esta seleção tem sido realizada através de inteligência artificial para pareamento de traços faciais.
A doadora passa por um ciclo de estimulação ovariana, similar ao realizado em um tratamento de fertilização in vitro (FIV) convencional. Nessa etapa, são utilizados medicamentos para estimular o crescimento de múltiplos folículos nos ovários da doadora.
Em seguida, os óvulos maduros são coletados por meio de um procedimento ambulatorial simples e seguro, conhecido como punção folicular, e fertilizados com o sêmen do parceiro ou doador. Os embriões resultantes são cultivados em laboratório por alguns dias e, posteriormente, transferidos para o útero da receptora.
Quais são os tipos de ovodoação?
Há algumas modalidades principais de ovodoação: a altruísta, a compartilhada e a familiar. Conheça-as melhor a seguir.
Ovodoação altruísta
Na ovodoação altruísta, uma mulher de até 37 anos realiza a doação de óvulos de maneira voluntária, sem nenhum tipo de compensação financeira. Sua identidade é mantida em sigilo, e tanto a doadora quanto a receptora não têm acesso às informações pessoais uma da outra. Esse tipo de ovodoação é regido por rígidos critérios éticos para garantir a segurança e o anonimato do processo.
Ovodoação compartilhada
A ovodoação compartilhada ocorre quando uma mulher que está passando por um ciclo de FIV decide doar parte dos seus óvulos para outra mulher, que também esteja passando pela reprodução assistida. O procedimento também acontece de forma anônima mas as pacientes que doam e recebem a doação compartilham os custos do tratamento, sendo que a paciente receptora custeia a maior parte.
Ovodoação familiar
Em 2023, a resolução do CFM permitiu a ovodoação familiar, que disponibiliza a opção de doação de óvulos entre parentes de até 4º grau, sem consanguinidade, para procedimento de FIV. É importante que o relacionamento entre as partes seja transparente e consensual, com o acompanhamento de um psicólogo para abordar os aspectos éticos e emocionais envolvidos.
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Quem pode doar?
Para se tornar uma doadora de óvulos, a mulher precisa atender a alguns critérios:
- Ter entre 18 e 37 anos (na Mater Prime são selecionadas doadoras de até 32 anos para as doações anônimas, a fim de aumentar a qualidade dos embriões formados);
- Possuir uma boa reserva ovariana;
- Não ter doenças transmissíveis ou de forte cunho genético;
- Estar disposta a se submeter a exames médicos e psicológicos;
- Entender as implicações éticas e sociais da ovodoação.
Quais são as taxas de sucesso da FIV com óvulos doados?
As taxas de sucesso da FIV com ovodoação são elevadas, podendo atingir até 60-70%. É importante destacar que diversos fatores influenciam o êxito do tratamento, incluindo a qualidade dos óvulos (que não depende apenas da idade) e dos espermatozoides, bem como as condições uterinas e demais condições de saúde da paciente receptora. Os critérios rigorosos para a seleção de doadoras de óvulos contribuem significativamente para o aumento das chances de sucesso na fertilização.
O que diz a legislação sobre a ovodoação?
No Brasil, a ovodoação é legalizada e regulamentada pelo CFM através da Resolução 2.168/2017. Essa norma estabelece os critérios para doação e recepção de óvulos, bem como os direitos e deveres das partes envolvidas. As principais diretrizes são:
- A doação deve ser anônima, garantindo o sigilo de doadoras e receptoras;
- A idade limite para ser doadora é de 37 anos;
- É permitida a doação entre familiares de até 4º grau, desde que não tenha consanguinidade (ou seja, a doadora de óvulos não pode ser da família do homem que coletará o sêmen para a formação dos embriões);
- A comercialização de óvulos é proibida.
Existem possíveis complicações?
A doação de óvulos é um procedimento seguro, em que tanto a doadora quanto a receptora são acompanhadas a todo momento por uma equipe especializada. Apesar disso, este é um procedimento médico e, como tal, certamente está associada à possibilidade de complicações — especialmente no que diz respeito à estimulação ovariana.
As principais complicações possíveis incluem:
- Dor de cabeça;
- Dor no local da aplicação hormonal;
- Desconforto abdominal;
- Mudanças no estado de humor;
- Hiperestimulação ovariana.
Nenhum desses efeitos colaterais, entretanto, é considerado grave, preocupante ou capaz de prejudicar seriamente a saúde da doadora. Por conta disso, geralmente não há limite de vezes que uma mulher pode realizar a doação de óvulos. A maioria das clínicas de reprodução humana, entretanto, não utiliza os óvulos de uma doadora em muitas receptoras.
A Mater Prime é uma clínica de reprodução humana assistida que oferece tratamentos de baixa a alta complexidade, ajudando casais a identificar as causas da infertilidade e conduzindo metodologias específicas para engravidar em diferentes casos. Mulheres que doam seus óvulos cumprem um papel essencial nesse processo, ajudando diretamente outras mulheres que não conseguem engravidar e sonham com a maternidade. Na Mater Prime, as doadoras de óvulos pagam somente as medicações do tratamento de fertilização in vitro. Os custos de honorários médicos e laboratório para a fertilização in vitro são pagos pela receptora dos óvulos.
Fontes: