Diversos fatores influenciam o sucesso da gestação com óvulos criopreservados
O congelamento de óvulos é um tratamento de preservação da fertilidade indicado para mulheres que desejam engravidar tardiamente. Nele, os óvulos podem ficar armazenados durante tempo indeterminado, sem perder sua qualidade.
Mas uma dúvida bastante comum que pode surgir se refere às chances de engravidar com óvulos congelados. É sobre este tema que trata o texto a seguir.
Quero saber mais sobre o congelamento de óvulos!
Como é realizada a FIV com óvulos congelados?
Quando a mulher opta por engravidar, os óvulos são descongelados e é feita a Fertilização in Vitro (FIV). Nesta técnica, a fecundação ocorre em laboratório, seja com o sêmen do parceiro ou de um doador.
O procedimento com óvulos congelados é o mesmo realizado com óvulos frescos.
Quais são as chances de engravidar com óvulos congelados?
As chances de engravidar com óvulos congelados variam entre 30% e 90%. No entanto, diversos fatores influenciam o sucesso da gestação com óvulos criopreservados, como a idade da mulher, por exemplo, no momento do tratamento de FIV e sua idade quando os óvulos foram congelados.
O tempo que o óvulo permaneceu congelado não impacta nas chances de engravidar com óvulos congelados, lembrando que não há limite de tempo para que eles permaneçam armazenados quando criopreservados. Porém, não existe garantia de gravidez de sucesso com a FIV.
Quais fatores influenciam no sucesso da gravidez com óvulos congelados?
Existem alguns fatores que determinarão as chances de engravidar com óvulos congelados, além da idade da mulher. São eles:
Qualidade dos óvulos congelados
A qualidade dos óvulos é um dos principais fatores que influenciam as chances de engravidar com óvulos congelados. Os gametas femininos perdem qualidade conforme a mulher vai envelhecendo. Por isso, é importante, para quem pretende engravidar mais tarde, que o tratamento seja feito, se possível, até os 35 anos, pois a partir dessa idade, tanto a qualidade quanto a qualidade dos óvulos começam a decair de maneira mais acelerada.
Quantidade de óvulos congelados
Em média, recomenda-se que sejam congelados de 15 a 20 óvulos maduros, mas esse número pode variar de acordo com a idade da mulher no momento da coleta dos óvulos para congelamento. Mulheres mais jovens podem congelar um menor número de óvulos, pois estes possuem melhor qualidade até os 35 anos.
O fator quantidade também é importante porque nem todos os óvulos congelados sobrevivem ao descongelamento — estima-se 90% de taxa de sobrevivência ao descongelamento, 70–80% fertilizados e metade desses fertilizados provavelmente se tornará um embrião.
Condições do útero
Problemas, como endometriose, adenomiose, miomas e pólipos uterinos, aderências no útero ou malformações uterinas congênitas, impactam as chances de engravidar com óvulos congelados. Essas condições podem tanto afetar a implantação do embrião no útero quanto causar distorções na anatomia do órgão, dificultando o desenvolvimento da gestação.
Tecnologia da clínica
Equipamentos de alta tecnologia podem contribuir para o aumento das chances de engravidar com óvulos congelados, pois eles permitem que o congelamento seja realizado com técnicas mais recentes, como a vitrificação, que aumenta as chances de engravidar com óvulos congelados.
Nessa técnica, os óvulos são congelados de maneira instantânea, com taxa de sobrevivência quando descongelados, que varia entre 90% e 95%.
Uma vez que os óvulos são descongelados com sucesso, a forma como são tratados em laboratório e a tecnologia disponível para fertilizar, cultivar e incubar os embriões resultantes pode ter um enorme impacto em como esses embriões irão se desenvolver após a transferência e as taxas de implantação.
Experiência do médico
A experiência do médico faz toda a diferença na hora de engravidar com óvulos congelados, pois o conhecimento e o cuidado individualizado podem otimizar os resultados. Além disso, é importante avaliar a clínica, sua infraestrutura e equipe de apoio. Esses cuidados podem contribuir para uma experiência de sucesso na jornada da maternidade.
Fontes:
Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva