Entenda tudo sobre miomas uterinos, além de conferir quais casos precisam de cirurgia.
Os miomas uterinos são tumores benignos formados por tecidos musculares e fibrosos, surgindo no útero. Eles podem ter tamanhos variados, desde microscópicos até grandes massas e, embora não apresentem sintomas na maioria das vezes, em alguns casos podem resultar em menstruação intensa, dor pélvica e até infertilidade. Além disso, dependendo do tipo de mioma, pode haver complicações como abortos espontâneos ou parto prematuro.
No texto de hoje, a Mater Prime elucida tudo sobre essa condição: os tratamentos disponíveis, quando a cirurgia é indicada, como os procedimentos são feitos, os cuidados pré e pós-operatórios e, por fim, qual é a relação dos miomas uterinos com a infertilidade.
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Como tratar os miomas uterinos
O tratamento dos miomas uterinos vai depender de fatores como local, tamanho, quantidade e presença de sintomas. Em casos assintomáticos, inicialmente é recomendado um acompanhamento periódico. Porém, se a condição causar sintomas como dor ou menstruação intensa, o tratamento pode passar a incluir o uso de anti-inflamatórios, analgésicos, medicamentos hormonais e suplementação de ferro.
Se mesmo com as abordagens conservadoras os sintomas não desaparecerem, é necessário fazer uma cirurgia de miomas uterinos (miomectomia ou histerectomia). A necessidade do procedimento é ainda maior em casos de infertilidade ou suspeita de malignidade.
Como o diagnóstico dos miomas uterinos é realizado?
O diagnóstico dos miomas uterinos é feito a partir de exames de imagem, como ultrassonografia transvaginal e ressonância magnética da pelve. Eles ajudam a identificar a presença, tamanho e localização dos miomas. Além disso, um exame físico completo é um ótimo complemento para avaliar os sintomas da paciente e decidir se é necessário seguir investigando.
Quais os tipos de cirurgia de miomas uterinos?
Existem duas opções de cirurgia de miomas uterinos: a miomectomia e a histerectomia. Abaixo, detalhamos cada uma delas.
Miomectomia
Na miomectomia é feita apenas a remoção dos miomas, preservando o útero e os órgãos reprodutivos da mulher, possibilitando a manutenção da fertilidade. Geralmente, é indicada para mulheres com miomas grandes, que causam dor, hemorragia intensa ou infertilidade.
Histerectomia
Agora, na histerectomia, o útero é removido — completa ou parcialmente — e, dependendo da gravidade da condição, podem ser retiradas também estruturas associadas, como as trompas e os ovários. Por conta disso, ela é mais recomendada para mulheres que já tiveram filhos e não querem mais engravidar.
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Indicações para a cirurgia de miomas uterinos
Normalmente, a cirurgia de miomas uterinos é indicada para os seguintes casos:
- Sintomas intensos: quando medicamentos não controlam sintomas como dor, menstruação abundante e cólicas;
- Impacto na qualidade de vida: caso os miomas pressionem outros órgãos, causando sintomas como distúrbios urinários;
- Suspeita de malignidade: quando há risco de o tumor ser maligno;
- Infertilidade: miomas que se projetam para dentro da cavidade uterina (submucosos) ou miomas maiores que quatro/cinco centímetros;
- Recidiva: em casos de crescimento rápido ou recorrência.
Cuidados pré-operatórios da cirurgia de miomas uterinos
Antes de realizar a cirurgia de miomas uterinos, é necessário fazer uma avaliação completa, com exames físicos e de imagem, como ultrassonografia transvaginal e/ou ressonância magnética de pelve.
Além disso, são feitos exames laboratoriais, como hemograma completo, eletrocardiograma e radiografia de tórax. Essa avaliação pré-operatória também pode precisar de consultas com um anestesista e, em alguns casos, um cardiologista.
Às vezes, o médico prescreve medicamentos para diminuir o tamanho dos miomas antes da cirurgia. Isso diminui o risco de sangramentos durante o procedimento.
Cuidados pós-operatórios da cirurgia de miomas uterinos
Depois da cirurgia de miomas uterinos, os cuidados variam de acordo com o tipo de procedimento feito.
Para a miomectomia, a recuperação costuma ser rápida, mas é fundamental que a mulher fique de repouso por pelo menos uma semana para garantir a cicatrização adequada. Durante esse tempo, é necessário evitar esforços físicos e atividades intensas. Além disso, o contato sexual deve ser evitado por aproximadamente 40 dias para prevenir dores ou infecções.
Já na histerectomia, o tempo de recuperação é mais longo, com repouso recomendado por três meses, sem atividades físicas ou levantamento de pesos, além de evitar movimentos bruscos. O contato íntimo também deve ser evitado — às vezes também por cerca de 40 dias, às vezes de acordo com orientação médica.
Em ambos os tipos de cirurgia, é importante que a paciente fique atenta a sinais de complicações, como infecção, sangramentos excessivos ou dor intensa, entrando em contato com o médico assim que os sintomas aparecerem.
Quais os riscos da cirurgia de miomas uterinos?
O principal risco da cirurgia de miomas uterinos é o sangramento. Isso acontece por causa da vascularização própria dos miomas, que exige cauterização dos vasos sanguíneos durante a remoção. Também existe o risco de infecção, comum em qualquer cirurgia. Riscos mais raros são os de lesões a órgãos próximos ao útero, como intestino, bexiga e ureteres.
É fundamental que a cirurgia seja realizada por um profissional experiente, em um ambiente adequado e com infraestrutura necessária para garantir a segurança total do procedimento.
Como os miomas uterinos podem afetar a fertilidade?
Os miomas uterinos até podem dificultar a gravidez, porém não em todos os casos. Isso vai depender muito do tipo de mioma.
Os miomas submucosos, que se projetam para dentro da cavidade uterina, têm maior chance de interferir na fertilidade, já que podem dificultar a implantação do embrião e até bloquear as trompas de Falópio. Já os miomas subserosos, que crescem para fora do útero, geralmente não têm impacto direto na fertilidade. Agora, os miomas intramurais, que estão na parede uterina, podem diminuir a fertilidade, ainda mais se forem grandes (com mais de 2,8cm).
Nesses casos, a remoção do mioma (miomectomia) é indicada, mas os resultados disso na fertilidade ainda não são certos, sendo necessários mais estudos a respeito.
Em resumo, ter um mioma pode contribuir para a infertilidade, mas nem sempre é o principal causador. Por isso, é primordial fazer uma investigação detalhada com um profissional de reprodução humana, que irá avaliar todos os possíveis fatores envolvidos.
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Fontes: