Realização do exame ginecológico deve considerar necessidades da paciente, mas acompanhamento com especialista deve ser anual garantindo diagnóstico precoce
Apesar de serem recorrentes na vida das mulheres, muitas pacientes têm dúvidas sobre como é feito o exame ginecológico, quais são eles e a periodicidade necessária.
Em geral, o acompanhamento ginecológico com exames deve ser realizado a partir dos 21 anos ou quando a mulher começa a ter relações sexuais. Após isso, a periodicidade deve ser anual, sendo que alguns exames podem ser solicitados com mais frequência do que outros.
Quais são os exames ginecológicos solicitados pelo especialista?
O acompanhamento ginecológico é essencial para prevenir patologias como o câncer de colo de útero e o câncer de mama, mas também para identificar condições que comprometem a qualidade de vida e fertilidade da mulher, como síndrome dos ovários policísticos (SOP), endometriose e outras.
A forma como é feito o exame ginecológico depende diretamente do tipo de avaliação que foi solicitada pelo especialista. Existem diferentes tipos de exames que podem ser solicitados, e os mais frequentes você pode conhecer a seguir!
Toque vaginal
Exame de toque realizado na consulta ginecológica no qual a paciente se deita na cama ginecológica e o médico insere cuidadosamente um ou dois dedos na região genital e a outra mão fica sobre o abdômen. Essa técnica permite suspeitar de doenças como endometriose, moléstia inflamatória pélvica e alterações de útero e ovários.
Papanicolau
O Papanicolau é um dos principais exames ginecológicos, pois permite detectar e acompanhar alterações precoces no colo uterino, sendo recomendado especialmente na prevenção do câncer de colo de útero.
A paciente deve se deitar em posição ginecológica, sendo inserido um espéculo no canal vaginal para visualização das paredes vaginais e do colo uterino e, em seguida, são coletadas amostras externas e internas do colo com uma espátula e escovinha, o que pode gerar um incomodo muito discreto.
A periodicidade do Papanicolau varia de acordo com o quadro específico da paciente e idade, podendo ser recomendado anualmente ou em intervalos maiores em pacientes com baixo risco.
Exame de mama e mamografia
Os exames de mama também são solicitados pelo ginecologista, sendo que pode ser realizado o exame físico das mamas, verificando alterações como cistos ou nódulos. Também podem ser solicitadas a ultrassonografia e a mamografia.
A partir dos 40 anos ou em caso de predisposição genética, a realização da mamografia deve ser anual, viabilizando um diagnóstico precoce do câncer de mama.
Colposcopia
A colposcopia é um exame ginecológico complementar geralmente solicitado em casos de alterações no Papanicolau ou suspeitas específicas.
Sobre como é feito o exame ginecológico de colposcopia, a paciente deve ficar em posição ginecológica enquanto o especialista observa o colo do útero e vagina utilizando um colposcópio, aparelho semelhante a um microscópio.
Nesse exame é feita uma avaliação detalhada em busca de lesões, além de ser possível a realização de uma biópsia caso o especialista identifique alguma anormalidade.
Ultrassonografia pélvica
A ultrassonografia pélvica ou transvaginal é um exame que permite identificar diversas alterações ginecológicas, como a presença de cistos, sangramentos, endometriose ou SOP, podendo ser realizada anualmente para monitoramento da saúde ginecológica da paciente.
Para realização do exame utiliza-se um transdutor, aparelho com um ultrassom na ponta que é posicionado na pelve ou inserido na vagina da paciente gerando imagens do sistema reprodutivo feminino.
Exames de sangue
Também é possível que o ginecologista solicite análises laboratoriais para verificar a presença de patologias infecciosas ou mesmo dosagens hormonais.
Qual a relação entre os exames ginecológicos e infertilidade?
Além de saber como é feito o exame ginecológico é importante que as pacientes tenham informações sobre suas necessidades e objetivos específicos, principalmente em caso de suspeita de infertilidade.
Diferentes exames, como a ultrassonografia pélvica e os níveis hormonais, permitem identificar patologias relacionadas à infertilidade feminina, como SOP e endometriose.
Um diagnóstico correto e precoce é fundamental para que o especialista possa recomendar o tratamento mais adequado de acordo com os anseios da paciente e garantir melhor qualidade de vida para ela.
Ao identificar uma patologia que compromete a fertilidade, o especialista pode solicitar exames complementares e, inclusive, indicar a realização de um tratamento de reprodução humana caso a paciente almeje uma gravidez.
Os exames ginecológicos, realizados com a devida periodicidade e acompanhamento médico, são essenciais para prevenir patologias e diagnosticá-las precocemente. Entendeu como é feito o exame ginecológico? Entre em contato e agende uma consulta com um de nossos ginecologistas.
Fontes:
Clínica de Reprodução Humana – Mater Prime;
Ministério da Saúde