Espermograma: como é realizado o exame?

O espermograma é o principal exame para investigar a fertilidade masculina. Confira o que pode ser analisado e como o exame é feito.

O espermograma é um dos principais exames utilizados para avaliar a fertilidade masculina. Simples e acessível, ele é essencial tanto para casais que enfrentam dificuldades para engravidar quanto para homens que desejam verificar sua saúde reprodutiva. Através da análise do sêmen, é possível ter acesso a informações valiosas sobre a quantidade e qualidade dos espermatozoides — sendo considerado o primeiro passo na investigação de infertilidade masculina.

Além de avaliar a fertilidade, o espermograma também pode ser solicitado em situações específicas, como no acompanhamento após a realização da vasectomia ou em casos de reversão do procedimento. Ele permite verificar se ainda há presença de espermatozoides presentes no sêmen, ajudando o médico a confirmar o sucesso ou a falha da cirurgia.

Como é feito o espermograma?

O espermograma pode ser recomendado por urologistas ou especialistas em reprodução humana em casos de suspeita de infertilidade, planejamento familiar ou controle pós-cirúrgico de vasectomia. A primeira etapa é a consulta médica, onde o paciente é orientado sobre o procedimento, as recomendações antes da coleta e os cuidados para garantir um resultado confiável.

Para realizar o espermograma, o homem deve manter abstinência sexual, inclusive de masturbação, por um período de 2 a 5 dias antes da coleta. Isso ajuda a padronizar o volume e a qualidade do sêmen analisado. A coleta é feita em um ambiente reservado, diretamente em um frasco estéril fornecido pela clínica. Em alguns casos, a coleta pode ser realizada em casa, desde que o material seja entregue no laboratório em até 1 hora.

O resultado do espermograma costuma ficar pronto em 24 a 72 horas, dependendo da clínica e do nível de detalhamento solicitado.

O que o espermograma avalia?

O espermograma fornece uma avaliação ampla da saúde do sêmen. Entre os principais parâmetros analisados estão o volume, a viscosidade, a cor, o pH e a presença de leucócitos. No entanto, o foco principal está nas características dos espermatozoides: quantidade, forma e capacidade de movimentação.

  • Volume: mede a quantidade de sêmen ejaculado — valores muito baixos podem indicar problemas nas glândulas seminais;
  • PH: indica se o sêmen é ácido ou alcalino, fator que interfere na sobrevivência dos espermatozoides;
  • Concentração: determina o número de espermatozoides por mililitro de sêmen;
  • Motilidade: avalia a capacidade de movimentação dos espermatozoides;
  • Morfologia: examina a forma e estrutura dos espermatozoides.

Quais são os valores normais do espermograma?

Segundo os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), os valores de referência de um espermograma considerado normal incluem:

  • Volume: acima de 1,5 ml;
  • Concentração: mais de 15 milhões de espermatozoides por ml;
  • Motilidade progressiva: superior a 32%;
  • Morfologia: pelo menos 4% de formas normais (segundo os critérios estritos de Kruger);
  • PH: entre 7,2 e 7,8.

Esses números, no entanto, devem sempre ser avaliados por um especialista, considerando o histórico clínico do paciente.

Quais fatores podem alterar o resultado do exame?

Alguns hábitos de vida e condições clínicas podem influenciar diretamente nos resultados do espermograma. Por isso, é importante seguir corretamente as recomendações pré-coleta e manter um estilo de vida saudável.

Os fatores que mais podem interferir no resultado são:

  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
  • Estresse e distúrbios do sono;
  • Uso de anabolizantes;
  • Exposição frequente ao calor;
  • Infecções genitais recentes;
  • Atividade física intensa antes do exame.

O que um espermograma alterado pode indicar?

Um espermograma alterado pode indicar diferentes condições clínicas, tais como a oligospermia, por exemplo, que representa a baixa concentração de espermatozoides no ejaculado.

Já a azoospermia é a ausência total de espermatozoides no sêmen, podendo ter causas obstrutivas ou não obstrutivas. Outro exemplo é a astenozoospermia, quando a motilidade dos espermatozoides está comprometida, dificultando sua locomoção até o óvulo.

A identificação dessas alterações no espermograma é essencial para direcionar a investigação e o tratamento correto. Em muitos casos, essas condições podem ser reversíveis com mudanças no estilo de vida, uso de medicações ou técnicas de reprodução assistida, dependendo da causa.

O que fazer após um resultado alterado?

Quando o espermograma apresenta alterações, o ideal é buscar a orientação de um especialista. Somente um médico qualificado poderá identificar qual dos parâmetros está prejudicado, analisar o conjunto dos dados e indicar os próximos passos. Em algumas situações, será necessário repetir o exame para confirmação ou realizar avaliações complementares.

Exames complementares ao espermograma

Embora o espermograma seja um exame essencial na avaliação da fertilidade masculina, ele funciona como um marcador geral. Em alguns casos, são indicados exames complementares para investigar alterações mais específicas:

  • Teste de fragmentação do DNA espermático: avalia a integridade genética dos espermatozoides;
  • Avaliação hormonal: mede níveis de testosterona e outros hormônios envolvidos na fertilidade;
  • Ultrassonografia escrotal: investiga alterações nos testículos, como varicocele ou obstruções.

Consulte um dos especialistas da Mater Prime e tire todas as suas dúvidas.

Fontes:

Mater Prime

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida

Blog

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