Uso de substâncias sintéticas derivadas de testosterona pode causar infertilidade e outros efeitos colaterais
Os esteroides anabolizantes são drogas que têm a função de repor ou substituir a testosterona, principal hormônio produzido nos testículos. As substâncias, que são sintéticos derivados do hormônio, podem ser prescritas pelos médicos para diversas finalidades, desde que seja constatada a necessidade da reposição hormonal.
No entanto, é comum o uso indiscriminado dessas drogas para outras finalidades, como o aumento de massa muscular, sem a orientação médica adequada. Esse tipo de uso é perigoso, uma vez que esteroides e anabolizantes podem causar infertilidade, entre tantos outros efeitos colaterais.
Entenda, na publicação a seguir, como os esteroides e anabolizantes podem causar infertilidade e por que esse tipo de substância só pode ser utilizado com devida orientação médica.
Para que servem os esteroides e os anabolizantes?
Para entendermos o risco de infertilidade causada pelo uso de esteroides e anabolizantes, é importante entendermos para que servem essas substâncias e como elas agem no corpo. Basicamente, os anabolizantes atuam na substituição ou reposição da testosterona.
A testosterona é um hormônio produzido principalmente nos testículos. Principal hormônio sexual masculino, é responsável pela diferenciação dessas características em relação às características femininas, como barba, crescimento da massa muscular, voz grave e a produção de espermatozoides.
Além disso, ainda que seja considerado um hormônio sexual masculino, a testosterona também pode ser encontrada nas mulheres. Nelas, o hormônio é produzido em menor quantidade pelos ovários e glândulas suprarrenais, com a função principal de auxiliar no processo de reprodução e regulação de algumas funções corporais.
Quando ocorre disfunção hormonal de testosterona, o uso de esteroides e anabolizantes pode ser indicado para a reposição, desde que em doses muito controladas e por tempo limitado. Ainda assim, muitas pessoas buscam indiscriminadamente o uso dessas substâncias para fins estéticos, visando principalmente o aumento de massa muscular.
No entanto, a utilização dessas substâncias sem necessidade e supervisão médica adequada pode gerar diversos efeitos colaterais, tais como:
- Retenção de líquidos;
- Acne;
- Queda de cabelo;
- Formação de coágulos no sangue e aumento da pressão arterial;
- Alterações psicológicas, como irritabilidade, comportamento agressivo, alucinações, paranoias e psicoses;
- Aumento do volume das mamas em homens e de características masculinas em mulheres;
- Interrupção de crescimento em adolescentes;
- Risco de câncer no fígado e no pâncreas;
- Diminuição da produção de espermatozoides nos homens e interrupção do ciclo menstrual nas mulheres, o que contribui para a infertilidade.
Por esse motivo, além da preocupação se esteroides e anabolizantes podem causar infertilidade, é importante se atentar a todos os efeitos colaterais que seu uso causa, principalmente aqueles que podem gerar riscos perigosos à saúde e até à vida.
Como eles afetam a fertilidade feminina e masculina?
Esteroides e anabolizantes podem causar infertilidade tanto em homens, quanto em mulheres, como vimos. Isso ocorre porque a ação de hormônio sintético derivado de testosterona pode desequilibrar a função reprodutiva, ainda que a substância seja atuante naturalmente ativa nessa função.
Nos homens, por exemplo, esteroides e anabolizantes podem causar infertilidade porque desequilibram a produção de espermatozoides. Isso ocorre porque, quando o hormônio sintético é utilizado e os níveis sanguíneos de testosterona ficam muito elevados, isto leva a supressão de outros hormônios (FSH e LH) que também são fundamentais para a produção de espermatozoides. Assim, apesar do homem apresentar excelentes níveis de testosterona com o uso dos esteroides e anabolizantes, ele deixa de produzir/liberar outro hormônio que é age em conjunto com a testosterona para a produção dos espermatozoides.
Tanto em homens, quanto em mulheres, ainda que esteroides e anabolizantes podem causar infertilidade, é possível recuperar a produção ideal de espermatozoides e a capacidade de ovulação uma vez que o uso é interrompido. Geralmente, o organismo recupera a função reprodutiva plena em até três meses após a interrupção, mas é importante acompanhamento médico adequado.
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Fontes: