Quais os riscos do estresse na gravidez?

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O estresse na gravidez pode aumentar o risco de parto prematuro, causar problemas de saúde no bebê e gerar complicações para a mãe

A gravidez é um período de muitas transformações, sendo natural que a futura mamãe enfrente momentos de ansiedade e preocupações. No entanto, o estresse excessivo durante esse período pode trazer riscos significativos tanto para a gestante quanto para o bebê. Os efeitos do estresse na gravidez vão além do desconforto emocional, podendo afetar o desenvolvimento fetal e até mesmo o parto. Saiba mais a seguir!

É normal ter estresse na gravidez?

É normal sentir estresse na gravidez, já que esse período envolve muitas mudanças físicas, emocionais e na vida. As alterações hormonais, o aumento das preocupações com o bem-estar do bebê e as preparações para a chegada do novo membro da família podem gerar uma sobrecarga emocional significativa. Além disso, o corpo da mulher passa por diversas transformações, o que pode intensificar o estresse.

Entretanto, é importante estar atento para que o estresse na gravidez não se torne excessivo ou crônico, pois ele pode ser prejudicial à saúde da mãe e do bebê. O estresse se torna preocupante quando começa a comprometer o bem-estar da gestante ou a evolução da gravidez, sendo necessário buscar apoio e estratégias para lidar com os desafios e gerenciar as emoções.

O que causa o estresse da mulher na gravidez?

O estresse na gravidez pode ser desencadeado por diversos fatores que afetam tanto o aspecto emocional quanto físico da mulher. Durante esse período, as mudanças hormonais intensificam a vulnerabilidade emocional, tornando até mesmo situações cotidianas mais desafiadoras. Além disso, a própria gestação, que está ligada a responsabilidades e transformações, também pode ser uma fonte significativa de estresse.

Quando há situações crônicas de estresse, como relacionamentos problemáticos, dificuldades financeiras ou questões de saúde de familiares, as tensões podem se intensificar ainda mais. Esse tipo de estresse na gravidez, por ser mais prolongado, pode ter sérias consequências, prejudicando a saúde mental da gestante e, muitas vezes, necessitando de apoio profissional especializado para lidar com os efeitos do problema.

Como o estresse da mãe afeta o bebê na gestação?

O estresse da mãe durante a gravidez pode ter impactos significativos no desenvolvimento do bebê, principalmente devido à liberação do cortisol, que é o hormônio relacionado ao estresse. Quando a mãe está estressada, o cortisol é transmitido para o bebê através da placenta, o que pode levar ao aumento dos batimentos cardíacos do feto.

Se o estresse na gravidez for excessivo e constante, o feto pode entrar em um estado de alerta permanente, o que pode levar ao sofrimento fetal. Esse estresse prolongado pode antecipar o início do parto ou fazer o bebê dormir por períodos mais longos, prejudicando sua movimentação e desenvolvimento muscular.

Possíveis riscos do estresse na gravidez

Pesquisas apontam que o nível de estresse materno na gestação está associado a problemas de saúde para o bebê nos primeiros anos de vida. Um estudo publicado em 2019 na revista Psychosomatic Medicine identificou uma relação entre o estresse na gravidez e um aumento no risco de infecções respiratórias, como resfriados, febres e infecções de ouvido.

Além disso, pesquisas realizadas na Escola de Farmácia da Universidade Hebraica de Jerusalém e no Imperial College, em Londres, mostraram que o estresse gestacional pode prejudicar o desenvolvimento infantil. Ele pode causar dificuldades de atenção e aprendizagem, sintomas depressivos, problemas de linguagem e aumentar o risco de transtornos, como transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

O estresse na gestação também está associado a outros riscos para o bebê, como:

  • Baixo peso ao nascer, devido à redução do fluxo sanguíneo e oxigênio para o bebê;
  • Maior resistência à insulina e risco de obesidade na vida adulta, em consequência da exposição a citocinas inflamatórias;
  • Aumento do risco de doenças cardíacas devido à estimulação excessiva de hormônios que afetam a pressão arterial e os batimentos cardíacos.

Como avaliar o estresse na gravidez?

Avaliar o estresse na gravidez é fundamental para proteger o bem-estar da mãe e do bebê. O parceiro e as pessoas próximas desempenham um papel essencial, pois podem perceber mudanças no comportamento da gestante. Alguns indicadores que merecem atenção são:

  • Aumento da pressão arterial;
  • Perda de apetite e sono;
  • Alterações no humor, como tristeza e irritabilidade;
  • Falta de interesse em falar sobre a gestação ou realizar atividades que antes traziam prazer;
  • Brigas frequentes no ambiente familiar;
  • Sentimentos de sobrecarga e exaustão, tanto fisicamente quanto emocionalmente;
  • Dificuldade em lidar com as emoções, como choro excessivo ou raiva desproporcional a situações cotidianas;
  • Preocupações excessivas sobre o bebê, o parto e as mudanças futuras.

Tratamento e prevenção do estresse na gravidez

Para reduzir o estresse na gravidez, é essencial adotar estratégias que promovam o bem-estar. Uma das principais medidas é garantir um sono de qualidade, pois a falta de descanso aumenta os níveis de cortisol e torna a gestante mais irritada. Estabelecer uma rotina regular de sono, evitar eletrônicos antes de dormir e não lidar com questões estressantes à noite asseguram um descanso apropriado.

Outras formas de tratar e prevenir o estresse na gravidez incluem:

  • Compartilhar sentimentos e preocupações com alguém de confiança para aliviar a carga emocional;
  • Seguir uma dieta saudável e equilibrada, evitando excessos de doces e cafeínas;
  • Evitar longos períodos sem se alimentar, pois sintomas de hipoglicemia podem ser confundidos com sintomas de ansiedade;
  • Praticar exercícios físicos para liberar endorfinas, promovendo relaxamento, bem-estar e melhorando a qualidade do sono;
  • Dedicar tempo a atividades prazerosas, como assistir a filmes ou ouvir música;
  • Adotar atividades relaxantes, como ioga, meditação e massagens;
  • Evitar sobrecargas, cobranças e preocupações excessivas com o futuro.

Entre em contato e agende uma consulta com a Mater Prime para saber mais sobre o assunto.

Fontes

Ministério da Saúde

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

Blog

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