Estresse pode causar aborto?

O estresse pode trazer diversas consequências para a gravidez. Entenda se a condição também pode levar ao aborto espontâneo

O estresse é um conjunto de reações do organismo a situações reais, imaginárias ou possibilidades que podem ser consideradas um perigo ou ameaça. Essas reações podem levar a diversos sintomas, tanto fisiológicos, quanto psicológicos.

Por causa das alterações que uma situação de estresse pode causar no organismo, essa condição é considerada um dos fatores a serem observados e controlados durante a gravidez.

No entanto, é muito difícil pensar sobre um controle efetivo do estresse na gravidez, uma vez que esse período é marcado por diversas alterações hormonais, metabólicas e fisiológicas que fazem com que a mulher fique naturalmente mais vulnerável às situações emocionalmente impactantes ou preocupantes.

Por essa razão, é comum que as grávidas tenham preocupações sobre a relação entre o estresse e a gravidez, comumente com dúvidas como se o estresse pode causar aborto ou outras complicações. Neste conteúdo, vamos entender um pouco mais sobre as consequências do estresse para a gravidez e o que realmente pode causar aborto espontâneo.

O estresse pode causar aborto espontâneo?

Podemos afirmar que o estresse pode causar aborto. Contudo, essa afirmação não é direta, uma vez que o aborto espontâneo tem chances aumentadas de ocorrer por conta de situações não controladas que podem surgir em decorrência do estresse.

Entre essas situações, podemos mencionar:

  • Aumento da frequência cardíaca;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Alterações no humor;
  • Sentimentos de sobrecarga e exaustão constantes;
  • Perda de apetite;
  • Tendência a hábitos nocivos.

Ainda assim, é muito difícil determinar que o que levou às causas de um aborto espontâneo é o estresse. Por esse motivo, independentemente de a afirmação “o estresse pode causar aborto” ser verdadeira ou não, lidar com a condição e evitá-la ao máximo em qualquer situação nas primeiras 20 semanas da gravidez é tão recomendado quanto qualquer outro cuidado.

Quais são os impactos do estresse na gravidez?

Nem sempre o estresse pode causar aborto. Existem casos em que a condição não leva ao aborto espontâneo. Mas, ainda assim, ela pode trazer diversos riscos ao bebê, seja durante seu desenvolvimento no útero ou após o nascimento.

Isso ocorre porque os hormônios liberados em momentos de ápice de estresse, como a adrenalina e o cortisol, também atingem o bebê, fazendo com que ele permaneça em sofrimento fetal por causa do estado de alerta constante e dos batimentos cardíacos acelerados.

Outros impactos do estresse para o bebê incluem:

  • Aumento do risco de parto prematuro;
  • Problemas na formação do cérebro;
  • Risco aumentado de doenças cardíacas e respiratórias;
  • Aumento do risco de obesidade, diabetes e outras doenças crônicas;
  • Baixo peso ao nascer.

Quais fatores aumentam o risco de aborto espontâneo?

Como entendemos, nem sempre o estresse pode causar aborto, sendo um problema relacionado mais às suas consequências. Além disso, existem outros fatores que podem causar aborto espontâneo, os quais veremos a seguir:

Problemas genéticos e hormonais

Os problemas genéticos e hormonais são as principais causas de aborto espontâneo. As condições genéticas mais comuns em casos de aborto são as alterações cromossômicas que levam à rejeição do embrião pelo organismo ou a falhas no desenvolvimento. Entre os problemas hormonais, podemos mencionar a síndrome dos ovários policísticos e os distúrbios da tireoide, que modificam as dosagens corretas dos hormônios necessários para o desenvolvimento fetal.

Condições médicas e estilo de vida

A pressão alta, diabetes e hábitos de estilo de vida inadequados são fatores que muitas vezes aumentam o risco de aborto espontâneo, uma vez que prejudicam o funcionamento do organismo de diversas formas, tornando-o hostil para o desenvolvimento do bebê.

Estresse extremo e ansiedade severa

Podemos afirmar que o estresse pode causar aborto espontâneo em condições de severidade extrema, uma vez que, nesses casos, se torna praticamente impossível controlar suas consequências que resultam na interrupção da gravidez. Isso também vale para a ansiedade severa, que coloca o corpo e a mente em um estado de alerta constante.

Como controlar o estresse durante a gravidez?

Para controlar o estresse durante a gravidez, é importante pensar em ações que foquem na qualidade de vida e no bem-estar da gestante. São elas:

  • Dormir todas as noites com conforto e qualidade;
  • Se alimentar de forma balanceada e nos horários certos;
  • Praticar exercícios físicos que não prejudiquem a gravidez;
  • Realizar atividades que proporcionem relaxamento, prazer e conforto;
  • Ficar o maior tempo possível em ambientes arejados e acolhedores;
  • Evitar situações que resultem em sobrecarga mental, preocupações e cobranças;
  • Compartilhar sentimentos, angústias e medos com pessoas de sua confiança e profissionais de saúde mental.

Quando procurar um médico?

Ao perceber que o estresse pode causar aborto espontâneo por conta de suas consequências para o organismo, é importante procurar atendimento médico o mais rápido possível. É esse profissional que deverá avaliar o que pode ser feito para contornar essa situação e evitar qualquer problema para a gestação e para o bebê.

Além disso, o médico será capaz de encaminhar a paciente para outros profissionais caso haja necessidade de ajuda multidisciplinar para que a mulher grávida consiga lidar com o estresse durante a gravidez e suas consequências.

Na Mater Prime, prezamos pelo acolhimento humanizado e personalizado de nossas pacientes para que os riscos de uma gestação sejam minimizados. Se você quer saber mais sobre como o estresse pode causar aborto ou outras consequências para a gravidez, agende uma consulta.

 

Fontes:

Mater Prime

Biblioteca Virtual em Saúde

Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil

Associação Brasileira de Psiquiatria

Blog

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