Até algum tempo atrás, a união estável de duas pessoas do mesmo sexo permitia que fosse mantido um relacionamento homoafetivo, no entanto, não lhes dava o direito de serem pais. Atualmente, devido à atualização legislativa e ao avanço da Medicina, isso é possível e legal.
O Conselho Federal de Medicina possui normas aprovadas que permitem que casais homoafetivos recorram a técnicas de reprodução humana assistida para conseguirem engravidar, visto que essa é uma procura bastante recorrente em consultório e clínicas que realizam os procedimentos voltados para esse intuito, como a fertilização in vitro (FIV) e a inseminação intrauterina (IIU).
Esses também são os tratamentos disponíveis para os casais homoafetivos que possuem o desejo de engravidar. Por meio da inseminação intrauterina, com o auxílio de um banco de espermatozoides, é possível que uma das parceiras receba a injeção dos espermatozoides diretamente na cavidade uterina e consiga engravidar.
Outro tratamento bastante procurado por casais homoafetivos femininos é a FIV – fertilização in vitro, devido apresentar maiores taxas de sucesso no procedimento e, principalmente, por permitir que ambas as mulheres participem da concepção do bebê.
Como funciona a FIV para casais homoafetivos femininos?
A fertilização in vitro consiste na coleta dos gametas femininos (óvulos), que são induzidos por meio de medicamentos e, devido a isso, resultam em um número maior do que o que o organismo da mulher libera naturalmente a cada ciclo ovulatório (um óvulo), e dos gametas masculinos (espermatozoides), que são coletados por meio de masturbação em locais apropriados.
Após essa coleta, os gametas são armazenas juntos em ambiente adequado a fim de que ocorra a fertilização e, então, o desenvolvimento do embrião, que é acompanhado até alcançar o período ideal e transferido ao útero da mãe para se implantar e ser gerado.
Nos casos de casais homoafetivos femininos, esse procedimento permite que haja a participação de ambas as parceiras, por meio da coleta dos óvulos de uma delas, que é fertilizado com espermatozoide oriundo de banco de esperma, e a transferência do embrião resultante para o útero da outra companheira, após ele alcançar a fase ideal.
Dessa forma, uma das parceiras fornece o material genético necessário para o procedimento, por meio da coleta de óvulos, e a outra gera o bebê no próprio útero, recebendo o embrião resultante da FIV.
Apesar de ser bastante procurada, apenas um especialista em reprodução humana poderá confirmar se a FIV é a opção de tratamento mais adequada ao casal, visto que existem condições de saúde a serem levadas em consideração, tais como a presença de doenças ou alterações que possam afetar a qualidade fértil das pacientes.