Conheça os impactos das doenças autoimunes na fertilidade e como a FIV pode ser realizada com segurança nestes casos
As doenças autoimunes estão entre os fatores que mais colocam em risco a fertilidade feminina, tendo em vista o impacto que elas possuem no funcionamento do sistema imunológico, levando o próprio corpo a atacar células e tecidos saudáveis. Na saúde reprodutiva, isso pode significar alterações hormonais, inflamações crônicas e até danos diretos aos ovários.
Doença celíaca, lúpus, esclerose múltipla, artrite reumatoide e tireoidite de Hashimoto são apenas alguns exemplos de doenças autoimunes que podem comprometer a reserva ovariana, dificultar a implantação embrionária ou desencadear a produção de anticorpos que interferem no desenvolvimento do embrião.
Diante desses desafios, muitas pacientes buscam alternativas viáveis para realizar o sonho da maternidade. A FIV em mulheres com doenças autoimunes tem se mostrado uma alternativa eficaz, desde que os cuidados apropriados sejam adotados antes, durante e após o tratamento.
Índice
Pode engravidar com doença autoimune?
Mulheres diagnosticadas com doenças autoimunes podem engravidar, desde que compreendam que essas gestações exigem acompanhamento especializado e planejamento cuidadoso.
As condições autoimunes, por sua natureza inflamatória e sistêmica, podem interferir não apenas na fertilidade das pacientes, mas também na evolução de uma gestação saudável.
Médicos especialistas recomendam que a gravidez, seja ela por métodos espontâneos ou por reprodução assistida, só ocorra quando a doença estiver sob controle. Isso porque as doenças autoimunes apresentam fases de remissão e de surtos, e uma gestação durante uma fase ativa da doença pode aumentar os riscos tanto para a mulher quanto para o bebê, com possibilidade de aborto, pré-eclâmpsia ou parto prematuro.
Por isso, antes de realizar a FIV em mulheres com doenças autoimunes, é necessário que o quadro clínico da paciente esteja estável. O médico especialista em reprodução humana e o reumatologista ou imunologista responsável devem trabalhar em conjunto para definir o momento ideal para a FIV e monitorar de perto qualquer sinal de agravamento da doença autoimune.
Considerações específicas para a FIV em mulheres com doenças autoimunes
A FIV em mulheres com doenças autoimunes exige uma abordagem específica em todas as fases do tratamento. Além das técnicas tradicionais da Fertilização in Vitro, são necessários ajustes no protocolo para garantir segurança e eficácia.
Avaliação individualizada
Cada doença autoimune possui características distintas, e seus efeitos sobre a fertilidade também variam. Portanto, a FIV em mulheres com doenças autoimunes precisa começar com uma avaliação individualizada e profunda.
Esse cuidado inclui exames imunológicos, hormonais e de imagem, além da análise da reserva ovariana e do histórico reprodutivo da paciente.
Controle da doença
O controle clínico da doença de base é primordial antes da FIV. Entre os riscos que podem ser agravados durante a gestação estão abortos recorrentes, falhas de implantação, complicações obstétricas e comprometimento placentário.
Sendo assim, o uso de medicamentos deve ser ajustado, priorizando terapias seguras para a gravidez.
Monitoramento da gravidez
A FIV em mulheres com doenças autoimunes requer acompanhamento rigoroso durante toda a gestação. O pré-natal deve ser conduzido por uma equipe multidisciplinar, composta por obstetra, reumatologista e, se necessário, imunologista.
Entre os principais cuidados durante a gestação, podemos destacar:
- Acompanhamento para pré-natal de alto risco;
- Monitoramento da função placentária;
- Exames frequentes de sangue e imagem;
- Avaliação periódica da atividade da doença;
- Controle das medicações usadas durante a gravidez.
Possíveis complicações
Apesar dos avanços na medicina reprodutiva, ainda existem riscos associados à FIV em mulheres com doenças autoimunes. A inflamação crônica pode comprometer a qualidade endometrial e a receptividade uterina, dificultando a implantação do embrião.
Além disso, há risco aumentado de trombose, parto prematuro e complicações imunológicas, o que torna o monitoramento contínuo indispensável.
Conte com o suporte da Mater Prime
A Clínica Mater Prime possui uma equipe altamente qualificada para conduzir a FIV em mulheres com doenças autoimunes. Com experiência em casos complexos e protocolos personalizados, a clínica oferece uma abordagem integrada e multidisciplinar, que prioriza a saúde da paciente e a viabilidade da gestação. Além disso, conta com uma estrutura completa e moderna para garantir segurança em cada etapa do processo.
Fontes:
Manuais MSD Brasil
Mater Prime