As malformações uterinas são condições que podem afetar a fertilidade e, por esse motivo, é importante buscar ajuda médica especializada.
Muitas mulheres podem conviver com malformações uterinas sem saber, uma vez que essas condições, muitas vezes, não apresentam sintomas evidentes. Entretanto, todo cuidado é pouco, tendo em vista que essas alterações podem afetar a fertilidade e a gestação.
As malformações uterinas são alterações no formato ou na estrutura do útero, podendo causar dificuldades para engravidar ou aumentar o risco de complicações durante a gestação. Para algumas mulheres, essas condições podem ser diagnosticadas tardiamente, o que torna a conscientização sobre essas condições fundamental.
Essas malformações podem variar de leves, sem grandes consequências, até formas mais graves que necessitam de tratamento específico. No entanto, é possível identificar as malformações uterinas por meio de exames apropriados, possibilitando um diagnóstico precoce e tratamento eficaz.
O que são malformações uterinas?
As malformações uterinas são alterações no desenvolvimento do útero que podem ocorrer durante a formação do sistema reprodutor feminino. As alterações podem envolver o formato, o tamanho ou a divisão do útero e, em alguns casos, podem resultar em útero incompleto ou com defeitos estruturais.
Algumas dessas malformações são detectadas ao longo da vida da paciente, muitas vezes quando há dificuldades para engravidar ou durante exames ginecológicos. Essas malformações uterinas podem afetar não apenas a fertilidade, mas também a saúde da gestação, aumentando o risco de aborto, parto prematuro e complicações no desenvolvimento fetal.
Quais os principais tipos de malformações uterinas?
As malformações uterinas são divididas de acordo com o tipo de alteração apresentada. As principais são:
- Útero dismórfico: apresenta um contorno externo normal, mas a cavidade uterina é um pouco mais estreita por causa do espessamento das paredes do útero;
- Útero septado: existe uma parede interna, chamada de septo, que divide parcial ou completamente o útero. Esse é o tipo de malformação uterina mais comum;
- Útero bicorno: o útero é divido por uma fenda, formando duas cavidades separadas;
- Útero didelfo: tipo de alteração anatômica mais complexa, caracterizada pela presença de dois úteros, cada um conectado a uma tuba uterina;
- Útero unicorno: a cavidade uterina é menor e há apenas uma tuba uterina, em vez de duas;
- Útero aplástico: malformação uterina em que há a ausência de alguma porção do útero, resultando em uma cavidade uterina incompleta.
Essa divisão é importante, pois permite que os médicos determinem o melhor tratamento para cada caso, levando em consideração o tipo de malformação e o impacto que ela pode ter na fertilidade e na gestação.
O diagnóstico das malformações uterinas
A maioria das malformações uterinas pode ser assintomática, ou seja, a mulher pode não sentir sintomas evidentes. Por esse motivo, é importante que as mulheres que enfrentam dificuldades para engravidar ou que têm histórico de abortos recorrentes busquem um profissional capacitado para realizar o diagnóstico.
A realização de exames adequados pode ajudar na detecção precoce das malformações e garantir que o tratamento adequado seja iniciado. Alguns exames que podem indicar a presença de malformações uterinas incluem:
- Histerossalpingografia (HSG);
- Ultrassonografia transvaginal;
- Ressonância magnética (RM);
- Histeroscopia.
Esses exames são fundamentais para um diagnóstico preciso, permitindo que as malformações uterinas sejam tratadas adequadamente.
Relação entre as malformações uterinas e infertilidade
As malformações uterinas podem impactar significativamente a fertilidade feminina. O útero septado, por exemplo, pode dificultar a implantação do embrião, o que pode resultar em falhas na gestação. Já o útero bicorno, com duas cavidades, pode gerar complicações durante o desenvolvimento fetal, aumentando o risco de parto prematuro ou aborto espontâneo.
Mulheres com essas condições podem apresentar dificuldades para engravidar naturalmente, já que as alterações estruturais podem prejudicar o processo de implantação ou levar à gestação ectópica. O diagnóstico precoce e a intervenção médica são essenciais para melhorar as chances de concepção e o sucesso da gestação.
O que fazer em casos de infertilidade?
Quando as malformações uterinas causam infertilidade, é possível buscar tratamentos especializados. A reprodução assistida, como a Fertilização in Vitro (FIV), pode ser uma opção para mulheres com essas condições.
Em alguns casos, a cirurgia para correção das malformações pode ser recomendada, como a remoção do septo no útero septado, o que pode aumentar as chances de uma gestação bem-sucedida.
Consultando um especialista em reprodução humana, a mulher pode encontrar a melhor abordagem para tratar as malformações e alcançar o sonho da maternidade.
Fontes: