Como a motilidade espermática afeta a fertilidade?

Fale conosco pelo WhatsApp

A motilidade espermática é um dos principais fatores que determinam a fertilidade masculina. Veja as opções disponíveis na reprodução assistida.

A fertilidade masculina desempenha um papel fundamental no processo para alcançar a gestação. Estima-se que cerca de 40% dos casos de infertilidade conjugal sejam ocasionados por fatores masculinos, e os espermatozoides são peças fundamentais nesse processo.

Entre os vários fatores que determinam a funcionalidade dos espermatozoides, estão a quantidade, a morfologia e a motilidade espermática, a capacidade dos espermatozoides de se moverem adequadamente para alcançar o óvulo e o fertilizarem.

Quando essa movimentação é comprometida, as chances de gravidez por métodos espontâneos podem ser significativamente reduzidas, tornando importante compreender como a motilidade espermática influencia a fertilidade masculina.

O que é a motilidade espermática?

Quando falamos sobre fertilidade masculina, muitas pessoas focam apenas na quantidade de espermatozoides presentes no sêmen, mas outros aspectos são igualmente importantes, como a motilidade espermática. Esse termo diz respeito à capacidade dos espermatozoides de se movimentarem de maneira eficiente e direcionada, o que é crucial para alcançar e penetrar o óvulo.

A motilidade espermática pode ser classificada em dois tipos principais: progressiva – quando os espermatozoides se deslocam em linha reta ou em grandes círculos para frente – e não progressiva – quando o movimento é limitado ou não direcional.

E a motilidade espermática é considerada ideal quando, pelo menos, 32% dos espermatozoides exibem movimentação progressiva. Caso esse índice seja inferior, a fertilidade espontânea pode ser comprometida, dificultando a concepção.

Como é avaliada a motilidade espermática?

A análise da motilidade espermática é realizada por meio do exame espermograma, que avalia a qualidade do sêmen. Para a realização desse exame, o homem deve fornecer uma amostra seminal, geralmente obtida por masturbação em um ambiente controlado. Essa amostragem é encaminhada e analisada em laboratório para verificar a quantidade, a morfologia e a motilidade dos espermatozoides.

No laboratório, técnicos especializados observam o movimento dos espermatozoides por meio de microscopia, definindo se eles apresentam motilidade progressiva, não progressiva ou estão imóveis.

Essa análise é detalhada e pode incluir técnicas computacionais para medir com precisão a velocidade e o padrão de movimento dos espermatozoides. Esses dados ajudam os especialistas a determinarem se a motilidade espermática está adequada para permitir a fecundação de forma espontânea.

Causas e fatores de risco

Diversas questões podem comprometer a motilidade espermática, incluindo hábitos de vida, condições de saúde e fatores ambientais. Alguns fatores de risco e causas incluem:

  • Tabagismo e consumo excessivo de álcool e drogas;
  • Exposição frequente a produtos químicos, como pesticidas;
  • Exposição a altas temperaturas;
  • Infecções genitais ou sexualmente transmissíveis;
  • Varicocele, doença que causa dilatação das veias dos testículos;
  • Distúrbios hormonais, como alterações nos níveis de testosterona.

Como a motilidade espermática pode afetar a fertilidade do homem?

A motilidade espermática é um dos principais marcadores para definir como está o potencial fértil masculino. Tendo em vista que a função do espermatozoide deve ser percorrer o trato reprodutivo feminino e alcançar o óvulo para a fecundação, a motilidade indica a capacidade dos espermatozoides de realizarem esse movimento.

Quando a motilidade é baixa, os espermatozoides podem não conseguir atravessar o muco cervical, alcançar o óvulo ou penetrar sua camada externa. Isso torna a concepção por métodos espontâneos significativamente mais difícil, mesmo que outros aspectos, como a contagem total de espermatozoides, estejam dentro dos parâmetros normais.

Como a reprodução assistida ajuda homens com baixa motilidade espermática?

A reprodução assistida oferece opções eficazes para homens com baixa motilidade espermática. Essas técnicas permitem que a fertilização ocorra mesmo quando a capacidade de movimentação dos espermatozoides é limitada.

Uma das abordagens mais comuns é a inseminação intrauterina (IIU), na qual os espermatozoides são processados em laboratório para selecionar os mais móveis e, em seguida, introduzidos diretamente no útero da mulher durante o período ovulatório, eliminando o processo que envolve o caminho até o óvulo.

Uma alternativa altamente eficaz é a fertilização in vitro (FIV), com a técnica de injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI). Nesse procedimento, um único espermatozoide é diretamente injetado no óvulo, em laboratório, onde o médico especialista acompanhará a fecundação e o desenvolvimento do embrião.

Essas técnicas, aliadas ao acompanhamento médico especializado, oferecem esperanças para casais que enfrentam dificuldades relacionadas à motilidade espermática, permitindo que alcancem o sonho da paternidade e da maternidade.

Fontes

Ministério da Saúde

Mater Prime

Blog

Confira as últimas novidades do mundo da Reprodução Humana