Os diferentes tipos de protocolo de estímulo ovariano

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O estímulo ovariano é um passo muito importante dos tratamentos de reprodução assistida, e, dependendo da situação, pode ter diferentes protocolos

Enquanto em cada ciclo menstrual apenas um óvulo é liberado pelo ovário para ser fecundado, a estimulação ovariana é um conjunto de procedimentos realizados com o intuito de obter mais óvulos maduros de uma única vez. Os óvulos obtidos podem ser utilizados em tratamentos de preservação de fertilidade ou Reprodução Assistida.

O protocolo de estímulo ovariano consiste nos passos para a administração de medicamentos análogos aos hormônios (análogo agonista) por via oral ou subcutânea, para que atuem diretamente sobre o desenvolvimento dos óvulos. Assim, é estimulada sua produção em maior quantidade em um único ciclo menstrual.

Como funciona o protocolo de estímulo ovariano

No ciclo menstrual, por meio da atuação do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), ocorre a liberação dos hormônios FSH (hormônio folículo estimulante), responsável pelo recrutamento e desenvolvimento do folículo no ovário, e LH (hormônio luteinizante), que atinge seu pico no momento da ovulação. Essa combinação, como dito anteriormente, faz com que seja liberado apenas um óvulo a cada ciclo.

Por isso, no protocolo de estímulo ovariano, são utilizados medicamentos hormonais para aumentar a produção e regulação desses hormônios, de modo a estimular a formação de mais óvulos de uma vez. Para isso, a medicação pode ser utilizada em três momentos diferentes do ciclo menstrual:

  • Nos primeiros dias do ciclo menstrual (fase folicular), para estimular o desenvolvimento de um número maior de folículos;
  • Após a ovulação (fase lútea), quando ocorre uma nova onda de recrutamento de folículos;
  • Em um momento aleatório (random start), de acordo com a onda de folículos identificada em cada paciente.

A partir da escolha do melhor momento, o que será feito através da ultrassonografia transvaginal em consultório, os medicamentos hormonais mais utilizados e combinados de diferentes formas durante o tratamento são:

  • FSH;
  • LH;
  • Letrozol;
  • Citrato de clomifeno;
  • Medicamentos análogos do GnRH (agonistas ou antagonistas).

De modo geral, todo o processo do estímulo à captação dos óvulos dura de 10 a 14 dias. Além disso, no protocolo de estímulo ovariano, podem ser realizados tratamentos para bloquear a ovulação precoce, de modo a se obter mais óvulos maduros e com qualidade.

Por causa de todas essas possibilidades, dizemos que não existe apenas um protocolo de estímulo ovariano. Isso porque devem ser levadas em conta algumas características individuais da paciente, como a reserva ovariana, a quantidade de folículos em desenvolvimento, o tipo de tratamento a ser realizado e a presença de outros fatores que contribuem para a infertilidade, como, por exemplo, a endometriose.

Importância da estimulação ovariana na reprodução assistida

O estímulo ovariano é uma etapa essencial em diversos tratamentos de Reprodução Assistida. O coito programado, tratamento de baixa complexidade em que as relações sexuais ocorrem em momentos propícios, tem a estimulação ovariana como uma de suas etapas mais importantes. Nesse tratamento, o protocolo de estímulo ovariano é mais brando, para evitar o risco de gravidez múltipla. O objetivo é estimular o crescimento de, no máximo, 3 folículos.

A inseminação artificial também tem o estímulo ovariano como uma de suas primeiras etapas. Na inseminação, o sêmen é introduzido diretamente no útero por meio de um cateter, durante o período da ovulação. A presença de mais óvulos que podem ser fecundados aumenta as chances de sucesso do tratamento, mas também o risco de gravidez múltipla. Por isso o protocolo de estímulo ovariano nesse tratamento também é mais brando.

Também pode ser adotado protocolo de estímulo ovariano em tratamentos de preservação da fertilidade, como o congelamento de óvulos. A quantidade obtida de óvulos maduros varia de acordo com a reserva ovariana e a idade da mulher.

Protocolos de estimulação ovariana na FIV

A Fertilização in Vitro (FIV) é um tratamento de Reprodução Assistida em que os óvulos obtidos são fecundados em ambiente laboratorial controlado, garantindo maiores chances de sucesso na obtenção dos embriões, que são, posteriormente, implantados no útero.

Por causa da fertilização fora do corpo da mulher, o protocolo de estímulo ovariano adotado para a FIV deve possibilitar a obtenção de uma boa quantidade de óvulos maduros. Para tal, a dosagem dos medicamentos hormonais é maior, se comparada aos tratamentos de coito programado e inseminação.

Qualquer protocolo de estímulo ovariano deve ser adotado apenas com acompanhamento de um médico especialista em Reprodução Humana, que deve acompanhar todo o desenvolvimento dos folículos até o momento da ovulação ou captação dos óvulos. Assim, os óvulos poderão ser utilizados com segurança e qualquer sinal de anormalidade pode ser tratado imediatamente.

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Fontes:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)

Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA)

Mater Prime

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