Cirurgia de pólipo uterino pode ser indicada para casos mais graves ou quando há desejo imediato de uma gestação, mas apenas especialista pode avaliar particularidades do caso.
Os pólipos uterinos, também chamados de pólipos endometriais, podem acometer mulheres de diferentes idades, sendo bastante comuns em pacientes com mais de 50 anos.
O tratamento pode demandar a realização da cirurgia de retirada pólipo uterino, mas a avaliação especializada é fundamental para determinar a conduta terapêutica mais apropriada ao caso.
O que é o pólipo uterino?
O pólipo uterino consiste em um crescimento anormal das células que revestem a camada interna do útero, chamada de endométrio.
Essas lesões podem ter desde poucos milímetros até vários centímetros, sendo que o tamanho é um dos fatores que influencia na gravidade do quadro e na definição do tratamento mais apropriado.
Os pólipos uterinos aderem à parede uterina por meio de uma base grande ou por uma haste fina (sésseis ou pediculados). Ainda há controversas na Medicina quanto às causas dos pólipos, mas eles são associados à tendência genética, alterações hormonais ou lesões preexistentes na camada interna do útero.
A maior parte dos pólipos não apresenta malignidade, sendo que apenas 3% evoluem para quadros de câncer uterino e, geralmente, acometem pacientes com mais de 60 anos.
Quais os sintomas dos pólipos uterinos?
Muitos casos de pólipos uterinos são assintomáticos, sendo que o diagnóstico ocorre por meio de exames ginecológicos de rotina. No entanto, quando a paciente apresenta sintomas, esses costumam incluir:
- período menstrual irregular e com aumento do fluxo sanguíneo;
- sangramentos vaginais entre as menstruações e após relações íntimas;
- dor aumentada durante a menstruação;
- infertilidade.
A infertilidade decorrente do pólipo uterino deve-se a maior dificuldade para a chamada nidação, que consiste na fixação do óvulo fecundado pelo espermatozoide na parede uterina.
A dificuldade para engravidar é um dos sintomas que permite a investigação detalhada do quadro ginecológico da paciente e identificação da condição e também motiva, em muitos casos, a realização da cirurgia de pólipo uterino.
O diagnóstico de pólipo uterino pode ser feito a partir do exame de ultrassom transvaginal, permitindo identificar a localização, tamanho e se há fluxo sanguíneo na lesão.
Quando a cirurgia de pólipo uterino é indicada?
A definição do tratamento adequado para pólipos uterinos depende de fatores como a idade da paciente, desejo de engravidar, tamanho e quantidade de pólipos e tendência à malignidade.
Quando a paciente é jovem, sem desejo imediato de engravidar e com um pólipo pequeno o acompanhamento ginecológico periódico pode ser a abordagem indicada pelo especialista.
No entanto quando a paciente apresenta desejo de engravidar, tem uma quantidade elevada de pólipos ou de tamanho aumentado ou quando há maiores chances de ser uma lesão pré-cancerosa a cirurgia de pólipo uterino pode ser recomendada.
A abordagem cirúrgica também depende das particularidades do caso, mas em geral utiliza-se a técnica de histeroscopia. A cirurgia de pólipo uterino é realizada com anestesia local ou raqui.
No procedimento o histeroscópio, equipamento com uma microcâmera acoplada na ponta, é inserido pela cavidade vaginal, sendo, em seguida, injetado um gás ou fluído (como soro fisiológico) para expandir as estruturas e facilitar a visualização e acesso à cavidade uterina.
Em seguida são introduzidos na cavidade uterina os instrumentos cirúrgicos, utilizando uma tesoura cirúrgica para remover o pólipo uterino.
A histeroscopia para remoção do pólipo uterino não demanda incisão abdominal, de forma que a recuperação da paciente é mais rápida e com menores restrições. Além disso, o procedimento é realizado em menos tempo, podendo ocorrer no consultório médico, a depender da anestesia usada.
Caso apresente sintomas de pólipo uterino ou qualquer alteração ginecológica é fundamental buscar auxílio médico especializado para avaliação adequada uma vez que tais indícios podem ser confundidos com outras condições, como endometriose ou pólipo endocervical.
Apenas o médico ginecologista poderá confirmar o quadro e definir o tratamento adequado.
Fontes: