Ressonância magnética na investigação da infertilidade

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Técnica avançada auxilia no diagnóstico preciso de diversas condições que podem dificultar a gravidez

A infertilidade é caracterizada pela dificuldade ou impossibilidade de engravidar após um ano de tentativas sem sucesso, afetando aproximadamente 15% dos casais em idade reprodutiva no Brasil, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

À vista disso, a investigação das causas da infertilidade se torna fundamental para que o médico especialista direcione um tratamento adequado aos pacientes; nesse processo, a ressonância magnética surge como um aliado importante.

Entender a relevância desse exame na investigação aprofundada das causas da infertilidade feminina e masculina é fundamental para compreender os diagnósticos que essa tecnologia permite, assim como os momentos certos para iniciar o tratamento.

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O que é ressonância magnética?

A ressonância magnética (RM) é um exame de imagem que utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para gerar imagens detalhadas do interior do corpo humano, sem a utilização de radiação.

Essa tecnologia permite a visualização precisa de órgãos, ossos, músculos, nervos e outros tecidos, fornecendo informações valiosas para o diagnóstico e o acompanhamento da evolução de diversas doenças, cooperando para um tratamento personalizado e eficaz.

Qual é o preparo necessário para o procedimento?

O preparo para realizar o exame de ressonância magnética geralmente é simples, e varia conforme a região do corpo a ser examinada. Em geral, é necessário retirar joias, piercings e outros objetos metálicos que possam interferir no exame, e informar ao médico se tiver objetos de metais dentro do corpo, como marca-passo, placa, grampos de cirurgia ou até mesmo prótese.

Para algumas regiões, como a pelve, pode ser necessário jejum de até 4 horas antes do exame, e o uso de remédios é liberado.

Além disso, é importante informar em casos de claustrofobia, alergias, medicamentos em uso e histórico de doenças, como problemas renais ou cardíacos, pois, em alguns casos, a ressonância magnética pode ser contraindicada.

Por que a RM pode ser indicada na investigação da infertilidade?

A ressonância magnética se destaca como um exame complementar fundamental na investigação da infertilidade por diversos motivos, tais como:

  • Alta resolução e detalhamento: oferece imagens com alta resolução e detalhamento, permitindo a visualização de estruturas anatômicas menores e com maior precisão do que outros exames de imagem, como a ultrassonografia.
  • Melhor visualização de tecidos moles: avalia tecidos moles, como útero, ovários, tubas uterinas e próstata — essenciais para a reprodução humana.
  • Identificação de diversas patologias: permite identificar diversas patologias que podem estar relacionadas à infertilidade, como miomas uterinos, endometriose, adenomiose, malformações uterinas, varicocele e tumores.
  • Exame não invasivo: é um exame não invasivo, indolor e seguro, que não utiliza radiação, tornando-o ideal para mulheres em idade fértil e até mesmo grávidas, em alguns casos específicos.

Quais diagnósticos a RM permite fazer?

A ressonância magnética, em especial da pelve, possibilita o diagnóstico preciso de diversas condições que podem afetar a fertilidade de mulheres e homens. Entre essas condições, podemos citar:

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Quando investigar a infertilidade?

O Ministério da Saúde recomenda a investigação da infertilidade após um ano de tentativas sem sucesso para casais com menos de 35 anos e após seis meses para casais com mulheres acima de 35 anos.

Além do tempo de tentativas sem sucesso para conceber, existem outros sinais e situações que podem indicar a necessidade de investigar a infertilidade por meio de exames como a ressonância magnética.

Por exemplo, alterações no ciclo menstrual, como períodos irregulares ou ausência de ovulação, podem sugerir problemas de fertilidade. Doenças inflamatórias pélvicas prévias, como infecções sexualmente transmissíveis, ou cirurgias no aparelho reprodutor também podem afetar a capacidade de conceber.

Para mais, um histórico familiar de infertilidade também pode ser um fator de risco, bem como resultados anormais em exames como o espermograma.

Portanto, se algum desses sinais estiver presente, é importante buscar avaliação médica especializada para investigar a causa da infertilidade e iniciar o tratamento adequado.

 

Fontes:

Ministério da Saúde

Organização Mundial da Saúde

Manual MSD

Blog

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