A reprodução humana é um tema que suscita algumas dúvidas nos casais que nunca realizaram um tratamento de fertilização. Ao se informar a respeito por meio dos mecanismos de busca, o casal encontra vários dados — uns confiáveis e outros que reproduzem mitos há muito tempo esclarecidos pela medicina.
É compreensível que o casal queira obter mais detalhes sobre a reprodução humana antes de se submeter a uma das técnicas. No entanto, a cautela ao escolher a fonte é fundamental para que a decisão seja tomada com base em dados verídicos.
Pensando nisso, os especialistas em reprodução humana assistida da Clínica Mater Prime esclarecem a seguir os principais mitos e verdades acerca do tema. Confira!
“Os tratamentos de reprodução humana garantem a gravidez”: Mito
Nenhum tratamento de reprodução assistida é capaz de garantir 100% de chance de sucesso. Apesar disso, as técnicas de reprodução humana oferecem uma probabilidade significativa para o casal.
Um bom exemplo é a taxa de sucesso da Fertilização in Vitro (FIV), um dos tratamentos de reprodução que está em alta no Brasil. Considerando as particularidades de cada caso, a média de sucesso é de 40%. A inseminação artificial, por sua vez, possui uma taxa de sucesso que varia entre 15% e 20% na primeira tentativa.
“A idade da mulher interfere bastante”: Verdade
A passagem do tempo deixa as suas marcas tanto no organismo do homem quanto no da mulher, porém, o impacto maior é percebido na mulher. Isso porque, com o envelhecimento a reserva ovariana tende a diminuir, fazendo com que o organismo feminino produza óvulos com uma quantidade e qualidade menor gradativamente.
Por conta disso, os tratamentos de reprodução assistida podem ser mais complexos para as mulheres acima dos 35 anos — fase na qual a produção ovariana sofre uma queda mais acentuada. Mesmo assim, é válido ressaltar que a fertilização assistida oferece uma probabilidade de gravidez maior do que os métodos naturais.
É importante esclarecer que existe um limite de idade para a paciente realizar um tratamento de reprodução humana assistida. Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), a idade máxima é de 43 anos — para os casos nos quais a mulher utilizar o próprio óvulo — e de 55 anos — caso o tratamento seja feito com óvulos doados.
“A fertilização permite que eu escolha o sexo do bebê”: Mito
O Conselho Federal de Medicina (CFM) não permite que o especialista em reprodução humana escolha o sexo do bebê gerado por meio de fertilização. A única exceção é para os casos de doenças genéticas ligadas ao sexo do embrião, como a hemofilia, por exemplo.
Nesses casos, o profissional realizará a sexagem do embrião — técnica que permite a escolha do sexo do bebê — e selecionará aqueles que não apresentam a doença para utilizar no tratamento de reprodução assistida.
“É possível preservar a fertilidade de homens e mulheres”: Verdade
Durante o tratamento de reprodução humana o casal pode obter uma quantidade de gametas saudáveis acima do necessário para fazer cada tentativa. Por esse motivo, muitos casais optam pela criopreservação dos óvulos e espermatozoides que não forem utilizados.
O congelamento de óvulos e do sêmen também é indicado para aqueles que pretendem engravidar no futuro. Exemplificando: uma paciente que queira aproveitar os óvulos produzidos aos 25 anos em uma gravidez após os 35 anos pode recorrer à técnica de congelamento dos gametas.
“Na reprodução assistida só nascem gêmeos”: Mito
Existe uma chance considerável da gravidez gerada por meio da reprodução humana assistida ser de gêmeos. Entretanto, é um equívoco dizer que toda a gestação será gemelar.
Por ser uma gestação de risco, a possibilidade de ocorrer uma gravidez de gêmeos na fertilização é controlada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e determinada com base na idade da paciente. A limitação é a seguinte:
- Transferência de, no máximo, dois embriões nas pacientes com até 35 anos;
- Transferência de até três embriões nas pacientes entre 36 e 39 anos;
- Transferência máxima de quatro embriões nas pacientes com idade igual ou superior a 40 anos.
“Doenças ginecológicas podem dificultar a gravidez por fertilização”: Verdade
Patologias ginecológicas como a Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e a endometriose são capazes de diminuir as chances de gravidez através da reprodução assistida. Ambas as doenças são conhecidas por sua ligação com a infertilidade feminina, correspondendo a 40% e 50% dos casos de mulheres inférteis, respectivamente.
Apesar disso, as pacientes interessadas nas técnicas de fertilização devem consultar o especialista em reprodução humana para saber qual é a possibilidade de sucesso no seu caso.
“Devo procurar um especialista em reprodução humana após um ano”: Verdade
Quando um casal deseja engravidar é normal que haja ansiedade, levando-os buscar o auxílio médico na primeira tentativa de concepção natural malsucedida. Contudo, é preciso que o casal seja identificado como infértil para que o especialista possa intervir no caso.
A infertilidade conjugal acontece quando o casal está há 12 meses mantendo relações sexuais regulares sem utilizar métodos contraceptivos e, ainda assim, não conseguem engravidar. Somente após esse período é possível iniciar o tratamento de reprodução humana.
Essas são as informações pertinentes à reprodução humana que mais geram dúvidas nos casais. Caso tenha restado alguma dúvida, entre em contato e agende uma consulta.
Fontes:
Conselho Federal de Medicina (CFM);
Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA).
Saiba mais sobre a Clínica de Reprodução Humana Mater Prime.