Transferência de Embriões Mosaicos

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Técnica ainda pouco conhecida pode ser uma boa novidade na medicina focada em reprodução humana. Entenda mais 

A transferência de embriões mosaicos tem sido uma pauta de expressiva relevância no debate da reprodução humana entre a comunidade científica. No entanto, existem alguns pontos que merecem ser destacados no entendimento dessa conduta.

A possibilidade da aplicação da transferência de embriões mosaicos depende do grau de mosaicismo e do cromossomo envolvido. Dada essa informação, precisamos destacar que é muito importante seguir as orientações da Sociedade Internacional de Diagnóstico Genético, abreviada pela sigla PDGIS.

Para que possamos simplificar o entendimento do tema proposto, elaboramos este material que aborda os riscos e as recomendações médicas acerca da transferência de embriões mosaicos. Boa leitura!

O que é a transferência de embriões mosaicos?

Embriões mosaicos são aqueles em que se identifica mais de uma linhagem celular, ou seja, parte das células é normal e parte das células possui alteração na frequência de algum cromossomo. O mosaicismo pode ser de baixo ou alto grau a depender da porcentagem de células com alteração cromossômica.

A transferência de embriões mosaicos (ou com mosaicismo) consiste no uso desses embriões durante o tratamento de Reprodução Assistida, sendo que atualmente são priorizados os mosaicos de baixo grau e são seguidas as orientações do PGDIS sobre qual cromossomo em mosaico permite a transferência.

Como foram realizados os estudos com a transferência de embriões mosaicos?

Desde que as técnicas de análise embrionária evoluíram em conjunto com a técnica de sequenciamento de nova geração (NGS), a possibilidade de se identificar os episódios de mosaicismos passou a gerar um certo grau de ansiedade e temor entre médicos e pacientes.

 Tal insegurança se devia tanto ao fator de risco desconhecido em se transferir embriões mosaicos – que poderiam impactar em complicações na gestação ou na saúde da criança –, quanto pela possibilidade de levar ao descarte embriões capazes de gerar uma gravidez tranquila e um bebê saudável.

O fator do impacto clínico desconhecido da transferência de embriões mosaicos fez com que, durante certo tempo, embriões 100% euploides fossem priorizados para transferência, enquanto os mosaicos padeciam de baixa prioridade ou acabavam descartados.

Contudo, estudos mais criteriosos foram feitos até que fosse confirmada uma maior segurança para a transferência com relação aos graus de mosaicismo, garantindo assim um prognóstico reprodutivo positivo.

Assim sendo, os laboratórios de reprodução humana ao redor do mundo passaram a notificar a comunidade científica acerca dos resultados favoráveis à transferência de mosaicos embrionários de baixo grau, sempre guiados pelas orientações do PGDIS sobre qual cromossomo em mosaico permitiria a transferência. 

A transferência de embriões mosaicos é arriscada?

Existem algumas novas discussões a respeito dos resultados dessa conduta, podendo-se encontrar riscos de abortamento semelhantes entre embriões mosaico de baixo grau e embriões euplóides, porém, a depender do cromossomo afetado, o risco de abortamento pode ser maior.

De tal modo, podemos concluir que, frente a um resultado de embrião mosaico, é de extrema importância a realização de um aconselhamento genético para o pleno entendimento do mosaicismo e da análise particularizada da família.

Aqui, o médico geneticista deverá levar em consideração os cromossomos em mosaico, o grau de mosaicismo e a possibilidade do casal de formar mais embriões com um melhor prognóstico reprodutivo.

Em suma, os avanços nos estudos acerca da transferência de embriões mosaicos têm se mostrado uma grata novidade no universo da reprodução humana, sendo um novo caminho para casais que desejam realizar o sonho da geração de uma nova vida e que não tenham formado embriões euplóides.

Para entender mais sobre a transferência de embriões mosaicos e outros assuntos, agende agora mesmo sua consulta com a Mater Prime e tire todas as suas dúvidas.

Fontes:

Clínica de Reprodução Humana Mater Prime.

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