Como alterações morfológicas dos espermatozoides afetam a fertilidade masculina

Veja como as alterações morfológicas dos espermatozoides colocam em risco a fertilidade masculina.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 17,5% da população adulta em todo o mundo sofre com infertilidade. Em muitos casos, esse problema de saúde é silencioso, afetando homens e mulheres de maneira assintomática até o momento em que o casal tenta engravidar. No caso do público masculino, essa dificuldade muitas vezes só é descoberta após a realização de exames específicos.

Entre os fatores que podem interferir diretamente na capacidade reprodutiva do homem de maneira silenciosa, as alterações morfológicas dos espermatozoides são uma das causas mais relevantes. Elas podem passar despercebidas, já que não afetam o desejo sexual, a ejaculação nem outros aspectos da vida sexual masculina. No entanto, essas alterações podem reduzir significativamente a capacidade de fecundação e impedir uma gestação natural.

Que tipos de alterações morfológicas o espermatozoide pode ter?

Para entender melhor as alterações morfológicas dos espermatozoides, é importante conhecer a estrutura básica de um espermatozoide saudável. Ele é composto por cabeça, peça intermediária e cauda: a cabeça contém o material genético necessário para fecundar o óvulo; a peça intermediária abriga as mitocôndrias que fornecem energia para a movimentação; e a cauda permite que o espermatozoide se desloque até o óvulo.

Quando essas estruturas sofrem alterações morfológicas dos espermatozoides, o desempenho do espermatozoide pode ficar prejudicado. Isso compromete tanto a capacidade de locomoção quanto o potencial de fecundar o óvulo, impactando diretamente a fertilidade masculina.

Cabeça grande

A cabeça grande é uma das alterações morfológicas dos espermatozoides que comprometem a capacidade de fecundação. Essa alteração pode dificultar a penetração do espermatozoide no óvulo, além de indicar possíveis alterações genéticas. Esse tipo de deformidade pode comprometer o conteúdo do DNA e dificultar o sucesso na fertilização.

Cabeça pequena

Espermatozoides com cabeça pequena geralmente carregam menor quantidade de material genético e apresentam menor chance de conseguir fertilizar o óvulo. Essa alteração afeta a integridade genética e a funcionalidade do gameta.

Cabeça dupla

A presença de duas cabeças em um único espermatozoide representa uma das alterações morfológicas dos espermatozoides que podem dificultar o reconhecimento e a penetração do óvulo. Essa anomalia é frequentemente associada a falhas durante a espermatogênese.

Cabeça bífida

A cabeça bífida apresenta uma divisão na estrutura da cabeça do espermatozoide. Assim como outras alterações, essa deformidade prejudica a entrega correta do material genético e reduz a probabilidade de fertilização.

Cauda curta

A cauda curta afeta diretamente a mobilidade do espermatozoide, impedindo que ele percorra o caminho necessário até alcançar o óvulo. Sem uma boa motilidade, a chance de ocorrer fecundação natural é muito baixa.

Acrossoma defeituoso

Responsável por liberar enzimas que permitem a penetração na camada externa do óvulo, o acrossoma é uma estrutura localizada na cabeça do espermatozoide. Quando o acrossoma está ausente, malformado ou com função reduzida, a capacidade de fecundação diminui drasticamente.

As alterações morfológicas dos espermatozoides fazem com que o gameta até se aproxime do óvulo, mas não consiga ultrapassar a zona pelúcida, impedindo a fertilização. Por isso, esse tipo de alteração morfológica é um dos mais desafiadores no contexto da infertilidade masculina.

Tratamentos de reprodução humana indicados

O diagnóstico e o encaminhamento para tratamento das alterações morfológicas dos espermatozoides devem ser feitos por um médico especialista em fertilidade. O tratamento dependerá da causa exata da alteração e das condições de saúde do paciente.

Entre os tratamentos mais indicados estão:

  • Fertilização in vitro (FIV) com injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI);
  • Uso de antioxidantes e suplementos vitamínicos;
  • Intervenções hormonais quando há alterações nos níveis de testosterona ou FSH;
  • Correções cirúrgicas em casos de varicocele;
  • Mudanças no estilo de vida e controle do estresse;
  • Técnicas de seleção espermática para FIV.

Em todos os casos, a consulta com um especialista em reprodução humana é essencial para avaliar o quadro individual e definir o melhor caminho para tentar a gestação.

 

Fontes:

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