Saiba quais são elas e quais impactam trazem à fertilidade
As anomalias uterinas se dividem em dois tipos: as congênitas e as adquiridas. No primeiro grupo estão aquelas nas quais a mulher nasce com elas. Já no segundo grupo figuram as que são adquiridas, por diversas razões, ao longo da vida. Saiba mais sobre elas lendo o texto a seguir.
Quero tratar as anomalias uterinas!
O que são anomalias uterinas?
As anomalias uterinas são alterações que ocorrem no útero e que, como já mencionado, podem ter diversas causas. Algumas geram sintomas, enquanto outras podem ser assintomáticas. Da mesma forma, umas exigem tratamento, outras, apenas acompanhamento médico.
Por que as anomalias uterinas ocorrem?
As anomalias uterinas congênitas acontecem durante a formação do feto do sexo feminino, quando dois pequenos tubos que formam o útero (ductos de Muller) não se fundem perfeitamente.
As anomalias uterinas adquiridas geralmente se desenvolvem ao longo do tempo ou como resultado de trauma uterino.
Anomalias uterinas congênitas
As anomalias uterinas congênitas são aquelas com as quais a mulher já nasce com elas. Elas estão presentes em 3% a 5% da população geral, podendo atingir taxas mais altas (até 25%) em pacientes com histórico de aborto de repetição ou prematuridade. As principais anomalias uterinas congênitas são:
Útero septado
O útero septado exibe uma superfície exterior normal, mas um pedaço de tecido ou músculo divide a cavidade uterina. Trata-se de uma anomalia uterina comum e que aumenta o risco de aborto espontâneo.
Útero bicorno
O útero bicorno é uma anomalia uterina considerada comum. Nele, a superfície externa do útero é recuada e há duas cavidades na porção inferior do útero. Mulheres com útero bicorno normalmente não precisam de cirurgia se desejam engravidar. O procedimento cirúrgico só é recomendado quando essa anomalia uterina leva a um histórico de abortamentos de repetição ou partos prematuros.
Útero unicorno
O útero unicorno é aquele que possui apenas metade da cavidade uterina e apenas uma tuba uterina. Nesse tipo de anomalia uterina, o útero é menor do que o normal, o que aumenta o risco de abortos de repetição e prematuridade.
Útero didelfo
O útero didelfo é um tipo de anomalia uterina congênita menos comum na qual se tem um útero duplo, cada um com sua própria abertura cervical. Eles podem ser conectados a uma mesma vagina ou a vaginas diferentes. Mulheres com útero didelfo têm um risco maior de abortamento ou parto prematuro, pois o bebê tem menos espaço para se desenvolver.
Anomalias uterinas adquiridas
As anomalias uterinas adquiridas são aquelas que ocorrem ao longo do tempo ou como resultado de um trauma. As mais comuns são:
Miomas
Miomas uterinos são tumores benignos que se formam dentro dos tecidos do útero e são encontrados em até 70% das mulheres, dependendo da idade. Embora de natureza benigna, eles podem alterar a forma do colo uterino ou do próprio útero, bloquear as tubas uterinas e alterar o fluxo sanguíneo para o útero, dificultando uma gestação natural.
Pólipos
Os pólipos, lesões formadas por tecido endometrial, se formam dentro das paredes do útero e geralmente são menores do que os miomas. Embora eles também possam dificultar uma gestação natural, existe a chance de ela ocorrer com sucesso.
Síndrome de Asherman
A síndrome de Asherman é uma anomalia uterina rara na qual o endométrio é infectado ou ferido, levando a uma formação de tecido cicatricial no local. Pode causar abortos recorrentes e implantação anormal da placenta.
Ectopia cervical
A ectopia cervical é uma área de aparência crua localizada no colo do útero que tem como causas alterações hormonais. Trata-se de uma anomalia uterina comum, que pode afetar até 50% das mulheres. É observada com frequência em grávidas ou mulheres que usam anticoncepcionais.
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Posso engravidar com anomalias uterinas?
Normalmente, as anomalias uterinas não impedem a gravidez, mas podem dificultar a evolução da gestação. Existem tratamentos para essas alterações que ocorrem no útero, e quando a mulher não consegue obter uma gestação natural, ela pode recorrer à fertilização in vitro (FIV).
Como a FIV pode me auxiliar?
Quando uma anomalia uterina torna inviável uma gestação natural, a mulher tem a opção de realizar um tratamento de fertilização in vitro. Nesta técnica de reprodução assistida, a fecundação do óvulo é realizada em laboratório e os embriões resultantes do procedimento são posteriormente transferidos para o útero para que a gestação se desenvolva.
Alguns cuidados devem ser tomados durante a adoção dessa técnica. Em pacientes com útero bicorno ou didelfo, por exemplo, a transferência deve ser realizada escolhendo o lado com melhor condição e um endométrio mais adequado. O número de embriões transferidos deve ser limitado a um ou, no máximo dois, para reduzir as chances de gestações múltiplas e o aumento da probabilidade de parto prematuro ou abortos.
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Fontes:
Sociedade Brasileira de Reprodução Humana
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)