É mito afirmar que o uso do anticoncepcional pode causar infertilidade. Doenças e deformidades são as principais causas da dificuldade de engravidar, não tendo nenhuma relação direta com o uso do contraceptivo oral e/ou injetável.
O que ocorre na verdade é que, dependendo do método usado, pode ser necessário um tempo ao organismo para retomar sua fertilidade, sendo descartado de uma vez que o anticoncepcional pode causar infertilidade.
As causas da infertilidade são outras, sendo as mais comuns: disfunções hormonais; endometriose, malformação uterina e etc. Veja a seguir como cada um dos métodos contraceptivos age no organismo feminino e o tempo necessário para que a fertilidade da mulher seja restabelecida.
Como age o anticoncepcional?
Os contraceptivos hormonais, podendo ser a pílula, injeção, anel vaginal ou DIU Mirena atuam de forma a impedir a ovulação, além de tornar o ambiente uterino hostil por intermédio do afinamento da camada endometrial.
A função do anticoncepcional hormonal não é impactar a fertilidade e sim impedir que ocorra a produção de óvulo maduro e que ele possa vir a ser fecundado pelo espermatozoide.
Logo, por mais que a inibição da ovulação pode parecer que o anticoncepcional pode causar infertilidade, isso não ocorre. Basta a suspensão do uso do contraceptivo para que seja restaurada toda a produção de folículos e óvulos maduros.
Entretanto, existe um período necessário para o organismo se “livrar” dos hormônios sintéticos dos contraceptivos hormonais e para que a fertilidade seja retomada de forma completa.
Existe contraceptivo não hormonal eficaz?
Sim. Caso a mulher não queira correr risco de demorar para engravidar devido ao uso de contraceptivos, ela pode optar pelo uso da camisinha. Com a opção de camisinha masculina e/ou feminina, o método auxilia na prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).
Existe a possibilidade de o anticoncepcional pode causar infertilidade?
Como mencionado, não. Estudo publicado na revista Human Reproduction identificou que mulheres que tem uso prolongado de anticoncepcional via oral (pílula), ou seja, mais de cinco anos, tem maiores chances de engravidar imediatamente após a interrupção do uso do método.
Isso deve-se ao fato de a inibição da ovulação preservar a fertilidade feminina. Logo, quando ouvir de alguém ou de algum profissional da medicina que o anticoncepcional pode causar infertilidade, não leve em consideração nem tampouco se assuste.
A estimativa é que o potencial fértil da mulher seja retomado até seis meses após a interrupção do método contraceptivo hormonal. Passados 12 meses de tentativas sem conseguir o resultado positivo, é necessário averiguar o que tem causada a dificuldade de engravidar.
Atenção ao contraceptivo injetável
Ressaltando a informação referente ao período para retomada da fertilidade, ele é maior em pacientes que utilizam a injeção anticoncepcional trimestral.
Devido o seu efeito prolongado — uma dose com proteção de três meses — o período para o organismo retomar suas funções reprodutivas é maior, ou seja, pode chegar a 12 meses. Por isso é tão importante o aconselhamento junto a um especialista em ginecologia antes de começar o uso de qualquer contraceptivo, em especial se tem planos de engravidar em curto prazo.
O que causa infertilidade?
O órgão reprodutor feminino é suscetível a uma série de doenças que podem resultar em infertilidade. Disfunção hormonal, endometriose, deformidades uterinas, infecções, entre outras doenças colaboram na dificuldade de engravidar.
Existe uma parcela que enfatiza que o anticoncepcional causou a infertilidade ou colaborou para o desenvolvimento de algumas das condições citadas. Entretanto, esse fato não condiz com a realidade, sendo necessário que essa mulher procure por atendimento e tratamento especializado em uma clínica de reprodução humana.
Ainda em dúvida se o anticoncepcional pode causar infertilidade, pois está tentando engravidar e ainda não conseguiu o resultado positivo? Entre em contato com a Mater Prime e agenda uma consulta com um dos especialistas em reprodução humana assistida e tire essas e tantas outras dúvidas sobre infertilidade.
Fonte:
Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida;
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo);
