Entender as causas do aborto de repetição é, inevitavelmente, uma das principais necessidades de quem passa por essa situação. É caracterizado como aborto a interrupção de uma gestação antes de o feto conseguir sobreviver fora da barriga da mãe. Isso quer dizer que essa interrupção deve se dar antes das 22 semanas e o feto deve pesar menos de 500 gramas.
Existem vários tipos de abortos como o abortamento retido, inevitável ou incompleto, abortamento completo, o aborto de repetição, entre outros. Neste conteúdo, entretanto, os especialistas da Mater Prime explicarão especificamente as causas do aborto de repetição.
O que é considerado aborto de repetição?
É considerado aborto de repetição quando a mulher sofre 3 abortos seguidos. Nesses casos, o medo pode ser um companheiro nada agradável: a mulher engravida e fica apreensiva sem saber se conseguirá levar a gestação adiante.
O aborto é uma situação mais comum do que se imagina e ocorre em cerca de 20% das mulheres. Esse número vale tanto para gestações naturais quanto para os casos de fertilização. O período de maior cuidado é no primeiro trimestre, quando o bebê ainda está se formando, mas o aborto pode acontecer em qualquer momento da gravidez.
Quais as causas do aborto de repetição?
Genética
Um bebê normal possui 23 pares de cromossomos. Quando esse número se altera, para cima ou para baixo, o aborto pode acontecer. Isso é a própria natureza sendo sábia e “eliminando” um ser vivo que pode não ter as habilidades necessárias para sobreviver fora do corpo da mãe.
As maiores chances de isso acontecer são quando uma mulher engravida em idade mais avançada, por exemplo, aos 40 anos. Porém, os 35 anos já é uma idade em que se deve ter maiores cuidados, pois já é mais comum que a mãe tenha filhos com doenças genéticas.
Anatômicas
Modificações na anatomia do útero também podem se destacar como causas do aborto de repetição. Útero bicorno, útero septado e outros são exemplos dessas anomalias. Outro fator são os miomas acima de 4 cm ou que, de alguma maneira, afetam a cavidade endometrial (endométrio e o tecido no qual o feto começa a se desenvolver).
Outra mudança anatômica que pode levar ao aborto é a formação de pólipos ou mulheres que possuem adenomiose.
Trombofilias
É um tipo de doença que aumenta o risco de formação de trombos. Os trombos são coágulos que se instalam em vasos sanguíneos e podem obstruir a passagem de sangue. Pode desenvolver casos graves como a embolia pulmonar (quando um trombo vai para o pulmão).
Endócrinas
No caso das gestantes, os distúrbios endócrinos que costumam se desenvolver nessa fase são bem particulares. O diabetes é um deles, também conhecido como Diabetes Gestacional. Insuficiência do Corpo Lúteo (redução da progesterona) também é uma das alterações endócrinas que pode levar ao aborto.
Como engravidar após aborto de repetição?
O primeiro ponto a ser considerado para se engravidar após episódios seguidos de aborto é procurar um especialista em reprodução humana. Este profissional será capaz de ajudar o casal a partir da identificação das causas do aborto de repetição.
Descobrindo a causa, o tratamento pode ser iniciado e realizado de diversas formas, de acordo com a necessidade de cada paciente.
Dependendo das causas do aborto de repetição, pode ser recomendada uma mudança de hábitos: a mulher pode ter que parar de praticar algum tipo de esporte. Ou pode ser necessário realizar uma FIV (Fertilização in vitro) para que a mulher tenha condições de engravidar novamente. A gestação deve ser minuciosamente acompanhada pela equipe de especialistas.
A boa notícia é que, independentemente das causas do aborto de repetição, mulheres que passaram por esta situação possuem 70% de chance de engravidar e ter uma gestação saudável. Procure um especialista em reprodução humana e agende a sua consulta para saber mais!
Fontes:
Clínica de Reprodução Humana Mater Prime
