Crioarmazenamento: como é realizado o congelamento de embriões

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O crioarmazenamento é um método de congelamento que visa a preservação de embriões para uso no futuro

O crioarmazenamento é uma técnica de reprodução humana assistida que visa a preservação de embriões em condições ideais para uso futuro. Com o avanço da tecnologia, a escolha pelo congelamento de embriões tem crescido significativamente, aumentando cerca de 32,7% no ano de 2021 — dado divulgado no Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio).

A técnica de crioarmazenamento permite que os casais possam planejar melhor o momento da gestação, além de evitar o descarte de embriões excedentes. Entenda a seguir como essa metodologia funciona, quais são as suas indicações e por quanto tempo os embriões podem ser mantidos congelados.

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Como é o processo de crioarmazenamento?

O crioarmazenamento é realizado após a fertilização in vitro (FIV) — um procedimento em que os óvulos são retirados dos ovários e fecundados pelos espermatozoides em ambiente laboratorial. Após a fecundação, os embriões são cultivados por alguns dias em incubadores em meios de cultivos e condições de concentração de gases, até atingirem o estágio de blastocisto, que é quando eles têm cerca de 100-200 células.

Nesse momento, os embriões são avaliados quanto à sua qualidade e selecionados para a transferência ao útero da mulher ou para o congelamento. O congelamento pode ser feito por dois métodos: o congelamento lento ou a vitrificação. Atualmente, a técnica mais utilizada é a vitrificação.

  • Congelamento lento: é um processo que reduz a temperatura dos embriões gradualmente, de 37°C até -196°C, em um período de duas horas. Esse método requer o uso de substâncias crioprotetoras, que evitam a formação de cristais de gelo nas células dos embriões, que poderiam danificá-las;
  • Vitrificação: reduz a temperatura dos embriões rapidamente, em menos de um minuto, de 37°C até -196°C. Esse método também utiliza crioprotetores, porém em uma concentração maior, permitindo que os embriões sejam solidificados sem a formação de cristais de gelo.

Como os embriões são mantidos congelados?

Em resumo, a técnica de crioarmazenamento consiste em congelar os embriões que serão armazenados em recipientes especiais, chamados de palhetas ou straws.

Esses recipientes são colocados em tanques de nitrogênio líquido, que mantêm a temperatura dos embriões em -196°C. Vale ressaltar que esses tanques são monitorados constantemente por um sistema de segurança, que alerta em caso de qualquer alteração de temperatura ou de nível de nitrogênio.

Quando o crioarmazenamento é recomendado?

O crioarmazenamento é recomendado principalmente para mulheres e casais que desejam preservar a fertilidade, sendo comumente procurado por casais que desejam adiar a gravidez por motivos pessoais, profissionais ou de saúde. Assim, os embriões serão congelados enquanto a mulher ainda tem uma boa reserva ovariana e uma maior chance de engravidar no futuro.

O crioarmazenamento também pode ser uma alternativa para casais que produzem mais embriões do que os necessários para a transferência ao útero. Ou seja, os embriões excedentes serão congelados para serem utilizados em uma nova tentativa de gravidez, caso a primeira transferência não seja bem-sucedida.

Outro caso no qual o procedimento é recomendado é para quem tem risco de hiperestimulação ovariana, sendo considerado uma medida de segurança para mulheres que apresentam uma resposta excessiva à estimulação ovariana, que é uma etapa da FIV.

De maneira geral, quando é realizada a biópsia embrionária para a realização do teste genético pré-implantacional, a Criopreservação também é realizada.

Por quanto tempo o embrião pode ser mantido congelado?

Não há um limite de tempo definido para o crioarmazenamento de embriões. Os embriões podem ser mantidos congelados por meses, anos ou até décadas, sem que isso afete a sua qualidade ou a sua capacidade de gerar uma gravidez.

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Como é realizado o descongelamento dos embriões

O descongelamento dos embriões é realizado quando o casal decide utilizar o material para a transferência ao útero. O processo é feito em laboratório, por um profissional especializado, que retira os embriões do tanque de nitrogênio líquido.

Em seguida, esses embriões serão avaliados quanto à sua integridade e viabilidade, e os que apresentarem melhores condições serão selecionados para a transferência ao útero da mulher. A transferência pode ser realizada em um ciclo natural ou em um ciclo medicado. No ciclo natural, a transferência é sincronizada com a ovulação da mulher, que é monitorada por ultrassom e exames de sangue. Já no ciclo medicado, a transferência é programada com o uso de medicamentos que controlam o desenvolvimento do endométrio e a liberação do óvulo.

A transferência dos embriões descongelados tem uma taxa de sucesso semelhante à transferência dos embriões frescos, dependendo da idade da mulher no momento do congelamento e da qualidade dos embriões.

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Fontes:

Mater Prime

Conselho Federal de Medicina (CFM)

Relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio)

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