Ovodoação e epigenética: qual a relação?

Fale conosco pelo WhatsApp

Antes de qualquer tratamento que envolva a recepção de óvulos, é fundamental entender a relação entre epigenética e ovodoação

Uma das principais preocupações de mulheres e casais que têm filhos por meio de ovodoação é quanto à aparência e saúde do bebê que irá nascer, mesmo que tenha ocorrido, anteriormente, uma seleção que fizesse a melhor aproximação possível das características da doadora com as da receptora.

No entanto, é comum que se notem semelhanças entre a criança nascida por programa de ovorrecepção e características dos pais. Além disso, muitas vezes, pode ocorrer o desenvolvimento de doenças ou predisposições a determinadas condições não necessariamente relacionadas à composição genética dos gametas doadores.

Isso ocorre porque diversos fatores podem estar relacionados às modificações genéticas ao longo do desenvolvimento — condição estudada por um segmento da Biologia e Medicina chamado epigenética. Por esse motivo, é muito importante entender qual é a relação entre epigenética e ovodoação ao se submeter a um tratamento de reprodução humana assistida desse tipo.

Fale com nossa equipe para entender sobre o processo de ovodoação!

O que é a epigenética?

Como entendemos, existe uma relação muito próxima entre o conceito de epigenética e ovodoação. A epigenética é um termo surgido da junção do prefixo grego epi-, que significa além, com a palavra genética. Ou seja, significa, literalmente, “além do gene”.

Dessa forma, podemos entender a epigenética como a forma com que os genes que compõem o DNA se expressam na realidade, isto é, de acordo com fatores externos que os influenciam a se ativarem ou desativarem. Esse processo de ativação genética pode ser chamado de imprinting.

As circunstâncias começam a influenciar a ativação dos genes desde a formação dos gametas e continuam durante a fecundação e o desenvolvimento do embrião. Ou seja, podemos afirmar que as características específicas de cada ser humano não dependem exclusivamente da composição do DNA, mas da forma como ocorre seu imprinting genético durante o desenvolvimento.

Por esse motivo, dentro do conceito da epigenética, encontram-se estudos que definem possíveis características do ser humano em formação. Aqui, não se incluem somente as características físicas, mas também possíveis doenças e outras alterações que não dependem unicamente dos genes.

Quais são as principais doenças relacionadas a epigenética?

Uma das principais preocupações sobre a relação entre epigenética e ovodoação é a respeito da possibilidade do desenvolvimento de algumas condições relacionadas à ativação e combinação de genes durante a fecundação e a gravidez.

Entre os fatores ambientais que, durante a gestação, podem influenciar o surgimento ou a predisposição genética a doenças durante a vida, podemos citar:

  • Exposição a metais pesados;
  • Estresse;
  • Tabagismo;
  • Alterações hormonais;
  • Exposição a radioatividade;
  • Infecções por microrganismos;
  • Problemas nutricionais.

Os principais problemas que podem ser congênitos ou surgir ao longo da vida da criança por conta dessas modificações são:

  • Disfunções cognitivas;
  • Doenças cardiorrespiratórias;
  • Problemas neurológicos e de comportamento;
  • Daltonismo;
  • Hipertricose;
  • Hemofilia;
  • Síndromes relacionadas à aneuploidia (contagem de cromossomos);
  • Doenças autoimunes;
  • Alterações no sistema reprodutor, entre outras.

Agende uma consulta para realizar um tratamento com óvulos doados!

Qual a relação entre ovodoação e epigenética?

Como vimos, as diversas possibilidades de alterações gênicas podem causar uma série de condições e doenças. Por esse motivo, entender a relação entre epigenética e ovodoação vai além de buscar meios para compreender semelhanças e diferenças de aparência e comportamento do filho em relação aos pais.

Uma vez que os fatores ambientais influenciam diretamente na expressão gênica do bebê que irá nascer, existe preocupação dos especialistas em reprodução humana em relação à epigenética e ovodoação antes mesmo da recepção do óvulo, uma vez que é importante se atentar a características como:

  • As condições do útero para a implantação do embrião;
  • As condições cardiovasculares para garantir uma boa irrigação sanguínea para a placenta;
  • Os hábitos de vida da gestante, como alimentação, uso de cigarro, medicamentos contínuos e exposição a substâncias;
  • Questões emocionais relacionadas à gestante, como estresse, depressão e outras sensações.

Dessa forma, podemos concluir que, se o mesmo embrião fosse gerado no útero da doadora, e considerando as relações entre epigenética, ovodoação e desenvolvimento embrionário, geraria uma criança com características diferentes da gerada no útero da receptora.

Para saber mais sobre epigenética e ovodoação e demais assuntos relacionados à reprodução humana.

Entre em contato com a Mater Prime e agende uma consulta com um de nossos especialistas!

Fontes:

Mater Prime

Universidade de São Paulo

Blog

Confira as últimas novidades do mundo da Reprodução Humana