Aliada das técnicas de reprodução assistida, a genotipagem KIR é capaz de identificar possíveis incompatibilidades genéticas e encontrar formas de contorná-las
A genotipagem KIR (killer immunoglobulin-like receptors) refere-se a uma técnica utilizada para identificar e caracterizar as variantes genéticas dos genes KIR em um indivíduo. O exame KIR é uma técnica importante que permite a identificação e caracterização das variantes genéticas dos genes KIR.
Dessa forma, é possível obter informações relevantes para a compreensão do sistema imunológico humano e sua relação com doenças e tratamentos médicos. O exame KIR também possui sua relevância nas técnicas de reprodução humana assistida, sendo capaz de determinar o tipo de interação que o embrião vai ter com o endométrio.
Ao longo do artigo, vamos falar mais sobre a importância da genotipagem KIR, o que exatamente ela é e para quem o exame KIR é recomendado.
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O que é a genotipagem KIR?
Conforme mencionado anteriormente, a genotipagem KIR é uma técnica para identificar as variações genéticas nos genes KIR. Porém, antes de tudo, é necessário entender o que realmente é o sistema KIR.
Esse sistema é um conjunto de genes que codificam receptores encontrados nas células natural killer (NK) do sistema imunológico humano. Esses receptores desempenham um papel crucial na identificação e resposta a células infectadas por vírus, células tumorais e células estranhas.
A diversidade genética no sistema KIR tem sido associada a diferenças na resposta imunológica, suscetibilidade a doenças e rejeição de células estranhas. A compreensão do sistema KIR e sua genética é fundamental para o estudo e avanço no campo da imunologia e terapêuticas personalizadas.
O sistema KIR também apresenta importância na reprodução humana assistida, como no caso da fertilização in vitro (FIV). Na fertilização in vitro (FIV), o sistema KIR desempenha um papel crucial na interação entre o embrião em desenvolvimento e o útero materno. Os receptores KIR nas células NK uterinas maternas reconhecem o embrião em desenvolvimento.
Essa interação desempenha um papel primordial na regulação do equilíbrio entre tolerância materna e defesa imunológica contra o embrião. Sabendo disso, fica mais fácil entender a importância do exame KIR.
Qual a importância do exame KIR?
O exame KIR é importante em diversos cenários; todavia, desempenha um papel crucial na FIV. Isso porque ele é capaz de analisar o tipo de interação entre o embrião em desenvolvimento e o sistema imunológico materno.
A análise é importante porque a interação entre os genes KIR pode afetar a implantação do embrião e a progressão da gestação.
A interação dos receptores KIR com o embrião pode ser no sentido ativador, promovendo a tolerância materna e facilitando a implantação e o desenvolvimento do embrião. Da mesma forma, a depender do tipo de receptor KIR, pode existir uma resposta imunológica inibitória, aumentando o risco de rejeição do embrião ou falha de implantação, além de riscos gestacionais como hipertensão gestacional e restrição de crescimento fetal.
Além disso, com base nos resultados do exame, profissionais de reprodução assistida podem personalizar as estratégias terapêuticas. Por meio dessa decisão, as taxas de sucesso da FIV podem melhorar, reduzindo as chances de falhas de implantação e aumentando as possibilidades de uma gravidez bem-sucedida.
O exame também pode ajudar a identificar casos de possíveis incompatibilidades genéticas entre parceiros, que requerem um acompanhamento mais cuidadoso durante o tratamento de reprodução assistida.
Quem deve fazer o exame KIR?
A decisão de fazer a genotipagem KIR deve ser tomada em consulta com algum médico especialista. Normalmente, o profissional é um geneticista, imunologista ou especialista em reprodução assistida. Entretanto, a genotipagem KIR pode ser recomendada em situações específicas, como:
- Casais em momento de tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), e que enfrentam dificuldades na implantação embrionária ou experimentaram falhas repetidas de implantação;
- Casais com histórico de abortos recorrentes, nos quais a causa não pôde ser identificada;
- Casos em que há suspeita de desequilíbrio imunológico entre a mãe e o embrião, que possa afetar a implantação e o desenvolvimento do feto;
- Pacientes com suspeita de distúrbios imunológicos que possam interferir na implantação embrionária, como doenças autoimunes;
- Casais com histórico familiar de condições genéticas ou imunológicas que possam ser influenciadas pelo sistema KIR.
No mais, vale ressaltar que a decisão de realizar o exame KIR deve ser tomada em conjunto com um profissional de saúde, levando em consideração o histórico clínico e as necessidades do paciente. Entre em contato com a Mater Prime e agende uma consulta com um de nossos especialistas.
Fontes: