FIV clássica e FIV por ICSI: quais as diferenças?

Fale conosco pelo WhatsApp

São diversas as técnicas de reprodução assistida que possibilitam o sonho da maternidade. Conheça as diferenças entre a FIV clássica e a FIV por ICSI.

Os casais que sonham com a maternidade têm à disposição diversas técnicas eficazes de reprodução humana, sobretudo para aqueles que enfrentam dificuldades na concepção. Entre os procedimentos mais comuns, a fertilização in vitro (FIV) se destaca pela alta taxa de sucesso.

No entanto, existem diferentes formas de realizar a FIV, com a FIV clássica e FIV por ICSI sendo as mais conhecidas. Ambos os procedimentos consistem na fecundação dos óvulos fora do corpo da mulher, mas diferem na forma como o espermatozoide é introduzido no óvulo. Para ajudar casais a tomarem decisões informadas sobre o melhor tratamento, é importante compreender as características e indicações para a FIV clássica e FIV por ICSI.

Como funciona a FIV clássica?

Para entender as diferenças entre a FIV clássica e FIV por ICSI, é necessário conhecer a opção mais tradicional.

A FIV clássica é uma das técnicas de reprodução assistida mais eficazes, oferecendo grandes chances de sucesso para casais com dificuldades para engravidar. O procedimento começa com a estimulação ovariana, em que a mulher recebe medicamentos para estimular a produção de múltiplos folículos. Esse passo aumenta as chances de obter óvulos viáveis para fertilização. Após a estimulação ovariana, os óvulos são coletados em um procedimento minimamente invasivo, conhecido como punção ovariana.

Os espermatozoides do parceiro (ou doador) são então coletados e preparados para fertilizar os óvulos. Na FIV clássica, os espermatozoides são colocados em contato com os óvulos em uma placa de cultivo. A fertilização ocorre de forma natural, com o espermatozoide penetrando no óvulo de forma espontânea.

Após a fertilização, os embriões gerados são acompanhados e, posteriormente, selecionados para transferência ao útero da mulher.

A taxa de sucesso da FIV clássica e FIV por ICSI é sempre baseada em fatores individuais do casal. O método mais tradicional pode variar de acordo com a idade da mulher, a qualidade dos óvulos e espermatozoides, e a resposta do organismo ao tratamento.

Para quem a FIV clássica é indicada?

A FIV clássica é indicada para diversos casos de infertilidade, sendo uma opção para casais que enfrentam dificuldades para engravidar. Os principais casos indicados para a FIV clássica incluem:

  • Casos de infertilidade masculina leve a moderada, cuja qualidade do esperma é suficiente para fertilização natural;
  • Mulheres com obstrução nas trompas;
  • Endometriose em estágio moderado;
  • Infertilidade sem causa determinada.

Esses são alguns dos casos mais comuns em que a FIV clássica pode ser recomendada. Vale lembrar que o acompanhamento médico especializado é essencial para avaliar a melhor abordagem para cada situação.

Como funciona a FIV por ICSI?

A FIV por ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) é uma variação da FIV clássica, especialmente indicada em casos de infertilidade masculina mais severa ou para pacientes que desejam fazer biópsia do embrião para estudo genético.

A principal diferença entre a FIV clássica e FIV por ICSI está na forma como o espermatozoide é introduzido no óvulo. Na FIV por ICSI, o espermatozoide é selecionado e injetado diretamente no óvulo, usando uma agulha fina. Isso é feito em um laboratório especializado, onde embriologistas capacitados realizam a injeção com a ajuda de tecnologia de ponta.

A recomendação da FIV clássica e FIV por ICSI também é diferente. A técnica aliada à ICSI é recomendada para casais em que o homem apresenta problemas de baixa contagem espermática, espermatozoides com baixa motilidade, ou até mesmo ausência de espermatozoides na ejaculação, precisando de uma coleta alternativa, seja do epidídimo ou do testículo.

O processo permite que um único espermatozoide (o melhor selecionado) seja escolhido e injetado diretamente no óvulo, aumentando as chances de fertilização em casos em que a fertilização espontânea seria um grande desafio.

Para quem a FIV por ICSI é recomendada?

Para entender a diferença entre a FIV clássica e FIV por ICSI, devemos focar na necessidade de cada casal e entender quando cada procedimento pode ser recomendado.

A FIV por ICSI é indicada para casos de infertilidade masculina grave, em que os espermatozoides não têm a capacidade de fertilizar o óvulo de maneira natural. Esse procedimento é recomendado para:

  • Homens com oligozoospermia severa (baixo número de espermatozoides no sêmen);
  • Homens que apresentam espermatozoides com alterações qualitativas relevantes;
  • Casos em que há a ausência total de espermatozoides no sêmen, podendo ser coletados diretamente do testículo;
  • Casos de falha nas tentativas anteriores de FIV clássica, onde não ocorreu fertilização.

Quais as diferenças entre a FIV clássica e FIV por ICSI?

Como visto anteriormente, a principal diferença entre a FIV clássica e FIV por ICSI está na forma como o espermatozoide é inserido no óvulo.

Na FIV clássica, o espermatozoide é colocado em contato com o óvulo, e a fertilização ocorre de forma natural. Já na FIV por ICSI, o espermatozoide é injetado diretamente no óvulo, utilizando-se uma agulha microscópica.

Atualmente, a técnica de FIV por ICSI é preferível na maioria dos casos, podendo ser realizada a FIV clássica em algumas situações.

Converse com um de nossos especialistas e agende uma consulta para saber qual opção pode ser mais adequada ao seu caso.

Fontes:

Conselho Federal de Medicina

Mater Prime

 

Blog

Confira as últimas novidades do mundo da Reprodução Humana

Inscreva-se no canal da Mater Prime

Vídeos novos toda terça, quarta e quinta às 17h

x