Istmocele: qual sua relação com a infertilidade secundária?

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Descubra como a istmocele pode impactar na fertilidade e quais são os melhores tratamentos para essa condição.

A istmocele é uma complicação que normalmente ocorre após cirurgias com manipulações do útero, principalmente a cesariana. É pouco conhecida, mas cada vez mais relevante, visto que se manifesta como um fator de risco para a infertilidade secundária. Ela é identificada como uma cicatrização irregular na parede uterina no local onde foi manipulada. Reconhecer o que é essa condição e como tratá-la da maneira correta é fundamental para evitar problemas e garantir uma recuperação segura.

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O que é Istmocele?

A istmocele, também conhecida como defeito na cicatriz uterina, trata-se de uma condição que afeta a parte inferior do útero, chamada istmo. Para simplificar, a condição pode ser retratada como uma pequena bolsa que se forma na cicatriz de uma cesariana anterior. Essa formação pode acumular sangue e fluidos que interferem na função uterina normal.

Além disso, a alteração é um receio particular para mulheres que estão tentando engravidar, pois está associada a complicações na fertilidade.

Quais são as causas da Istmocele?

Ainda não se sabe ao certo quais são as causas exatas da istmocele, porém, estudos indicam que a técnica utilizada durante a cesariana e o processo de cicatrização do útero podem influenciar o desenvolvimento dessa condição. Acredita-se que uma incisão inadequada, predisposição genética e a cicatrização incompleta do útero após a cesariana também sejam fatores contribuintes.

A istmocele apresenta sintomas?

Geralmente, a istmocele é assintomática, ou seja, não apresenta sintomas evidentes, contudo, quando se tornam presentes se manifestam como:

Esses sintomas podem variar em intensidade e, muitas vezes, são confundidos com outras condições ginecológicas, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Relação entre istmocele e infertilidade

A istmocele e a infertilidade estão intrinsecamente ligadas por diversas questões, sendo que a principal preocupação é o acúmulo de sangue e fluidos na bolsa da istmocele, que pode criar um ambiente desfavorável para a implantação do embrião.

Além disso, em alguns casos, é possível haver uma inflamação crônica na área afetada, interferindo ainda mais na capacidade de engravidar.

Infertilidade secundária

A infertilidade secundária é a dificuldade do casal de engravidar mesmo após já ter tido um filho. Mulheres com istmocele que já passaram por uma cesariana podem enfrentar esse tipo de infertilidade, pois a cicatriz do útero interfere na capacidade de conceber novamente.

Outra questão é que a presença da istmocele causa uma certa inflamação persistente no útero, afetando negativamente a fertilidade.

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Como é realizado o diagnóstico da istmocele?

Ainda não existem critérios para diagnosticar a istmocele; por isso, são utilizados métodos de imagem que permitem visualizar a cicatriz uterina e identificar a presença de qualquer irregularidade.

Ultrassonografia transvaginal

A ultrassonografia transvaginal é um exame de imagem que utiliza ondas sonoras para criar imagens detalhadas do útero e dos ovários. Este exame é frequentemente utilizado para identificar a presença de istmocele, proporcionando uma visualização clara da área afetada.

Ressonância magnética

A ressonância magnética (RM) é outro método eficaz para o diagnóstico da istmocele. Esse exame utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para produzir imagens detalhadas dos órgãos internos. Este exame pode ser particularmente útil em casos em que a ultrassonografia não oferece informações suficientes.

Como é realizado o tratamento da istmocele?

O tratamento abrange não apenas cuidados clínicos, como também cirúrgicos, tudo dependerá do tamanho e da gravidade dos sintomas presentes.

Na maioria dos casos, pode ser recomendado a cirurgia robótica, considerada menos invasiva e, consequentemente, causa menos dor e menor risco de sangramento. Nesse procedimento, é realizada uma pequena incisão no abdômen e, com a ajuda de uma câmera, um robô controlado pelo cirurgião repara a istmocele.

Outra técnica minimamente invasiva que pode ser considerada para tratamento da condição é a laparoscopia que, da mesma maneira que a cirurgia robótica, se inicia com uma incisão no abdômen.

É possível engravidar com istmocele?

Sim, é possível engravidar com istmocele, no entanto, a presença dessa condição pode dificultar a concepção natural e aumentar risco de perdas gestacionais precoces. Para mulheres que enfrentam dificuldades para engravidar devido à istmocele, os tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV) e a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI), podem aumentar significativamente as chances de sucesso.

Vale ressaltar que mulheres que já passaram pela cesárea, e desejam iniciar o tratamento de reprodução assistida, devem ser avaliadas e acompanhadas cuidadosamente por um médico especializado. Assim, a paciente evita impactos na concepção e garante uma gravidez tranquila.

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Fontes:

Mater Prime

Manual MSD

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Blog

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