Conheça mais sobre esse tipo de mioma uterino e saiba se ele pode impactar ou não sua fertilidade
Miomas uterinos são nódulos benignos que se formam a partir de uma proliferação desordenada das células do tecido muscular do útero, o miométrio. Eles são classificados em três tipos, dependendo de sua localização em relação à parede do útero: submucoso, subseroso e intramural. No texto a seguir, falaremos sobre o mioma subseroso.
Causas do mioma subseroso
Os miomas subserosos acometem a camada externa da parede uterina, chamada de serosa. Assim como ocorre com outros miomas uterinos, têm como principal causa a atuação dos hormônios estrogênio e progesterona, que contribuem para o crescimento das lesões. Além disso, as causas do mioma subseroso podem estar relacionadas a vários fatores, como:
- Genética;
- Idade (são mais comuns após os 35 anos);
- Menstruação precoce;
- Histórico familiar;
- Raça negra;
- Obesidade;
- Pressão alta;
- Consumo excessivo de carnes vermelhas;
- Consumo excessivo de álcool ou cafeína;
- Nunca ter engravidado.
Sintomas do mioma subseroso
O mioma subseroso quase sempre é assintomático; porém, em alguns casos, principalmente quando é de grande volume e começa a pressionar alguns órgãos, pode causar:
- Dor abdominal;
- Sangramento genital;
- Sensação de pressão no abdômen;
- Vontade frequente de urinar;
- Prisão de ventre;
- Dor durante a relação sexual.
Mioma subseroso e infertilidade
Os miomas subserosos não costumam dificultar a gravidez espontânea. No entanto, eles podem prejudicar a fertilidade da mulher quando levam a uma inflamação do endométrio (o que dificulta a implantação do embrião na cavidade uterina), à obstrução das trompas, à deformidade da cavidade uterina, a alterações na anatomia tubo-ovariana (interferindo na captura dos óvulos) e à alteração na contratilidade uterina (o que pode impedir o deslocamento dos espermatozoides, do embrião ou a implantação deste na cavidade uterina).
É possível engravidar mesmo com um mioma subseroso. Mas a gestação, nesses casos, pode ter algumas complicações, como parto prematuro, anomalias fetais e abortamentos.
Tratamentos para o mioma subseroso
O tratamento para o mioma subseroso é definido pelo médico, junto com a paciente, depois de analisados alguns fatores, como tamanho do mioma, sua localização, sintomas, quantidade de miomas e se há interesse da mulher em engravidar ou não.
Ele se divide em medicamentoso e cirúrgico. Caso os miomas subserosos não apresentem sintomas, o médico pode sugerir apenas acompanhamento do quadro. Esse acompanhamento é feito por meio da realização de exames de ultrassom regularmente.
Quando o mioma subseroso é diagnosticado durante a gestação, o tratamento é feito apenas com o uso de analgésicos e repouso, pois o tratamento com cirurgia ou uso de hormônios só é iniciado após a gravidez.
Porém, nas situações em que há risco de o mioma subseroso prejudicar o desenvolvimento do feto ou arriscar a vida da mãe, o médico pode avaliar a necessidade de adiantar o parto e fazer a cirurgia para removê-lo.
Tratamento medicamentoso
Geralmente, é feito com o uso de anti-inflamatórios não esteroides e contraceptivos hormonais orais, indicados quando os sintomas incluem dor intensa ou sangramentos frequentes.
Existe ainda uma outra classe de medicamentos que agem para reduzir o tamanho dos miomas subserosos. Porém, são indicados, na maioria das vezes, antes da realização da cirurgia.
Cirurgia para miomas uterinos
O tipo de cirurgia depende da gravidade dos sintomas, da resposta a tratamentos anteriores e se a mulher pretende, no futuro, engravidar. O procedimento cirúrgico pode retirar apenas o mioma subseroso (cirurgia chamada de miomectomia) ou parte do útero ou o órgão todo (histerectomia).
A miomectomia é indicada para as mulheres com miomas de grandes dimensões ou com sintomas associados (como hemorragia vaginal e dores) e que pretendem preservar a sua fertilidade.
Já a histerectomia, cirurgia que retira parte ou todo o útero, é recomendada principalmente para mulheres que já tiveram filhos e não têm mais o desejo de engravidar.
Dependendo da gravidade da doença, pode ser necessária a retirada de estruturas associadas ao útero, como as trompas e os ovários.
Para saber mais sobre esse e outros assuntos, entre em contato com a Mater Prime.
Fontes: