Ser diagnosticada com essa condição pode dificultar a gestação natural, mas isso não impede a mulher de ter filhos
O mioma uterino é uma doença benigna do útero, que consiste no crescimento das células do miométrio (parede do útero formada por musculatura lisa). Nos casos em que existem vários miomas, podendo acometer praticamente todo o útero, a condição recebe o nome de miomatose uterina. Saiba mais sobre este tema continuando a leitura deste texto.
Quero tratar a miomatose uterina!
O que é miomatose uterina?
A miomatose uterina se refere à ocorrência de vários miomas na musculatura uterina, em localizações variadas dentro do órgão. Os miomas são tumores uterinos benignos que acometem principalmente as mulheres na idade reprodutiva.
Quais são as causas da miomatose uterina?
As causas da miomatose uterina ainda são desconhecidas, mas sabe-se que a condição está relacionada a fatores hormonais e genéticos. Os miomas costumam ser mais comuns em mulheres que ainda não tiveram filhos, de raça negra, com histórico familiar da mesma condição, que fazem uso de terapia de reposição hormonal e naquelas que possuem uma alimentação pouco saudável.
Agende sua consulta e realize o tratamento de miomas uterinos!
Quais são os tipos de miomatose uterina?
A miomatose uterina é dividida em quatro tipos:
Miomas subserosos
Encontram-se parcial ou completamente do lado de fora do útero.
Miomas intramurais
O mioma uterino intramural é o tipo de miomatose uterina mais frequente (75% dos casos). Está localizado no miométrio, camada intermediária do útero formada de musculatura lisa.
Miomas submucosos
O mioma submucoso é aquele que se localiza total ou parcialmente dentro do endométrio (mais interno, onde ocorre a implantação durante a gestação).
Quais são os sintomas da miomatose uterina
Os principais sintomas da miomatose uterina são:
- Aumento do fluxo menstrual;
- Sangramento vaginal anormal;
- Aumento do volume abdominal;
- Dificuldades para engravidar;
- Constipação;
- Quadros de anemia;
- Cólicas;
- Dores durante a relação sexual.
Os sintomas dos miomas geralmente se estabilizam ou desaparecem (no caso das alterações de fluxo menstrual) depois que a mulher chega à menopausa, devido à queda na produção dos hormônios femininos.
Na presença dos sintomas acima, consulte seu médico!
Como é feito o diagnóstico da miomatose?
O principal exame para o diagnóstico da miomatose uterina é a ultrassonografia (preferencialmente por via transvaginal), mas a confirmação da presença de miomas submucosos pode depender da realização de histeroscopia diagnóstica. Além disso, a ressonância magnética pode ajudar no diagnóstico, sobretudo quando existir a necessidade de planejamento cirúrgico para miomas muito grandes.
Tratamento para miomatose uterina
A miomatose uterina nem sempre é uma condição que exige tratamento, a menos que cause sintomas que impactam a vida da mulher ou que a impeça de engravidar.
Nesses casos, podem ser indicados medicamentos ou cirurgia – miomectomia (retirada só do mioma) ou histerectomia (retirada de todo o útero). O médico recomendará o tratamento com base nos sintomas, localização e tamanho dos miomas, idade, histórico médico e desejo de engravidar.
Qual a relação da miomatose uterina e infertilidade
A presença da miomatose uterina não é um impeditivo para a mulher engravidar, mas ela pode dificultar uma gestação natural, dependendo do tipo de mioma, principalmente se este for submucoso. Este mioma afeta o endométrio, tecido que reveste a parede interna do útero e onde o embrião se implanta para se desenvolver. Além disso, miomas muito grandes podem alterar a anatomia do útero e dificultar o funcionamento das tubas.
Como a fertilização in vitro pode auxiliar?
A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida que pode ajudar as mulheres com miomas uterinos que não tiveram resultados com os tratamentos indicados a engravidar.
Nela, a fertilização ocorre em laboratório e o embrião é posteriormente transferido ao útero. Assim, caso a miomatose uterina tenha causado alterações nos órgãos reprodutivos, como nas tubas, não haverá impedimento para a gestação através da FIV.
Fontes: