Relação entre Hemofilia e a Reprodução Humana

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A hemofilia é um tipo de doença do sangue, de características crônicas e de causa hereditária — isso quer dizer que a condição passa dos genitores para seus filhos. Por isso, este se torna um fator preocupante quando o assunto é hemofilia e reprodução humana.

Visão microscópica de glóbulos vermelhos

A relação entre hemofilia e reprodução humana é um tópico que deve ter a atenção de casais que possuem hemofílicos na família e que desejam ter filhos, especialmente para mães que são portadoras da doença e/ou carregam os genes de mutação, onde existe o risco de 50% da criança nascer com a doença. Entretanto, é importante ressaltar que 30% dos casos de hemofilia não tem histórico familiar, sendo novos na família.

A hemofilia afeta 1 a cada 10 mil pessoas e, aqui no Brasil, há cerca de 9 mil hemofílicos, sendo assim, podemos perceber que é um problema raro. Mais raros ainda são os casos de hemofilia em mulheres, entretanto, durante a gestação, é preciso ter alguns cuidados.

Confira abaixo um pouco mais sobre essa relação entre hemofilia e reprodução humana, entendendo quais os cuidados necessários para uma gestação mais segura.

O que é hemofilia?

A hemofilia também é chamada na Europa de Doença da Realeza por causa da Rainha Vitória da Inglaterra, que tinha o gene e o transmitiu para todos os seus herdeiros. Muitos deles, do sexo masculino, manifestaram a doença e foram alvo de grande preocupação.

Para entender a relação entre hemofilia e reprodução humana, é preciso ter em mente que somos formados por 23 pares de cromossomos e o erro está justamente no par de cromossomos que determina o sexo, mais especificamente no cromossomo X que aparece tanto em homens quanto em mulheres.

Mas por que só os homens manifestaram a doença? Em grande parte dos casos, as mulheres são apenas portadoras do gene e não manifestam a doença. Isso porque elas possuem 2 cromossomos X e o normal neutraliza o que possui a modificação genética. Como os homens só possuem 1 cromossomo X, a doença se manifesta.

As mulheres podem ser hemofílicas, mas é uma condição bastante rara. Para que isso aconteça, tanto o pai quanto a mãe devem ter o gene.

A hemofilia é caracterizada principalmente pela perda ou redução brusca de capacidade do corpo coagular o sangue. Isso quer dizer que, caso uma ferida seja aberta, ela pode levar o indivíduo à morte, pois o sangue continuará saindo pela ausência do fator coagulante.

Hemofilia e reprodução humana: como lidar com a gestação?

Desde a adolescência, a mulher já pode apresentar alguns sinais de que possui o gene da hemofilia e iniciar o tratamento para uma gestação mais saudável. Alguns sinais são:

  • Sangrar muito mesmo com pequenos cortes;
  • Apresentar sangramento nasal frequente;
  • Menstruação maior que 7 dias e intensas;
  • Apresentar hematomas pelo corpo de tonalidade escura e grandes.

Além disso, a mulher pode apresentar hemorragias após cirurgias pequenas, como uma extração de dente.

Por isso, antes de engravidar a mulher com hemofilia precisa passar por um tratamento e conversar com o obstetra e hematologista. O risco da gestação precisa ser avaliado, aliás, não só da gestação em si como também do parto, sendo ele natural ou cesáreo. Lembrando que o risco de transmitir a doença para a criança é de 50% e que, caso nasça um menino, ele manifestará os sinais e sintomas da patologia.

Como planejar a gravidez e o parto de mulheres com hemofilia?

O primeiro passo é consultar os especialistas — obstetra e hematologista — para entender a relação entre hemofilia e reprodução humana, conhecer os riscos e verificar a probabilidade de seguir com uma gestação e parto saudáveis. Para reduzir os riscos, o acompanhamento médico é essencial, assim como seguir todas as orientações dadas.

O especialista tem conhecimento a respeito de como a hemofilia e a reprodução humana se relacionam, podendo assim acompanhar o quadro geral da gestação e analisar os níveis de fatores coagulantes, especialmente no momento mais próximo ao parto.

O mais indicado é que o parto seja feito de forma normal, mas apenas o médico poderá tomar essa decisão identificando o que será melhor para a mãe e para o bebê. Além disso, o uso de instrumentos como o fórceps deve ser evitado pelo risco de gerar uma hemorragia intracraniana no bebê.

O parto deve ser realizado em um ambiente que tenha todo o aparato disponível em casos de emergência. Por exemplo, um local com bolsas de sangue à disposição para uma possível transfusão e que também tenha uma UTI adulta e pediátrica com leitos disponíveis para atendimento para a mãe hemofílica e para o bebê que pode nascer com hemofilia.

Para entender melhor a relação entre hemofilia e reprodução humana, agende uma consulta com um dos especialistas da Mater Prime.

Fontes:

Ministério da Saúde;

Clínica de Reprodução Humana Mater Prime;

Pfizer.

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